27 fevereiro 2005

Uma certa comunicação social...

Anda por aí uma certa comunicação social que adora dar cavalos de batalha à extrema esquerda populista e demagógica.
Tão atarefados andavam eles com as drogas, o aborto e os homosexuais, que até nem falavam muito de eutanásia. Vai daí, essa certa comunicação social achou que se cada 2 deles, dos novos deputados no parlamento, tratassem de uma questão fracturante e inútil, 2 poderiam ainda tratar da eutanásia, mantendo os actuais cavalos das drogas, aborto e homosexuais.
Como é óbvio, a eutanásia, tal como o aborto, é uma monstruosidade horrorosa.
Para o demonstrar, vou aqui recorrer à Declaração de Genebra, mais conhecida por Juramento Hipocrático, que é aquilo que todos os finalistas de medicina são obrigados a jurar antes de se tornarem médicos.

"No momento de me tornar um profissional médico:
Prometo solenemente dedicar a minha vida ao serviço da Humanidade.
Darei aos meus mestres o respeito e o reconhecimento que lhes são devidos.
Exercerei a minha arte com consciência e dignidade.
A saúde do meu paciente será minha primeira preocupação.
Mesmo após a morte do paciente, respeitarei os segredos que a mim foram confiados. Manterei, por todos os meios ao meu alcance, a honra da profissão médica.
Os meus colegas serão meus irmãos.
Não deixarei de exercer meu dever de tratar o paciente em função de idade, doença, deficiência, crença religiosa, origem étnica, sexo, nacionalidade, filiação político-partidária, raça, orientação sexual, condições sociais ou econômicas.
Terei respeito absoluto pela vida humana e jamais farei uso dos meus conhecimentos médicos contra as leis da Humanidade.
Faço essas promessas solenemente, livremente e sob a minha honra." *

Depois disto, sabemos o que é que podemos esperar dos médicos, não sabemos? Que todos eles, que fizeram este juramento, se oponham a uma lei que o contrarie.

* O bold é meu.

Correcção premente e urgente!!!

"já que os mesmos [os antigos combatentes] só são lembrados uma vez por ano, aquando das comemorações do 25 de Abril"

O QUE É ISTO?!?!?!?!?!?!?!

Se há quem não seja lembrado no 25 da vergonha são os antigos combatentes do Ultramar! Estes são lembrados no 10 de Junho, dia de Portugal, e a esquerdalha deste País bem se esforça por se esquecer de tal.
Porque tem vergonha de viver num País que teve Ultramar e que lutou por mantê-lo, como qualquer Nação honrada o faria.
Porque não quer lembrar-se nem ser lembrada da vergonha que foi o abandono das nossas províncias ultramarinas, largadas nas mãos dos comunas seus amigos, que as mergulharam na guerra e na miséria.
Porque não se quer lembrar que é responsável por meio milhão de Portugueses que tiveram que largar tudo e vir para a metrópole com uma mão à frente e outra atrás.
Porque não se quer lembrar que é responsável pela miséria de Portugal, que hoje, 30 anos depois, vive de cócoras e mão estendida para a Europa.
Enquanto houver antigos combatentes haverá quem lembre a esquerdalha da vergonha da sua actuação neste país, da sua traição à Pátria. Por isso mesmo ela prefere ignorá-los, fingir que não existem.
25 de Abril nunca mais!
10 de Junho sempre!

24 fevereiro 2005

Reunião d´Ontem no Caldas

Nunca vi na minha vida uma reunião assim! E o espanto não foi só meu.
Eramos ao todo 45 e uma animação brutal! Durou 4 horas e falamos de tanta coisa.
Vale a pena assim ser da JP, e como Lisboa está a dar o exemplo!
Mostra bem quem somos e o que valemos, sempre, para melhor de Portugal!

Saudações Populares

23 fevereiro 2005

Perguntar para quê?

Nesta altura em que a pergunta constante é "quem será o nosso próximo presidente", penso que será bom deixarmos esta interrogação de lado e preocuparmo-nos na posição fundamental do CDS na sociedade. O nosso partido é importante para Portugal!

Mas a força e o estímulo tem que partir de nós! Tem que partir das bases o sustento da estabilidade do partido. Temos que participar e esperar com serenidade a futura escolha e ter presente que, qualquer que seja a decisão, será sempre a melhor e a mais sólida para assegurar, agora, uma oposição forte!

22 fevereiro 2005

Presidentes...

Só um esclarecimento para quem ler o post da Ana Maria rapidamente. Conheço bem a Ana e, também tendo em conta o contexto de todo o post, o tal do Presidente Útil será concerteza o Presidente do PP, não outros Presidentes que andam por aí.

Indignações II

E quando a irritação contra essa gente começa a jorrar, passa a ser difícil de conter.

Por falar nisso ando com uma raiva ao BE por causa dos comentários depois da morte da Irmã Lúcia: Desde o seu (dado como absolutamente certo!!!) sequestro e clausura forçada pelos “bispos” (???) à sua faceta assassina revelada na morte dos primos ao obrigá-los a cometerem os sacrifícios que levaram à sua morte (!!!)…é uma tristeza. Estes imbecis não têm o discernimento para perceber que há pessoas muito especiais que querem dedicar a sua vida aos outros e que têm fé no poder da oração e cujo objectivo máximo da sua vida não é ter um loft, passar as noites no Bairro, ir a Ibiza no verão ou calçar ténis fashion! E não, muito obrigada, mas não querem essa “liberdade” que lhes oferecem. Já são livres. Quem são eles para julgar a forma como uma pessoa decide viver a sua vida?! Broncos!

Até sempre Paulo Portas!

Nestas duas últimas semanas, tive o privilégio de integrar a equipa útil que acompanhou o presidente do Partido pelo país. Presenciei aclamações fervorosas, recepções surpreendentes e uma confiança crescente.

Vi todo um esforço de empenho e de conquista, mas sempre com um sorriso e boa disposição. Mas não foi um trabalho de quinze dias apenas. Foi antes a confirmação de todo o trabalho de 3 anos... foi levar boas notícias aos ex-combatentes, aos pensionistas, aos empresários, aos jovens e, em especial, às famílias de todos os distritos do país! Senti o cansaço eminente, as poucas horas de sono, as alvoradas, as correrias pelo país, os repetitivos jantares de lombo, os 7000 km de estrada...mas valeu a pena levar esta mensagem! Quando lutamos pelos nossos valores e pela força das nossas convicções, temos tudo garantido, porque asseguramos a nossa marca neste país que não sabe o que quer...

Tínhamos o indicador de bons resultados mais seguro: as próprias pessoas! Contudo, estas optaram por um caminho diferente. Mas neste momento digo EU FICO, porque se não me preocupar com este país, não serão os socialistas a fazê-lo...E estou certa de que é isso mesmo que o nosso ainda líder nos pede, porque acredita que nós, juventude, podemos ir sempre mais longe com o alcance da nossa irreverência e à luz dos nossos valores...

Sem dúvida que tivémos e temos um Presidente ÚTIL a Portugal !

Depois de tantos anos de liderança, de campanhas e de trabalho, a melhor palavra é ...OBRIGADA...

Indignações

Escrevo já uma carta à Santa Sé a propor a beatificação de alguém que seja normal e nunca se tenha irritado com o BE e com o Francisco Louçã.
Aliás, ainda estou para perceber como é que o Paulo Portas não lhe foi às trombas no debate do sorriso da criança.
Tomei a liberdade, depois de devidamente autorizado, daqui transcrever a indignação de uma amiga que tem ainda a ver com a fatídica noite de Domingo que para muitos será conhecida como a "noite da emigração"- a noite em que toda a gente decente ficou com vontade de sair deste lindo jardim à beira-mar plantado.

