31 julho 2006

Obrigado!

Porque a política nem sempre é só política, porque as pessoas nem sempre são só elas mesmas, deixo-vos uma reflexão de alguém que não sou só eu, mas outrém que me despertou a atenção.
Não digas 'porquê', diz 'obrigado'
A vida tem sentido. A realidade do mundo, a evolução da humanidade, os acontecimentos da nossa história pessoal têm uma lógica, uma sequência, uma finalidade. Só por isso é que, perante algo que não entendemos, sempre perguntamos: "Porquê?" Queremos saber a razão, a causa, o propósito. Se as coisas à nossa volta fossem sempre arbitrárias e fortuitas, ninguém as tentaria compreender.
Até os livres-pensadores, presos a uma visão materialista, cega e efémera da existência, se indignam quando sofrem uma injustiça, ficam confusos quando não entendem o que observam ou vivem. Todos, de alguma maneira, esperamos ordem e equilíbrio à nossa volta. Como se poderia viver num mundo ilógico? Numa sociedade aleatória? Numa história caprichosa? A vida tem sentido.
Esse sentido da vida não é uma lei férrea, um destino predeterminado. Ele pode ser distorcido, oculto, perdido, atacado. Existem naturalmente muitas coisas que não entendemos, acidentes fortuitos, desastres destruidores, factos incompreensíveis, porquês sem resposta. Por isso, naturalmente, nem sempre o sentido é o que nós gostaríamos. Nem sempre a vida encaixa nos projectos que vamos fazendo. Mas tudo isso só confirma a existência do sentido da vida. Tal como a doença manifesta a realidade da saúde e o crime não anula a existência da lei, antes a revela. Por isso continuamos a perguntar "porquê?".
A era moderna nasceu quando esta pergunta "porquê?" ganhou um novo teor. Antes era apenas uma súplica de motivo; depois passou a ser a investigação de uma causa. O ser humano foi sondando e analisando o mecanismo da realidade. Perguntar "porquê?" passou a exigir uma teoria explicativa. Graças à nova atitude, a humanidade ganhou muito. A ciência abriu as portas à técnica e esta trouxe conforto, medicina, progresso, prosperidade. Perguntar "porquê?" permitiu um enorme domínio sobre a realidade. O sentido da vida pare- ceu acessível, decifrável, controlável.
A era contemporânea começou quando este resultado trouxe um novo tom à pergunta "porquê?". Agora, perante algo que não entendemos, assumimos um acento exigente, indignado, reivindicativo: "Porque nos acontece isto? Como é possível que não tenha sido evitado? Não há um estudo, uma política, uma solução?" O ser humano começou a impor direitos, a fazer exigências à realidade. Vivemos, mas sob condições, segundo as regras que reclamamos. Esta evolução, se nos concedeu enormes benefícios, também nos fez perder dois dos elementos fundamentais do sentido da vida.
O primeiro é que a vida é um dom, algo que só temos porque nos foi dado. Recebemo-la um dia, tal como a haveremos um dia de entregar. Até lá temos de seguir o caminho que ela escolhe. Mesmo no mundo da tecnologia, não controlamos o que nos acontece, apenas aquilo que fazemos com o que nos acontece. A existência tem sentido, mas é tudo menos controlável.
O segundo aspecto que a visão actual ignora é que todas as situações, mesmo as mais desesperadas, têm em si sempre algo de bom. O mal absoluto não existe. A vida tem sentido. Os horrores da violência, miséria, desespero são bem visíveis no meio do conforto da modernidade. Chocamos contra as tristes situações em que o sentido da vida é distorcido, oculto, perdido, atacado. Mas há sempre um raio de luz no fundo da maior escuridão.
Muita gente recusa estes aspectos como atitudes passivas, conformistas, medíocres. É preciso, dizem, ser sempre proactivo, exigente, inovador, inconformado. Esses espíritos tacanhos só vêem duas alternativas: a exuberância irrequieta ou a apatia boçal. Mas respeitar o sentido da vida e promover o lado positivo dos acontecimentos, por ínfimo que seja, é a única forma realista de construir a sociedade justa, o desenvolvimento sustentado, a vida com sentido. Os edifícios utópicos bem-intencionados foram causa dos maiores desastres da humanidade.
Esquecendo estes dois aspectos, o ser humano actual, até no meio da prosperidade, sente uma amargura que o passado desconhecia. Para quem exige direitos, a quem impõe projectos, é difícil sentir-se grato por viver no mundo, mesmo quando chove, por ter um corpo, mesmo com dores. "A sabedoria na vida não está em fazer aquilo de que se gosta, mas em gostar daquilo que se faz", como diz o provérbio que o meu pai gosta de repetir. A verdadeira felicidade é daqueles que, perante os obstáculos e contrariedades, não perguntam "porquê?", mas conseguem dizer sinceramente "obrigado!".
João César das Neves, in DN Opinião - Não há almoços grátis.

