11 novembro 2004

A cor do dinheiro...

Embora o meu querido amigo Diogo já tenha anunciado neste Blog a morte do líder da OLP, Yasser Arafat, parece que o senhor ainda não morreu.
Ou melhor, ninguém sabe bem se ele está morto ou vivo neste momento. Sem querer faltar ao respeito que nos merece a vida de qualquer pessoa, confesso que toda esta história que envolve a morte/quase morte de Arafat me deixa perplexa. Por um lado, num processo que é comum, parece que pelo simples facto das pessoas morrerem se lhes apaga da história os momentos menos bons, os defeitos e os erros. Quem morre entra em 'estado de graça' (seria assim com Bush?) e passa a ser figura consensual elogiada por todos.
Porém, na minha opinião Arafat não é, nem pode ser, uma figura consensual e muito menos elevado à categoria de herói! Já bem basta o erro que se cometeu ao atribuir o prémio Nobel da Paz a alguém que, entre outras coisas, foi cúmplice de movimentos terroristas!
Por outro lado, considero chocante ver como os responsáveis palestinianos adiam a morte do seu líder só porque precisam de decidir o que fazer aos milhões depositados em nome de Arafat pelo mundo fora...
Enfim, o mundo continua à espera do anúncio oficial que deve estar pendente da decisão sobre 'partilhas' (e peço desculpa àqueles que têm formação jurídica pela utilização deste instituto de forma imprópria!).