NUNCA!!! Achas-me com cara de trotskista?! Por mim a malta do bloco era toda para apedrejar com blocos de cimento. São mais perigosos que o Jerónimo e sus muchachos. Odeio aqueles ideais, odeio o politicamente correcto, odeio eles quererem o casamento gay mas quando eu anunciei no escritório que ia casar tive que ouvir – “Porque é que não vão viver juntos primeiro? O casamento é uma falta de graça”. Ou seja o casamento só tem “pinta”, “boa onda” e é “o máximo (!!!) quando é entre 2 matulões ou 2 skinheads alérgicas, fora disso é obsoleto! Que raiva! Se dizem tão mal do casamento porque é que o querem?! Os matulões que juntem os seus tarecos e vão viver juntos em mariquice total e deixem o casamento para as pessoas normais! Odeio tudo o que tenha a ver com bloco, tutti!!! Falarem no referendo do aborto na noite das eleições!? Que avantesmas nojentas! Sabem o que é o sorriso de uma criança mas não se importam de as matar por razões tão óbvias como a promiscuidade e a irresponsabilidade! Uuurrgghhh!!! (falar nisto tira-me anos de vida….o bloco deixa-me no mesmo estado que o Lucky Luke deixava o Joe Avrell!...Preciso de um chá.)

21 fevereiro 2005

Paulo Portas - Primus inter pares

Ontem, Portugal perdeu um grande líder partidário, na medida em que Paulo Portas entendeu que a derrota nas urnas do CDS representava o fim do seu ciclo à frente do partido. Compreendo-o e respeito-o.
Compreendo as razões que apontou: o CDS ficou àquem dos objectivos definidos e tão longamente repetidos ao longo das últimas duas semanas. Respeito a decisão de assumir, pessoalmente, uma culpa que não é sua e, consequetemente, afastar-se.
Porém, mesmo compreendendo e respeitando, eu não consigo aceitar a ideia de ver o CDS, o meu partido, sem Paulo Portas.
Foi ele que, em 2000, me trouxe para o CDS. Eu tinha 18 anos e foi a força, a coragem, a combatividade, a inteligência e o talento de Paulo Portas que me fizeram filiar no CDS. Desde então, só tive oportunidades de confirmar estas características e de perceber, em cada vitória, em cada combate, em cada momento difícil, em cada conquista como não me enganei quando, no dia 3 Março de 2000, entreguei a minha ficha de filiação.
Tive, desde Março de 2000, a oportunidade e o privilégio de ver o trabalho de Paulo Portas, de perto, quer nas campanhas que tive o privilégio de fazer com ele, sobretudo a grande campanha que foi a das autarquicas de 2001, em Lisboa,quer nos congressos em que participei, quer nos dois anos e meio em que fui assessora no seu Gabinete de Ministro de Estado.
Foi um privilégio fazê-lo. Como dizem a
Inês e o Jacinto, com toda a razão, «todos os que tiveram o privilégio de trabalhar com Paulo Portas, e nós tivémo-lo, sabem o diferente que é e a marca rara que deixa.». É bem verdade.
A marca do rigor, da exigência, do querer fazer sempre mais e melhor, da competência e da responsabilidade. Marca essa que eu não esqueço, por todos os motivos, mas talvez por um em particular: foi com ele, e com aqueles que com ele colaboravam, e podia dizer aqui o nome de todos e de cada um, mas sobretudo não quero deixar de me referir, com particular amizade e respeito, ao José Bourbon Ribeiro, que eu aprendi o que é ‘trabalhar’. Até então era uma estudante aplicada, mas não uma profissional. Nunca tinha trabalhado e foi com eles que aprendi as regras básicas do profissionalismo e da competência. Foram eles que me ensinaram que temos que ser eficientes, diligentes e competentes. Que trabalhar é, sobretudo, acreditar num projecto e dar tudo o que temos, o nosso melhor, por ele, todos os dias, sem desanimar. Foi com Paulo Portas e com a sua equipa, que aprendi que estar no Governo é uma missão em que todos damos o melhor de nós em nome de um país, que é o nosso, e que é Portugal.
É por tudo isto que, pessoalmente, me custa muito ver a derrota do CDS, que merecia, em nome do trabalho feito, não os 10% que tanto pedimos mas muito mais do que esse valor! É a falta de reconhecimento que dói e que magoa, mais do que os 7,3% e os 12 deputados que, objectivamente, perante a derrocada do Centro/Direita, não são um resultado catastrófico.
É por tudo isto que, pessoalmente, me custa ouvir Paulo Portas dizer que acabou um ciclo. O seu ciclo que, (e peço desculpa por agora ir ser arrogante e presunçosa), em alguma medida, ainda que muito pequenina, também foi meu.
É por tudo isto que, pessoalmente e muito egoísticamente, eu não quero que Paulo Portas vá embora.
É por tudo isto que, pessoalmente, compreendendo e respeitando a atitude, acho que Paulo Portas não deve deixar o CDS, porque tem ainda muito a dar ao nosso Partido e a Portugal, para além do muito que já deu nos 3 anos em que foi Governante (e que grande Governante foi!) e nos 8 anos em que liderou o partido (e que grande Líder foi!).
É por tudo isto que, embora este texto não seja uma despedida, há que dizer, com todas as letras: OBRIGADA PAULO PORTAS!

Obrigado Lisboa!

Ao ir para casa almoçar encontrei uma amiga que estava muito surpreendida com o resultado do PP. E admirou-se porque ela, a família toda e muita gente que ela conhece, tradicionais votantes PSD, votaram PP e depois foi o que foi.
Em casa fui dar uma espreitadela ao DN e percebi que no Concelho de Lisboa a votação no PP subiu bastante.
Obrigado Lisboa!

Sem palavras

...

O país do PREC

Infelizmente ontem não fiz o que tinha dito que ia fazer, ou seja, não me fui deitar às 20.00 etc. Fiquei curioso para saber se era eu ou o Carlos quem tinha razão. Lá no fundo esperava mesmo que fosse o Carlos (óbvio!), mas racionalmente temia que fosse eu.
Quando soube dos resultados (e na sondagem da RTP/UCP pareciam ainda piores do que foram) decidi ir lá à sede de campanha para partilhar dores e tristezas.
Por essa altura já calculava que o Dr. Paulo Portas se demitisse. É que o Dr. Paulo Portas é uma pessoa honrada e, como diz o povo "quem não sente, não é filho de boa gente".
Durante os últimos 7 anos o Dr. Paulo Portas fez o melhor pelo Partido. Demonstrou qualidades excepcionais na vida partidária, como parlamentar e, por último, no governo.
Da Direita à Esquerda, acho que toda a gente com um mínimo de lucidez concordará que foi o melhor ministro da Defesa em Democracia. Conseguiu devolver a dignidade às FAs, reequipá-las com aparelhos modernos ao nível dos restantes países da OTAN, realizar a transição anunciada para umas FAs sem SMO, privilegiar as oficinas de armamento nacionais e tudo isto acompanhado de medidas financeiras que permitiram gastar muito menos do que seria previsível.
Nada disto foi reconhecido pelo eleitorado... É triste, muito triste mesmo, que os portugueses não saibam reconhecer qualidade onde ela existe.
E o Dr. Paulo Portas acabou mesmo por se demitir da Presidência do PP.
Quanto àquele Sr. de Belém- por quem eu já não nutria grandes amores- e àquele professor de Economia que queriam afastar os maus políticos... Se fosse mesmo isso que eles queriam, ter-lhes-ia saído o tiro pela culatra, porque o político mais competente da actualidade demitiu-se da Presidência do partido mais competente da actualidade.
É claro que nós sabemos bem que não era os incompetentes que eles queriam afastar, mas sim aqueles que lhes podiam fazer frente, por isso o tiro revelou-se certeiro.
É bom saber que o país poderá continuar a contar com o Dr. Paulo Portas no Parlamento, apesar de tudo. Sim, apesar de tudo... É que o Dr. Paulo Portas é que tem muito boa vontade e bom feitio, porque se fosse eu mandava este país de gente que gosta da mediocridade às urtigas e emigrava.
Aliás, aquela hipótese do Brasil (ou Dinamarca, ou Austrália, não é Francisco?) tornou-se mais forte- quero mesmo é acabar o estágio para bazar daqui para fora- não quero ficar no país do PREC.

Para o meu Presidente Paulo Portas:

O verdadeiro carácter sempre aparece nas grandes circunstâncias.
Napoleão Bonaparte

20 fevereiro 2005

Boa Sorte

Sim...
Já sabemos (mais ou menos) os resultados.
  • Maioria Absoluta do PS
  • Grande Tareia no PSD
  • PCP é terceira força.
  • CDS-PP mantém
  • BE duplica.