28 julho 2006

As Férias....

Caros amigos, as férias estão à porta. Nestes últimos 6 meses de trabalho a Concelhia de Lisboa da Juventude Popular trabalhou bem e em prol de um maior desenvolvimento da nossa juventude. Tentámos que através de debates, sobre os vários problemas que o nosso país atravessa, sensibilizar e informar os jovens de Lisboa. Na minha opinião o debate mais importante que a concelhia realizou foi o debate sobre o Aborto, devido a ser uma das principais bandeiras politicas que o partido defende.
Temos que continuar a dinamizar cada vez melhor e cada vez mais porque sendo a nossa concelhia a maior de Portugal temos que dar o exemplo como já demos no passado ano quando fomos premiados com o premio Adelino Amaro da Costa. Por fim peço a todos que a união que existe na nossa concelhia continue e que seja cada vez maior porque com a união é que se faz a força. Aproveito também para desejar as maiores felicidades a recém-eleita Concelhia de Lisboa do CDS-PP e que continuem com o excelente trabalho que têm feito nos passados anos. Com um voto de boas férias para todos,
José Maçanita

21 julho 2006

"«EDUQUÊS» ESCONDIDO COM MINISTRA DE FORA"

Embora tenha o mérito de ter posto o País a falar da Educação e consequentemente dos seus problemas (cuja existência não reconhece, embora os tente justificar num discurso de incoerência impressionante).

A propósito polémica despoletada pela repetição dos exames nacionais de Química e Física as justificações da Ministra da Educação pareceram-me insuficientes, mas mais não se poderia exigir visto ter ido ao parlamento para justificar o injustificavel. Que o acesso ao Ensino Superior este ano não irá decorrer na normalidade e inevitavelmente haverá alunos prejudicados em relação a outros...

Negligenciou-se no entanto o problema fundamental do qual os resultados dos exames não são mais que um sintoma:

A cultura de facilitismo sustentada por correntes pedagógicas desresponsabilizantes (que a "nossa" ministra deve conhecer bem sendo socióloga de formação) viradas mais para o entretenimento do que para a aprendizagem.

Mas a "nossa" ministra da Educação em vez de diagnosticar com rigor o "estado da Educação", elegeu como bode expiatório, os professores, que não estando obviamente isentos de responsabilidade, também não são os únicos responsáveis.

A "nossa" ministra reclama que é perseguida pelos sindicatos que têm uma agenda político-partidária diferente da do Ministério, é possivél. Mas o preocupante é que aparentemente a agenda do Ministério não é a melhoria do Sistema de Educação, mas sim a redução de custos...

O problema da Educação não se prende tanto com os professores como com o facto de estar assente em teorias pedagógicas que não funcionam.

E qual é a respostas ao facto de não funcionarem? Baixa-se a exigência e repetem-se com os exames (eventualmente acaba-se com exames e fica solucionado vez).

"O falhanço dramático desta versão portuguesa da pedagogia dita nova, a imposição destas teorias delirantes, obrigaram, como se sabe, à descida da exigência, à depreciação do saber que conta, ao menosprezo do mérito de professores e alunos, à imposição generalizada de uma escola de «faz de conta».