A grande derrota da Direita, pior só se juntos PSD e CDS não conseguissem um terço da Assembleia para travar medidas mais graves.

(Continua)

19 fevereiro 2005

Aqui vou eu para o Brasil II

Bem, depois do último post, acho que o mínimo que posso fazer é explicar o porque dele.
Não estão a imaginar os estimados leitores deste humilde blog, a quantidade de pessoas de direita que têm recorrido a mim nos últimos dias a perguntar: "como é que, sem votar nem no PSD nem no PP, posso evitar uma maioria do PS e da extrema esquerda- pelo voto em branco, pelo nulo ou pela abstenção?"
Deixem-me dar-voa a má notícia, não há nada a fazer! Oh meus amigos...
1) O voto nulo pode dizer muitas coisas (nas Presidenciais o meu costuma dizer "Vivá a Monarquia!"), mas o que diz na prática é que a pessoa se enganou a votar- pôs a cruz ao lado, assinou, fez um desenho, etc.
2) O voto branco quer dizer que não se gosta de nenhuma das opções ou que se é contra o sistema (ou seja, estão no mesmo saco aqueles que não gostam de nenhuma destas opções e aqueles que gostariam de um Estado Nazi ou coisa que o valha).
3) A abstenção quer dizer: "estou-me a c... para todos os outros e o que eu quero mesmo é aproveitar o Domingo para contar moscas".
As três opções são legítimas, mas em nada combatem a "República Popular Portuguesa" porque no fim da contagem não vão ficar cadeiras em branco no parlamento. Aliás, elas não ficam em branco, ficam em encarnadíssimo...
As únicas opções passam por votar no PP ou no PSD... Por muito que isto me custe, caríssimos leitores, se encontrem alguém que absolutamente se recusa a votar PP, implorem para votar PSD. E se encontrarem alguém que absolutamente se recusa a votar PSD, implorem para votar PP.
É só mesmo para a esquerda apenas alcançar a maioria absooluta e não já a qualificada para eu poder acabar o meu estágio em paz. A Ordem dos Advogados agradece-vos contribuirem para esta passar a ter um tão ilustre membro.

Aqui vou eu para o Brasil!

Estou péssimista! É verdade, acho que amanhã Portugal vai ter um péssimo resultado nas eleições, o que o vai prejudicar enormemente numa altura fulcral para a Europa, em que os países mais periféricos como Portugal têm uma forte concorrência nos novos membros da UE.
Aliás, eu não estou péssimista, estou super-péssimista.
Péssimista estaria se achasse que a esquerda ia ter maioria absoluta, mas eu acho é que a esquerda vai ter maioria qualificada. Poderá rever a constituição a seu bel-prazer, mudar o já confrangedor nome de República Portuguesa, para o ainda pior República Popular Portuguesa e outras medidas que tais.
Poderá fazer as reformas que bem entender, aprovar leis de base, dirigir a economia do país e sabe-se lá que mais.
Perante isto a minha actuação vai ser:
1) Ir votar por descargo de consciência;
2) Desligar o TM às 20.00 e recolher-me no meu quarto a ler "O Príncipe e a Lavadeira" para não ter insónias por ver o desabamento do país;
3) No dia seguinte vou para o escritório como se nada fosse e tento perceber pela cara da Sofia, que me dá os bons dias todos os dias mal eu entro no escritório, se é caso para fazer já as malas, ou se posso esperar até ao fim do estágio (já agora ficava feito, por descargo de consciência).
Mas não se preocupem que tenho o passaporte em dia e posso deixar posts nos meus blogs aqui ou no Brasil e que tenho na conta o dinheiro suficiente para lá chegar e ainda me aguentar uns dois meses à procura de trabalho (ainda bem que sou poupadinho).
No fundo, há males que vêm por bem. O Brasil é mais quente, mais divertido, com uma cozinha e um povo impecáveis, e, apesar de ter um governo PT, dificilmente pode ficar economicamente pior do que está.

Ele disse isto????

«Nunca me impressionou muito o haxixe, mas se vir amigos a fumar, fumo».
Francisco Louçã, Expresso, 12 de Fevereiro de 2005

Oh Dr. Louçã, diga-me lá uma coisa que eu gostava de saber, se vir os seus amigos a darem um tiro na cabeça, também dá?
E se fosse amigo de Greta Garbo também se remeteria à reclusão e ao silêncio eterno?

É caso para dizer que é pena que Garbo já tenha morrido!!!

17 fevereiro 2005

Políticos credíveis, parte III

E quem conseguir ler o post anterior todo de seguida e perceber logo o que eu para lá escrevi, pode aparecer lá escritório um dia destes que eu lhe dou um rebuçado e ainda lhe faço um requerimento para qualquer serviço público de graça.

Políticos Credíveis, parte II

No dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, 7.ª edição:
Credível, adj. 2.º gén. o m. q. crível. (Do lat. credibile-,«id.»).
Crível, adj. 2.º gén. digno de crédito, verosímil. (Do lat. credibile, «id.»).

Ou seja, o Sr. PR acha que os nossos políticos (e o senhor sabe que eu sei que o senhor sabe que eu sei que ele estava a falar do Sr. PM) não são dignos de crédito nem (ai Jesus! como é que se diz isto no plural?) verosímeis.
Mas o que eu não percebo é se o Sr. PR não acredita neles (sim, vamos continuar a falar no indefinido como o faz o Sr. PR) porque teve uma infância infeliz e uma adolescência traumatizante e, em resultado disso, tem dificuldades em acreditar e em dar crédito às pessoas em geral, ou se é porque acha que as tais pessoas em geral não acreditam mesmo nesses tais políticos, não lhes dão mesmo crédito e não os consideram mesmo (irra!) verosímeis.
Sinto-me inclinado a pensar que o Sr. PR deveria ter uma longa e profunda conversa com o Sr. irmão dele...
Mas, para além dessa longa e profunda conversa, deveria também ter uma longa e profunda conversa com o Sr. travesseiro da Sra. sua cama no Domingo à noite. É que se se vier a provar que as tais das pessoas em geral não têm assim tantas dificuldades quanto isso a acreditar "neles", a achá-los dignos de crédito (Virgem Mãe! aí vem ele de novo) e verosímeis, então, dado que o problema está mesmo lá nas tais da infância e adolescência do Sr. PR e nós, portugueses, que até tivémos infâncias e adolescências saudáveis, acreditámos nos tais políticos que não são credíveis, ele deveria mesmo era tirar uma licença sem vencimento para se ir encontrar, meditar, passear, ler e, no fim de tudo, aprender a ter confiança nas pessoas.

Políticos credíveis, parte I

O Presidente da República veio dizer que o que o país precisa é de políticos credíveis.
Posso não gramar o homem nem com molho de manteiga, mas não há dúvida que concordo com ele.
Precisávamos, por exemplo, de um PR que não se armasse em salvador da Pátria provocando a instabilidade política, numa altura em que bem precisávamos dela;
Precisávamos também de um PR que soubesse ouvir o Conselho de Estado e os diversos líderes partidários antes de tomar uma decisão precipitada e que não o fizesse autistamente, após tomar a decisão, por mero formalismo;
Precisávamos de um PR que não levasse duas semanas a decidir se recorre, ou não, a uma maioria estável no Parlamento para formar governo na sequência da demissão do anterior 1.º Ministro;
Precisávamos de um PR que tivesse noção de que o órgão de Estado mais democrático é o Parlamento porque é este que tem representantes de todas as principais tendências políticas do povo português, etc.
Bem, no fundo o que precisávamos mesmo era de um Rei, mas isso já é outra história.

Vá lá ler!

Duas grandes entrevistas de Paulo Portas: ao programa «Diga lá excelência» e ao «DN».

Em ambas, Portas coloca em destaque a equipa de Governo apresentada e mostra a tranquilidade e maturidade de um Partido que chegará ao dia das eleições com a consciência de ter feito "uma campanha limpa" e de, ao ser avaliado pelas "provas dadas", merecer um resultado a cima de 10%.

Fala, ainda, do 'novo' CDS que nascerá desta eleições, um CDS como partido de Governo, como partido de quadros e como garante de estabilidade e de competência. Explica o porquê de uma campanha diferente (menos popular e mais institucional; sem tantas feiras mas com muito mais mobilização) e dá uma fabulosa resposta quando perguntado sobre o que achou do absurdo comentário de Louçã sobre o direito de falar sobre o direito à vida!

Se eu fizesse parte dos 'indecisos (não sabe/não responde)', ao ler entrevistas que demonstram tanta clareza; ideias tão bem arrumadas; tanta vontade de continuar a trabalhar por Portugal; tanta competência e sentido de Estado, outra decisão não poderia tomar que não a de, Domingo, VOTAR ÚTIL, VOTAR CDS!

16 fevereiro 2005

Resultados possíveis

Vamos lá ao que interessa- os resultados possíveis das próximas eleições:
1) Maioria relativa do PS, e absoluta da extrema esquerda. Há alguém no seu juízo perfeito que queira que um PS refém da extrema esquerda para governar? Francamente estou convencido que não haveria coligação nem com o BE nem com o PCP, mas isso não quer dizer que o PS não recorresse a estes partidos para fazer aprovar certas reformas fundamentais para as quais os estalinismo-leninismo-maoismo desses dois partidos seriam, quanto mais não seja, bastante inconvenientes. Estamos a falar de áreas fundamentais como a Saúde, Educação, Justiça, etc.
Claro que também há sempre a possibilidade de o PS recorrer ao PP, mas se o PP se recusar a aprovar essas reformas, com toda a legitimidade, eles irão bater à porta da extrema esquerda.
2) Maioria absoluta do PS. Mais uma vez- há alguém no seu juízo perfeito...? Uma maioria absoluta do PS seria um cheque em branco passado pelo eleitorado. A 1.ª maioria absoluta do Prof. Cavaco Silva foi já depois de um governo de dois anos sem essa maioria- os portugueses já o conheciam e sabiam do que era capaz.
3) Maioria absoluta do PSD. Bem sei que as sondagens não indicam esta possibilidade, mas o que já existiu pode sempre voltar a acontecer. Mais uma vez acho que é seria um cheque em branco. É que o Dr. Pedro Santana Lopes já foi 1.º Ministro, mas as boas obras do seu governo ficaram-se a dever a ministros indicados pelo PP, pelo que continuamos todos a desconhecer quais as capacidades do PSD para tal.
and last but not least...
4) Maioria absoluta dos dois partidos da Direita. Isso significa que as coisas se mantinham como estão? Bem, aí depende da vontade expressa dos eleitores no próximo Domingo e da relação de forças que estes queiram que se estabeleça entre o PSD e o PP. Parece-me impossível que o PP ultrapasse o PSD e seja o Dr. Paulo Portas a formar governo, mas já não me parece impossível que, em vez de 3/4 ministros, o PP passe a ter 6/7 ministros por ter tido resultados eleitorais que lhe tenham permitido aumentar o seu número de deputados.
Como é óbvio, este parece-me o melhor resultado. Uma maioria da Direita com um PP bastante reforçado no Parlamento e no governo.
Ao contrário das hipóteses da maioria absoluta do PS e PSD, o voto no PP não seria um voto em branco. O PP fez uma excelente obra nestes dois últimos governos e desde sempre o CDS tem tido grupos parlamentares trabalhadores, exigentes e com muita obra feita.
Para além disso, os portugueses também já sabem como governam alguns dos nomes propostos pelo PP para vir a ocupar algumas pastas fundamentais: Paulo Portas na defesa, bagão Félix na Segurança Social ou Finanças, Nobre Guedes no Ambiente, Telmo Correia no Turismo ou Economia, etc.
Por isso, a todos aqueles que em 2002 pelos mais variados motivos não votaram, ou votaram branco ou nulo, é fundamental que dêm mais força ao PP nestas eleições.

Eu acredito:

Numa grande festa no Domingo.
Num resultado histórico que ultrapasse os 10%.
Numa maioria de centro-direita.
Num grande (em quantidade e qualidade!) grupo parlamentar do CDS.
Num Governo, para 4 anos, com marca CDS.
Na continuidade do bom trabalho dos nossos Ministros.
No crescimento sustentado do CDS nos próximos anos.
Num CDS que pode aspirar a ser o 'mais votado'.

Para ler...

Um texto imperdível.

"Mordidelas"

momentos que valem uma campanha!

Eu que não percebo nada de Finanças...

Li este texto (de alguém que não tem particular afeição pelo CDS!) e gostei de constatar que afinal não é só Paulo Portas e o CDS que acham que Bagão Félix é a melhor solução para as Finanças Públicas.
Há mais quem diga que Bagão está a implementar uma política coerente de combate à fraude e evasão fiscais, ao mesmo tempo que se esforça por racionalizar a despesa pública (porque o equilíbrio orçamental implica reduzir a despesa e aumentar a receita!).
Pensemos nisso e no descontrolo que seria voltar a entregar as Finanças Públicas aos socialistas!

Confusões de títulos no «Público»

O «Público» (sobretudo a sua versão online) até é um jornal que gosto de ler, mas não percebo porque é que os seus jornalistas continuam a não atinar com os títulos.
Ao depar-me com esta notícia, sou levada a pensar em protestos, palavras de ordem, vaias monumentais ou, pelo menos, uns olhares de esguelha já que o momento desaconselhava outro tipo de manifestações de desagrado.
Porém, ao ler a notícia constato que Paulo Portas, cidadão e católico, exprimiu ao sobrinho-neto da Irmã Lúcia a vontade de prestar uma última homenagem à religiosa, tendo sido aconselhado que a melhor forma de o fazer seria uma participação discreta na Missa de Corpo Presente.
Assim foi. Paulo Portas esteve na cerimónia privada e, naturalmente, embora alguns possam ter ficado espantados, não se poderá dizer que foi mal recebido.
Quando será que o Público começa a praticar jornalismo limpo e a deixar de levar os (e)leitores ao engano?

O Debate!

Teve um vencedor: Paulo Portas!

15 fevereiro 2005

CDS-PP no governo

Eu sei que sou louro, mas isso não faz de mim burro! Nem hão-de ser burros os outros 10 milhões de eleitores, morenos, ruivos, louros ou nada disso, que ouvem os discurso do Secretário geral do PS, mas ele insiste em passar-lhes um atestado de burrice.
Agora surgiu com a ideia de que o CDS-PP anda a esconder o facto de ter estado nos dois últimos governos. O QUÊ???
Mas eu não tenho estado a ouvir os discursos do Portas, Nobre, Telmo, etc.? O que eles fazem mais, e muito bem, é apontar as obras que o CDS-PP fez nestes governos, nas áreas da Defesa, Justiça, Segurança Social e Trabalho, Finanças, Ambiente e Turismo.
Como é óbvio, uma vez que fez parte dos últimos dois governos, não se tem referido tanto às outras áreas por uma questão de cortesia para com o seu parceiro de coligação, o PSD.
Mas, mais uma vez, lá que o CDS-PP tem falado da sua (boa) obra nestes últimos dois anos, tem falado e até à exaustão!
Ontem, no jornal METRO escrevia-se sobre o enorme desgaste físico que é a campanha para os líderes partidários: pois eu sugiro ao Sr. Engenheiro que tire uma manhã de sopas e descanso, que já está a precisar.

Nada disto aconteceu

Artigo de Nuno Rogeiro no Jornal de Notícias de 11 de Fevereiro de 2005:


Dado que o passado foi chamado à campanha eleitoral, devemos responder, puxando da memória. (...) Quanto à experiência de poder do PS, desde a queda do cavaquismo, em 1995-96, até 2002, existe uma espécie de amnésia.



A verdade, se calhar, é que nada do que a seguir se enumera alguma vez existiu.

A saber:

- Acumulação de défice excessivo nas contas públicas, originando o despertar da repressão de Bruxelas, para além de incentivo irresponsável ao gasto individual e desprezo pelos apelos à moderação e à poupança.

- Saída de Sousa Franco do Executivo, depois de as linhas mestras das suas políticas de saneamento da conta pública se terem tornado inviáveis, ou politicamente indesejáveis.

- Análise negra do estado da economia portuguesa, por parte de Cavaco Silva, numa entrevista famosa de Julho de 2000.

- Alegações de políticos, empresários e governantes, segundo os quais a banca portuguesa estava a ser vendida ao desbarato ao estrangeiro.