A desconstrução curricular que alguns teóricos defendem seria inócua se ela não fosse uma espécie de pensamento único no nosso Ministério da Educação.

Não haverá uma exclusiva responsabilidade individual de um governante.

Mas, no passado, houve um ministro (do mesmo partido), engenheiro mecânico, que, num momento de clarividência, interpelou o “eduquês”. "

Agora temos uma socióloga, que temo tenha um discurso mais fluido em "Eduquês" que em Português... pelo menos assim pareceu da sua intervenção na AR.

19 julho 2006

32 anos

Como muito bem lembra o Pedro, o CDS faz hoje 32 anos. Está, por isso, de parabéns, pela data e pelo muito que nestes 32 anos fez pela Democracia e por Portugal. Está de parabéns, sobretudo, pelo sentido de serviço dos seus dirigentes e militantes e pelos vários contributos que deu, ao longo do tempo, para uma melhor governação (quer como protagonista da tarefa executiva, quer como oposição séria, consciente e empenhada).

Mas há o reverso da medalha, infelizmente. Depois do que vi e ouvi ontem, no Conselho Nacional, não posso dizer que está de parabéns um partido quando se torna esquizofrénico, quando se fecha sobre si próprio e sobre questões que só interessam a alguns, quando não apresenta ideias nem soluções, quando não combate o Governo e a esquerda e quando não ganha terreno ao PSD mas perde tempo e energia a lutar contra moinhos de vento. Sobretudo não está de parabéns um partido quando esquece e renega o seu passado mais próximo e trata um ex-presidente, que tanto nos deu a todos, como uma espécie de ser cujo nome não deve ser pronunciado sob pena de sermos todos amaldiçoados pelo fantasma do autocratismo!

Mal vai este partido se continuar assim... e mal vai este país se o CDS não voltar a ser a referência de outros tempos, quando marcava a agenda política, quando combatia o PS e a esquerda, quando lutava pelo que acreditava, quando fazia 'combate cultural' a sério, quando apresentava ideias, alternativas, soluções, quando conquistava o seu espaço e se demarcava dos adversários.

A meu ver, a melhor forma de honrarmos os 32 anos de história do CDS é não obrigarmos o nosso partido a passar por mais Conselhos Nacionais como o de ontem. O partido não merece, os militantes não merecem, a chamada 'oposição interna' não merece, e a própria Direcção já não merece esta longa caminhada no deserto que pode ser estóica, mas não é, certamente, vitoriosa.

19 de Julho

Acontecimentos importantes da data:

19 de Julho de 64.
Incêndio de Roma. O imperador Nero responsabilizará os cristãos pelo desastre, dando início às primeiras perseguições.

19 de Julho de 1591.
Nascimento de São Vicente de Paulo, fundador das Congregações das Missões e das Irmãs de Caridade.

19 de Julho de 1830.
Com a recusa por parte do rei de França Carlos X, em aceitar os resultados das eleições, que tinham dado a vitória à oposição liberal, começa a «Revolução de Julho» em Paris. O rei abdicará sendo substituído pelo duque de Orleans, Luís Filipe.

19 de Julho de 1870.
A França de Napoleão III, sobrinho de Napoleão Bonaparte, no poder em França desde 1854, declara guerra à Prússia, devido à escolha pela Espanha de um príncipe alemão, do ramo católico dos Hohenzollern, a casa reinante na Prússia.

19 de Julho de 1974.

O Partido do Centro Democrático Social foi fundado.

Comemoram-se hoje 32 anos da fundação do Partido. Parabéns.

02 julho 2006

Cartoon- Timor



(acho que já sabem o que fazer para aumentar a imagem)

No (or, at least, almost none) comments V.



(creio estar a alongar-me nas minhas lamentações gráficas de carácter social e geopolítico...)

01 julho 2006

No comments IV.



(se ainda não sabe o que fazer para ler as letras pequeninas é porque tem estado desatento a este blog. Obrigado pela atenção!)