- Anunciados planos de combate à evasão fiscal, anunciados falhanços dos mesmos planos, anunciada continuação da dita.

- Ligações perversas da política ao futebol, com o cortejo conhecido de enxovalhos, confusões e negócios.

- Insistência na política de co-incineração como única via possível de tratamento de resíduos perigosos, apesar da divisão dos especialistas e da oposição do "homem da rua", certamente manipulado por caciques e envenenado pela Comunicação Social privada.

- Episódio dito do "queijo Limiano", ou a cedência da alma em troco de votos no Parlamento.

- Quedas sucessivas de ministros da Defesa, conflitos entre titulares e primeiro-ministro, queixas de falta de meios, espectáculo de parca mobilização de recursos para tarefas externas, divulgação pública de listas de agentes "secretos", novelo de escândalos em torno da aquisição de armamento e fardamento, cenas de estalada entre chefes políticos e chefes da "comunidade de informações".

- Tragédia da ponte de Entre-os-Rios, originando a demissão de Jorge Coelho, e suspeita geral sobre o estado das obras públicas.

- Inundação do túnel do metro em Santa Apolónia, e alegação de que o mesmo foi ali feito com grande risco, sem as precauções devidas e não levando até ao fim estudos exaustivos sobre as características do subsolo.

- Escândalos na JAE, corrupio de acusações e alegações, e declarações crípticas do engenheiro Cravinho, dizendo que Guterres havia sido derrotado pelos "grandes interesses" e pelos lobbies (Janeiro de 2000).

- Colapso na gestão das grandes cidades, que levou a uma maré de rejeição, em 2001, e à passagem da era PS para a era PSD, em Lisboa, Coimbra, Porto, Sintra, etc..

- Fantasmas desastrosos, como o espectáculo de "Porto, Capital da Cultura", com obras a juncar a vida do cidadão comum, turistas perdidos e desiludidos, projectos inacabados, escândalos financeiros e "mistérios" como os da Casa da Música.

- Escândalo em torno da Fundação para a Segurança, levando à saída "apocalíptica" de Fernando Gomes do barco do guterrismo, e a sugestões de conspirações no seio do poder, com o primeiro-ministro a saber tudo e a calar ainda mais.

- Filosofia de miséria na RTP, levando o serviço público à pré-morte, depois de anos de insanidade financeira, extravagâncias de programação, guerras civis de chefias e tentativas infantis de controlo político, dos telejornais às entrelinhas.

- Desinteresse pela política por parte dos cidadãos mais de um terço decidiu não votar nas legislativas de Outubro de 1999, mesmo depois de Guterres ter dito que o seu pior inimigo era a abstenção.

- Estado geral de guerra civil dentro do Governo e da maioria quase-absoluta, levando António Guterres a bater com a porta, clamando que o país se encontrava num pântano.

Enfim, foi tudo um sonho. Pode-se votar no regresso de um sonho?

Penso, logo existo" René Descartes (1596-1650) filósofo e matemático francês

Nuno Rogeiro

14 fevereiro 2005

Mudança de Mentalidades

Numa discussão com um amigo meu, a propósito do voto vida, tem o meu amigo o desplante de me dizer que o PSD faz mais pela defesa da vida que o CDS-PP porque tem mais deputados contra o aborto que o CDS-PP!!! A resposta imedita, claro está, foi que o PSD tem também mais deputados a favor porque o CDS não tem um único. Ao votar CDS-PP tenho a certeza que não elejo deputados abortistas, o mesmo não se passa com quem vota PSD.

Mas o assunto de que venho falar não é o da liberalização do aborto, mas sim sobre as mentalidades em relação ao voto e aos partidos. De facto, instituiu-se a ideia de que partidos de governo são o PSD e o PS e que não vale a pena votar nos pequenos partidos, porque serão sempre pequenos.

Mas então, não são os eleitores que decidem a dimensão que cada partido deve ter? O PSD será tão grande quanto os Portugueses o quiserem, o PS será tão grande quanto os Portugueses quiserem, o CDS-PP será tão grande quanto os Portugueses quiserem.

Não votar no CDS-PP só porque é um partido pequeno é, e não peço desculpa pela franqueza, uma estupidez, um acto idiota, é passar a si próprio um atestado de burrice. Se o problema dos CDS-PP é ser pequeno, só se resolve de uma maneira: votando CDS-PP, para que seja grande!!

O CDS-PP provou, nestes últimos 2 anos e meio, que com apenas 8% dos votos foi capaz de ser Governo e dar provas de competência, estabilidade, moderação, sentido prático.

Nesta campanha o CDS-PP está a competir com os ditos partidos grandes na capacidade de mobilização. Santa Maria da Feira, Palácio de Cristal, Santarém, Figueira da Foz, antiga FIL - casa cheia sempre, como nunca antes se viu no CDS-PP, como só ao PSD e ao PS se esperava tais capacidades.

Tudo isto acontece por duas razões: A primeira por causa da fraqueza das lideranças do PS e do PSD; a segunda porque finalmente as pessoas começam a perceber que o CDS-PP é mais uma hipótese de partido de governo, que o CDS-PP pode crescer se assim acreditarmos e assim o fizermos.

É preciso continuar a acreditar; é preciso ter coragem de mudar; é preciso ter força para, no dia 20 de Fevereiro, mudar de mentalidade, mudar de hábitos e votar CDS-PP pela primeira vez.

O CDS-PP será tão grande quanto os Portugueses o quiserem.

Portugal merece governo CDS.

Vamos ter um grande resultado!

13 fevereiro 2005

Grande Almoço em Lisboa

Hoje, em Lisboa, o CDS deu, mais uma vez, prova de que é um partido que pode pedir mais, sempre mais (como disse o nosso cabeça de lista, Telmo Correia).
Perante cerca de 3.500 militantes e apoiantes do CDS, Telmo Correia apresentou os seis deputados que vamos eleger no Distrito de Lisboa - além dele próprio, o Secretário-Geral do CDS, Pedro Mota Soares; João Rebelo; António Carlos Monteiro; João Almeida, Presidente da JP e Mariana Ribeiro Ferreira. Uma equipa com provas dadas, no Governo, no Parlamento e nas Autarquias, jovem, dinâmica, confiante e competente!
Com a confiança que os milhares de pessoas que estavam hoje na FIL nos dão, não tenho dúvidas que, em Lisboa, o CDS vai conseguir um resultado acima dos 10%, acompanhando o resultado nacional do Partido!
O CDS é hoje, claramente, o terceiro partido de Governo em Portugal e, como disse Paulo Portas, a fechar o seu discurso perante os seus apoiantes em Lisboa, Portugal merece um Governo com o CDS!

Trânsito

Isto do trânsito está cada vez pior! Graças a Deus e a todos os Anjinhos que não preciso do carro no dia-a-dia, mas o pior é que até ao fim de semana (sim, confesso que sou um condutor de fim de semana) já há trânsito em Lisboa. E quando eu passo uma boa parte do tempo do meu sempre reduzido fim de semana no trânsito... FICO CHATEADO, É CLARO QUE FICO CHATEADO!
Aqui entre nós que ninguém nos ouve, há um certo número de soluções que eu cá sei para este problema mas ninguém as aplica por causa de certos lobbies, entre eles o das escolas de condução e o das petrolíferas.
Hoje centenas de motociclistas encheram o largo de São Bento para pedirem uma coisa muito simples e fácil de fazer: que se adopte em Portugal o disposto na Directiva 91/439/CE, que propõe aos estados membros que as cartas de condução de ligeiros permita aos seus detentores conduzirem motas com uma cilindrada até aos 125cc, o que não acontece neste momento.
Como as pessoas não estão para se chatear a voltar a tirar uma carta, com aulas de condução, etc., acabam por continuar nos seus carrinhos.
A maioria das pessoas que enchem as nossas estradas vão sózinhas ou pouco acompanhadas nos carros, o que significa que até seria perfeitamente possível irem de mota.
As vantagens que isso traria seria inúmeras: encheriam menos o trânsito, gastariam menos combustível (que tem que ser importado de zonas conflituosas do mundo), poluiriam menos e despachar-se-iam muito mais, perdendo menos tempo que poderiam estar a usar para descansar, trabalhar, divertir-se, etc.
Só vantagens!
Então porque é que o Estado português não adopta a directiva?
Com tudo isto eu fico... Sim, isso mesmo!

12 fevereiro 2005

Interrupção Voluntária da Governação

Aqui entre nós os socialistas são um bocado chatos! Sempre a provocar distúrbios, não deixam o país em paz.
Estávamos nós mal governados mas sossegadinhos da vida em 2001, lá fomos às urnas votar em quem havia de governar as nossas câmaras e zungas, vão os súcias e praticam a IVG. Bem, do mal o menos: sempre deu para ficarmos com um governo bem melhorzinho.
Vai daí, agora que estávamos sossegadinhos de novo, com uma "renovação na continuidade" pelo meio, mas nada de caótico, vem o presidente eleito pelos súcias e zungas de novo: outra IVG!
Mas quando é que vamos ter sossego? Alguém pratique uma IVG no PS, sff.

10 fevereiro 2005

Novo Visual

Pois é, as novas tecnologias têm destas coisas.

Um novo browser de internet anda por aí - o firefox. Ainda estou para perceber a sua vantagem face ao tradicional internet explorer. Ao que parece, esta nova aplicação embirrava com o nosso antigo visual. Após algumas reclamações, cá estamos nós, com nova imagem, para agradar aos nossos leitores e às suas aplicações informáticas.

Afinal, para sermos o blog mais lido da blogosfera (não é uma promessa, é uma meta a que nos propomos atingir), temos que ser legíveis.

Haja cultura!

Um tema que tem passado um bocadinho ao lado de todas as campanhas é a Cultura e muito é de admirar tal alheamento, já que o actual 1.º Ministro e líder do maior partido foi Secretário deEstado da Cultura.
Como amanhã tenho exame da pós-graduação da cadeira de Direito do Património Cultural tenho verificado uma coisa engraçada. Temos uma boa Lei de Bases do Património Cultural (Lei n.º 107/2001 de 8 de Setembro) em algumas medidas até inovadora, no entanto ela carece de desenvolvimento nas mais variadas áreas.
Daqui a uns tempos algum iluminado verifica que as coisas não estão a correr bem e para mostrar obra nova promove uma nova Lei de Bases sem que esta tenha chegado a ser desenvolvida.
Haja Cultura!

09 fevereiro 2005

Ingenuidades II

Alguém acredita que Freitas será o candidato da esquerda para as presidenciais? Nunca na vida!! Já têm Guterres.
Freitas ficou traumatizado com a derrota de 86 e sonha ainda em vir a ser PR. Vai morrer traumatizado e a sonhar.

Ingenuidades

Oh Beatriz, que ingenuidade!!! Mas alguma vez passaria pela cabeça de Cavaco dizer uma coisa daquelas? Claro que não.
Trata-se, obviamente, de uma manobra do Santana. Ao fazer sair esta notícia, Santana torna-se vítima mais uma vez e tenta conseguir uma de duas coisas: ou que Cavaco venha a público desmentir a notícia e dizer que está com o PSD - o que seria por si só uma grande vitória para Santana - ou queimar de vez as hipóteses de Cavaco avançar para Belém, ficando com o caminho livre para avançar.
O menino guerreiro no melhor que é capaz.
Cavaco não é parvo e não se deixa enredar tão facilmente.

O que o Professor não disse

Ontem era manchete do Público que o Professor Cavaco Silva acreditava numa vitória do PS com maioria absoluta. O candidato Sócrates cantou de galo e decidiu glosar as supostas afirmações do Ex Primeiro-Ministro / Futuro Candidato a Presidente da República, usando-o como argumento de autoridade (mudam-se os tempos, mudam-se as vontades e de ‘demónio’ Cavaco passou a ‘Deus’).
Mas, como de Freitas já o nosso país tem que chegue, o Senhor Professor veio ‘desdizer’ o que nunca disse e confessou até ter ficado mal disposto quando leu a notícia do Público.
Ou seja, sem nada fazer Cavaco consegue ser o principal protagonista de um dia morno de campanha no centrão da nossa política, passado entre os salões de São Bento e os Comícios de Viseu. Dizendo o que não diz, desdizendo o que nunca disse, escrevendo o que quer dizer ou pensando o que não pode dizer o Professor vai fazendo o seu caminho para Belém.
Mesmo não mo pedindo, aqui deixo um conselho ao Professor Cavaco: sendo que a Esquerda já arranjou candidato a Presidente (outro Professor, de seu nome Diogo, para com quem a idade foi madrasta!) não se aconselham movimentações nessa direcção!
Vejo hoje esta notícia e não posso deixar de me espantar. (Juro que já tinha prometido a mim mesma que ia deixar de me espantar com o que o Francisco Louça diz, mas não dá!)
Então agora o BE diz que defende os cristãos porque diz que devem poder “votar com a sua consciência”? Pois não é isso mesmo que a Igreja defende, que cada cristão vote em consciência, ou seja, de acordo com a sua fé cristã?
Parece-me que o BE ao querer dizer uma coisa acabou por dizer outra (um tiro no pé, como a história do gerar a vida e outras!) Ou seja, o BE queria dizer que os cristãos se devem sentir livres de votar em quem quiserem e não apenas nos partidos que defendem os valores que a Igreja também defende. Porém, ao dizer esta verdade gritante que é “deixar os cristãos votar em consciência”, o que o Dr. Louçã está a lembrar a todos os cristãos é que eles têm uma consciência e, como tal, devem votar de acordo com ela e com os valores que defendem e não em partidos cujos programas vão frontalmente contra aquilo que a Igreja defende, seja a despenalização total do aborto ou os casamentos homossexuais.
Ou seja, o BE acaba por estar a dizer exactamente o que disse o Senhor Padre Lereno há menos de uma semana e tanta polémica causou.

Diário de Notícias

Confesso que sou um leitor assíduo do DN e também confesso que começo a achar que a 1.ª confissão em público não é uma prova de muita inteligência.
É que o DN, dia após dia, na cobertura desta campanha, escolheu duas coisas que me deixam sempre furioso:
- a 1.ª é ter uma ordem, que a mim não me parece inocente, o PS em 1.º lugar, seguido do PSD. Porquê? Porque não ir alternando entre os vários partidos? Porque é que o PS tem que vir sempre em 1.º?
- a 2.ª é que o BE tem sempre mais destaque que o PP, com mais espaço, mais títulos "chamativos" etc. Porque é que o BE exerce tal atracção sobre a comunicação social? Será que se esquecem que o BE teve 3 deputados em 2001 e o PP quase 5 vezes mais? Será que se esquecem que as sondagens diziam o mesmo que agora? Diziam que o BE ia igualar o PP e o PCP ia estar à frente?
Eu TINHA o DN na conta de um jornal bastante isento e imparcial, mas com esta campanha deixei de ter. Alguém me sugere um diário melhorzinho, sff?

Curtas II

Há momentos em que só me lembro da história da maçã da Branca de Neve!

Curtas I

Isto de ser governante e candidato deve ser confuso para as cabeças menos avisadas!

08 fevereiro 2005

Padre Lereno

O Senhor Padre Lereno, da Paróquia de São João de Brito, apelou aos paroquianos que participavam na missa no passado Domingo, e ainda a todos os que assistiam pela RDP, a que os Católicos conscientes não votassem em partidos que promovam iniciativas contrárias à promoção da vida humana.
Caiu-lhe o Carmo e trindade em cima por causa disso!
Então não é próprio e um padre pedir aos seus paroquianos que sejam coerentes com a sua fé?
Pode um Católico consciente pactuar com atentados á vida humana como o aborto e a eutanásia? Claro que não!
Muitos Parabéns ao Senhor Padre Lereno por dizer aquilo que, infelizmente, muitos Católicos ainda se recusam aceitar- que ter Cristo no centro das suas vidas não é tê-lo na Igreja aos Domingos e no terço antes de se irem deitar: é tê-lo nas suas batalhas diárias e, como é óbvio, também nas mesas de voto.
Só é pena que tenha que ser um padre a dizer e que cada Católico já não se tivesse apercebido disso há muito tempo.

07 fevereiro 2005

Mais uma vez, a Maçonaria

Bem sei que este é um blog da Juventude Popular e não um blog Católico, mas não podia deixar de transcrever aqui um excerto da mensagem de quaresma do Sr. Dom José Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa sobre um tema que já por diversas vezes aqui refleti, a Maçonaria.
Que eu me lembre, só um líder partidário foi alguma vez muito claro acerca da sua pertença à Maçonaria; foi o Dr. Paulo Portas, quando questionado por um jornalista acerca do seu envolvimento no "Caso Moderna" e, eventualmente, na Casa do Sino, que disse "Não sou, nunca foi nem nunca serei Mação."

A maçonaria e a definição do sentido da História
4. Entre as organizações que protagonizaram esta visão imanente e laicista da história, avulta a importância da Maçonaria que, a partir de meados do século XVII, fez sentir a sua influência em todas as grandes correntes de pensamento e nas principais alterações sócio-políticas. Não a referiria explicitamente, se um recente acontecimento não a tivesse trazido para as primeiras páginas das notícias e tivesse criado, em muitos católicos, interrogações e perplexidade. De facto, as cerimónias fúnebres de uma importante personalidade do Estado e membro destacado da Maçonaria, realizadas nos espaços da Basílica da Estrela, foram ocasião dessa confusão, não tanto por o “depósito” do defunto se ter feito numa das capelas mortuárias da Basílica, em princípio abertas a quantos respeitosamente as procuram, mas porque o Grão-Mestre da Maçonaria, com o nosso desconhecimento, convocou para um “ritual maçónico”, em honra do defunto, a realizar num espaço da Basílica. Esta iniciativa, que considero imprudente e indevida, provocou indignação em muitos católicos, que incessantemente têm pedido um esclarecimento da Hierarquia da Igreja.
É uma longa e atribulada história a das relações da Maçonaria com a Igreja durante os últimos três séculos, expressa em ataques, anti-clericalismo, rejeição da dimensão misteriosa da fé e da verdade revelada, a que a Igreja respondeu com várias condenações, com penas de excomunhão para os católicos que aderissem à Maçonaria. É um processo que tem de ser situado nas grandes transformações culturais e sócio-políticas desse período, em que elementos como a compreensão da natureza e legitimidade do poder político, a promoção e defesa da liberdade individual, os processos revolucionários em cadeia e a “questão romana” que pôs fim ao poder temporal dos Papas, foram pontos quentes a alimentar um conflito. Conceitos, então polémicos, como o da liberdade de consciência e de tolerância, são hoje aceites pela própria Igreja, no quadro de sociedades democráticas e pluralistas. A verdadeira reacção à visão do mundo veiculada pela Maçonaria, têm os católicos de encontrá-la na profundidade da sua fé, sobretudo quando a celebram na Eucaristia, como inspiradora da vida e da história, fonte de sentido e fundamento de uma ordem moral. Sem essa coerência de profundidade, cairão em rejeições e anátemas, pelo menos desenquadrados da actual maneira de conceber a missão da Igreja no mundo.
5. A questão crucial, sobre a qual os católicos têm o direito de esperar uma resposta do seu Bispo, é esta: a fé católica e a visão do mundo que ela inspira, são compatíveis com a Maçonaria e a sua visão de Deus, com o fundamento de verdade e de moralidade e o sentido da história que veicula? E a resposta é negativa. Um católico, consciente da sua fé e que celebra a Eucaristia não pode ser mação. E se o for convictamente, não pode celebrar a Eucaristia. E a incompatibilidade reside nas visões inconciliáveis do sentido do homem e da história.
A Maçonaria sempre afirmou, e continua a afirmar, a prioridade absoluta da razão natural como fundamento da verdade, da moralidade e da própria crença em Deus. A Maçonaria não é um ateísmo, pois admite um “deus da razão”. Exclui qualquer revelação sobrenatural, fonte de verdades superiores ao homem, porque têm a sua fonte em Deus, não aceitando a objectividade da verdade que a revelação nos comunica, caindo na relatividade da verdade a que cada razão individual pode chegar, fundamentando aí o seu conceito de tolerância. A Igreja também aceita a tolerância, mas em relação às pessoas e não em relação à objectividade da verdade.
Esta atitude perante Deus e perante a verdade gera uma “sabedoria” global, ou seja, uma visão coerente da realidade, que é incompatível com a visão do homem e da sociedade que brotam da fé cristã, que supõe a inter-acção de Deus e do homem, no diálogo fecundo e apaixonante da natureza e da graça. A Igreja tem o dever de orientar os católicos e é a eles que digo que a nossa fé e o sentido da vida que ela inspira é incompatível com o quadro gnóstico de sentido veiculado pela Maçonaria.
6. Haverá, ainda hoje, uma luta entre a Maçonaria e a Igreja? Não nos termos em que se pôs no passado, embora não devamos ser ingénuos: a Maçonaria, sobretudo em algumas das suas “obediências”, lutará sempre contra valores inspiradores da sociedade que tenham a sua origem na dimensão sobrenatural da nossa fé. Sempre que isso acontecer, demos testemunho da esperança que está em nós (1Pet. 3,15). A expressão de uma visão laicista da sociedade assenta também sobre a falta de coerência dos cristãos com as implicações sociais da fé que professam e da Eucaristia que celebram.

Guerreiro Menino

Para aqueles que achavam que já tinham visto de tudo nesta campanha, eu sugiro uma visita ao site do PSD (www.psd.pt). Na coluna da esquerda carreguem em "A campanha - vídeo" e deleitem-se com o Guerreiro Menino.
O Guerreiro Menino? Seria o tal menino da incubadora espancado pelos irmãos?
Vale mesmo muito a pena ver.

A onda

O Palácio de Cristal estava cheio!

Má sorte esta gripe, não pude lá estar. Mas pelo que vi na televisão e pelo que me contaram os amigos, estava mesmo cheio.

Para quem não tem noção do que estou a falar, encher o Palácio de Cristal implica muito mais do que as 5.133 pessoas que foram ao almoço record de Sta. Maria da Feira. Mas muito mais. E o Palácio de Cristal estava cheio!

Numa altura em que os grandes partidos já não arriscam grandes comícios, preferindo os jantares medianos ou comícios em espaços mais apertados para garantir casa cheia - que eram típicos do CDS/PP, porque, enfim, não dávamos para mais que isso - o CDS/PP enche o Palácio de Cristal.

Vem aí a onda azul e amarela...

Ainda há que não acredite nos meus 12%. A "aposta" continua de pé! Estamos a 14 dias.

Eu teria vergonha!

Que seria se, ao acabar o meu curso, tivesse que pedir ao Estado para pagar a uma empresa para me empregar?
Então eu não consigo arranjar emprego pelos meus próprios méritos e, em vez de os melhorar, vou pedir ao Estado que pague a alguém pra me resolver o problema?
Era giro, chegava lá, no primeiro dia de trabalho e pronto, o meu novo chefe lá me apresentava à equipa - este é o Francisco, recém-licenciado em matemática. Tá aqui a trabalhar connosco a partir de hoje. Vejam lá se o tratam bem, que enquanto ele cá estiver nós recebemos umas massas do Estado.

Eu teria vergonha!

O PS não tem.

Mais do mesmo

O PS inventou agora o subsídio contra a pobreza. Rendimento Mínimo Garantido reciclado?
O PS volta a insistir nas auto-estradas sem portagens.
O PS quer subsidiar as empresas para empregarem recém-licenciados.

Tudo isto é muito bonito. É. E quem é que paga a factura?
Não há um governo PS que tenha sido capaz de reduzir a despesa, bem pelo contrário, são peritos em fazê-la aumentar.

Alguém acredita que, de repente, o PS tenha descoberto a fórmula mágica de ninguém pagar nada, subsidiar tudo e todos, e ainda assim reduzir a despesa ou não aumentar os impostos? Eu não.

Se eu quisesse um Estado que me pagasse tudo, ia viver para a União Soviética.



Bolas, já não existe!

O Louco

Veio o senhor Louçã exibir um despacho de um general do Exército, a propósito não percebi bem do quê. E lê para as câmaras que o dito general era chefe dos serviços X do departamento Y da subdivisão W da divisão Z do Exército, que é tutelado pelo Ministério da Defesa Nacional. Com isto tudo, queria assacar o senhor Louçã responsabilidades ao Ministro da Defesa pelo conteúdo do referido despacho!

Era o mesmo que o senhor prior da paróquia de Arazede, que pertence ao arciprestado de Montemor-o-Velho, da diocese de Coimbra, vir na sua homilía dominical dizer qualquer coisa menos própria em termos doutrinários e eu ir pedir contas ao Papa!

Louçã tá louco!

Memória curta

Ainda não percebi se são só os políticos que pensam que os Portugueses têm memória curta ou se os Portugueses têm-na de facto.

Guterres fugiu do governo a meio do mandato, quando recebeu o dito "cartão amarelo" (para usar uma expressão dos socialistas - credo!!!) nas autárquicas, deixou o País num buraco financeiro e agora põem-no como grande guru do PS, a pedir a maioria absoluta?!?! Só podem estar a gozar com pagode.

Oxalá os Portugueses não a tenham curta, a memória.

04 fevereiro 2005

Debate VI

Diria mais, José Sócrates não é muito mau...é bera!

Metro

Não escondo que sou forreta, toda a gente o sabe.
Também não escondo que tenho tido pouco tempo para ler jornais, também toda a gente o sabe.
Daí ter ficado tão contente quando há umas semanas começaram a distribuir um jornal gratuito no metro que dá para ler em 2 viagens de 10 minutos, precisamente o metro.
E o jornal até que nem é mau- claro que se dirige a toda a gente e a gente que vai ler aquilo em pouco tempo, daí não ser muito aprofundado, mas dá para distrair.
Agora, o que eu não percebo é porque é que todos os dias há reportagens e inquéritos públicos sobre a violência em Lisboa.
Serei eu cego ou ainda não estamos no Texas? Quer dizer, ando todos os dias a pé e de metro pelas mais variadas zonas de Lisboa e não noto nenhuma violência de especial, nunca fui assaltado nem nunca vi assaltar ninguém.
Terei apenas sorte e o metro gosta de lançar paranóias, ou estamos mesmo assim tão mal?

Debate Televisivo II

Não sei quem ganhou ontem o debate, mas sei quem perdeu: os bananas dos moderadores / entrevistadores!
Quer dizer... Andamos nós aqui a ver se percebemos o que é que os lideres dos até agora 2 maiores partidos tinham a dizer sobre coisas tão importantes como a Justiça, a Saúde e a Educação e aqueles senhores deixaram o debate resvalar durante DOZE minutos para colos e não colos, mentidos e desmentidos sobre boatos e desboatos!
Tenham dó de nós que poderiamos ter feito coisas bem mais interessantes durante esses 12 minutos... Apanhar choques, por exemplo, já que eles estão na moda.

02 fevereiro 2005

Em Portugal!

Em Portugal,
Em Portugal acontecem coisas extraordinárias!
Em Portugal, o político hoje mais amado ou desejado, foi ontem afastado, repúdiado ou mesmo odiado. Exemplos? Temos muitos, Cavaco, Guterres, sei lá outros tantos como estes! Porquê?...
Em Portugal, o político tem de ter "mão mole" com a governação, porque senão salta fora em menos de dois anos. Firmeza, não deve constar no vocabulário da esquerda política.
Em Portugal, o político para governar, tem de ser de esquerda, claro porque a maioria dos eleitores que lá vai viabilizando governos, uns atrás dos outros, diz-se de esquerda. Será mesmo?...
Em Portugal, a política tem de estar ligada a interesses pessoais ou de grupos, afastando a qualquer custo quem não entra no jogo sujo. Porquê?
Triste vida! Em Portugal, o político olha de cima para baixo, como num altar ou trono estivesse. Pergunto-me porquê, afinal de contas não são estes que servem o povo? Tanta arrogância para quê?
Em Portugal, meus amigos, a política é sempre assim, triste (ou de falsos sorrisos amarelos) nos seus meios, e sempre igual nos seus fins, servir uma minoria, a dos influentes e mais ricos.
Ser Político, em Portugal, é estar sentado no parlamento, casa da mãe democracia, olhando para o ontem, ora vaiando outras forças partidárias ora aplaudindo a declarada estúpidez dum qualquer infeliz comentário.
Pior, em Portugal, ser político, é viver a política do rien fair! Ou quanto menos fazer melhor. Vendo passar o tempo, sem nada produzir a bem da Nação, porque esta vem depois. Será mesmo assim? Claro! Para a maioria não tenho dúvidas!
Em Portugal, existem 2 línguas, distintas na sua forma e conteúdo de expressão. Diria mais duas formas distintas de comunicação. Uma, a dos políticos, com sua própria linguagem e maneira de comunicação, falsa, hipócrita e suja. A outra a duma maioria que somos todos nós, simples, humilde e esperançosa!
Em Portugal, ser político de direita é dizer adeus à liberdade, verdade e justiça de expressão pela imprensa. Há muito a fazer!
Em Portugal, convém não ter grandes ideias, mesmo aquelas que mudem para melhor o país, porque estas nunca serão vistas com bons olhos. Porque será mesmo?
Amigos, temos de despertar e trabalhar no caminho da boa verdade, onde os políticos nobremente representam e servem as suas populações. Isto sim é Democracia, a única e verdadeira Democracia! Democracia de Valores!
Portugal, escolhe os teus políticos, para que estes te escolham a ti!
Caro Amigo, votar CDS, Partido Popular, é escolher Portugal!

A extrema esquerda

Numa altura em que, como eu já disse noutro post, tanta gente de direita considera abster-se ou votar em branco, deixo aqui um trecho do discurso do Paulo Portas para pensarem um bocadinho nisto:
"Pensem bem na nossa economia, nos valores fundamentais e no equilíbrio da sociedade portuguesa. É essencial, não há dúvida nenhuma, que toda a gente e o eleitorado dos valores vá votar no CDS, porque não é possível deixar o nosso país entregue a comunistas radicais e a uma extrema-esquerda que não percebe valores elementares da convivência democrática."
É uma questão de optar se preferimos que, graças à abstenção da direita a CDU e o BE tenham um resultado enorme, ou se a Direita prefere ir às urnas e votar...
No CDS-PP, de preferência! :-)

Colos

A que nível desceu a campanha...
O líder do PSD manda uma boca a dizer que "o outro candidato tem outros colos" e depois vem fazer de virgem ofendida quando do lado do PS há resposta.
Cada um pior que o outro!
Entre os dois, venha quem quer que seja e escolha o terceiro, o CDS-PP.

01 fevereiro 2005

Professor Freitas do Amaral

É sempre com uma grande empatia que falo do Sr. Professor Freitas do Amaral. Foi este grande professor de Direito Administrativo que fundou a minha faculdade e me leccionou Introdução ao Direito no meu longinquo 1.º ano de Universidade.
Como Professor não tenho falta a apontar-lhe: tinha cuidado em preparar bem as aulas às quais nunca faltava e explicava tudo de maneira a tornar a matéria o mais clara possível. Foi também sempre do mais correcto possível com os alunos.
No ano seguinte foi um prazer estudar pelo seu manual de Direito Administrativo- apesar de estar muito desactualizado já na altura, era o melhor e mais claro meio de estudar os muitos conceitos de Direito Administrativo e as diversas posições da doutrina acerca de tudo e mais alguma coisa que se relacionasse com o muito famoso acto administrativo.
Por isso é com alguma tristeza que o vejo na situação em que está hoje. Afastou-se da sua família natural, a direita, e chegou-se à esquerda. É pena, mas cada qual tem as opiniões que tem e muda-as à sua vontade. Mesmo assim, na posição que ocupa de fundador do CDS julgo que deveria ser mais discreto nas suas afirmações e abster-se um bocado mais de comentar a vida política nacional.
Ainda para mais vem dizer que está disponível para se candidatar à Presidência pela esquerda e fica numa posição muito ingrata que é a do "2.º candidato", ou roda sobresselente. Se Guterres não se quiser candidatar, a esquerda puxa a "cartada Freitas do Amaral". Ora, uma pessoa com a envergadura do Professor Freitas do Amaral, Professor Catedrático, ex-presidente da Assembleia Geral da ONU, etc., não se devia submeter a um papel desses.
E com tudo isto, fico chateado, pois claro que fico chateado...