31 agosto 2004

Já me habituei a que o meu amigo Francisco d'Aguiar discorde de muitas coisas, nomeadamente as muitas opiniões que vêm dos meus lados. Mas isso, em Democracia, é mais que normal...mas não perceber a "piadinha" do título do post "6x3=18", parece-me que já é demais - risos.

Francisco, no seguimento do post do Diogo "Alcoutim" Alvim em que, por negligência(?) comparava os jardins da Dinamarca aos de, somente Lisboa (vejam bem o que se está a "discutir"!), resolvi colocar um título em homenagem ao "nosso" antigo PM, António Guterres, na que foi a célebre gaffe política sobre "Quanto seria o valor do Produto Interno Bruto", em jeito de analogia sobre esse mesmo lapso.

Como o meu amigo não percebeu a graça, heis-me aqui a elucidá-lo. Em todo o caso, agradeço as explicações de Matemática, mas não serão necessárias :) Espero, com isto, ter esclarecido todo e qualquer mal entendido .

30 agosto 2004

Ao Nuno

Meu caro Nuno, não poderia estar mais de acordo contigo. É verdadeiramente escandaloso que haja gente capaz de fazer negócio à custa da tragédia alheia. Mas esse 'negócio' é em grande medida fruto da lei que temos! Quanto ao julgamento das mulheres concordo contigo. Há que repensar a lei porque o argumento de que ela não se cumpre não faz sentido! Afinal para que serve uma lei se, na realidade, não a queremos ver cabalmente cumprida (e isso implicaria condenações de mulheres pela prática do crime de aborto.)

É por isso que a proposta feita pelo Professor Freitas do Amaral faz sentido para mim. Não é uma descrimininalização (o aborto deixa de estar tipificado como crime) nem uma despenalização (o aborto torna-se legal) mas cria-se uma presunção de Estado de Necessidade Desculpante, que torna a conduta não culposa ainda que ilícita (e por isso deixa de constituir crime, no caso concreto, na medida em que o crime é o facto típico, ilícito e culposo). Naturalmente que esta presunção será ilidível (ou seja poderá ser afastada se se provar que a mulher não agiu, de facto, em estado de necessidade desculpante) e não poderá ser aplicada sem limite temporal.
É uma proposta que deve ser analisada, mas decerto que haverá outras que os juristas descubrirão na lei, sem passarem necessariamente pela liberalização do aborto, que também não estará provado que será a melhor solução para aquilo que verdadeiramente nos importa: a vida das crianças, das mães e das famílias, com dignidade, com condições e com qualidade.

Foi apenas isto

Foi apenas isto??

A Beatriz diz “foi apenas isto”, “apenas isto” é abandonar um dos pilares fundamentais de um partido democrata cristão, a defesa da vida.

Este é um grande problema da sociedade actual, abdicamos de principios como se estivessemos a deitar um papel ao chão.

Como é que o CDS pode ser cumplice de uma eventual liberalização do aborto? porque esta atitude é exactamente isso, uma tentativa de desresponsabilizar o partido de uma eventual alteração da lei. Se o PSD alterar a lei na proxima legislação o CDS mesmo não estando directamente envolvido não deixa de ser cumplice.

No entanto ao contrario do que diz o deputado Anacleto, não sou insensivel ás mulheres que vão a tribunal. O aborto é uma experiencia tão traumatizante que “não vejo com bons olhos” a condenação das mulheres e por isso acho que é necessario encontrar, dentro do quadro legal, uma solução para o problema.
Mas por outro lado considero que devem ser condenados, e com uma pena exemplar, todos aqueles que fazem do aborto um negocio. Esses sim devem ir a tribunal

Aborto, eleições do partido, etc.

ABORTO- Acho óptimo que se altere esta lei do aborto que a meu ver está permissiva de mais. É óbvio que nem estou a considerar a hipótese de o CDS-PP mudar em sentido diametralmente oposto ao que até aqui seguiu, por isso a mudança só poderá siginificar uma proposta de maior restrição aos casos em que o aborto é permitido.
ELEIÇÕES PARTIDÁRIAS- Directas, pois, isso nem se pergunta. Como é óbvio, o mais importante no partido é a eleição do seu Presidente. Isso de se eleger um Presidente e uma moção também me parece pouco racional, ou seja, elege-se o Presidente cuja moção mais nos agrada, tal como nas legislativas.
DINAMARCA- Aproveitar a luz do sol? Pelo menos no Verão, quando eu lá estive, o Sol põe-se bem mais tarde do que em Portugal... Cá eu, saio às 7.00 de casa quase todos os dias para ir para o Ginásio e só no pino do Inverno é que é de noite, por isso não se justifica as horas tardias a que os portugueses entram nos empregos. Bem sei que na Dinamarca, no Inverno, às 17.00 é noite, mas julgo que não teremos tanto aqui uma questão de ser noite ou dia cá no burgo, mas dos portugueses se terem habituado a não se deitar antes da meia noite, logo a não se levantar antes das 8.00 (com sorte), etc.
JARDINS- E oh André, quando eu te digo que eles têm MUITOS mais jardins em Copenhaga, é mesmo verdade. Lisboa, que é o dobro de Copenhaga, não terá metade da área ue esta tem em jardins.
MULHERES TRABALHADORAS- Sabem aquela imagem da mulher que trabalha, chega a casa e ainda faz o jantar, etc. Mesmo má onda... Sem família nem Celestina (a nossa Santa de devoção lá de casa), hoje cheguei à hora de almoço, tive que fazer o dito cujo, almoçar, limpar tudo e sair logo, sem qualquer tempo para os meus 15 minutinhos de sesta ejá excedendo o tempo que costumo demorar. Um mês assim e eu caía para o lado, por isso um apelo aos maridos portugueses: ajudem em casa que não fazem mais nada que a vossa obrigação. [Cá eu, quando for marido, obrigo os meus pais a partilharem a Celestina, metade do dia em cada lado. É a ajuda que eu dou ;-) ]

CDS-PP admite rever a Lei do Aborto?

A fazer fé na capa do Expresso do Sábado passado e, sobretudo, na homilia dominical do Professor Marcelo, parece que o CDS-PP não apenas admitiu rever a chamada Lei do Aborto como se transformou num partido que defende a sua despenalização e/ou discriminalização.
Não me parece que seja isso que tenha acontecido... Pelo que percebi das notícias, o CDS decidiu que a questão do aborto (ou seja, a alteração da lei existente) não seria um ponto fundamental para o acordo com o PSD em 2006. Ou seja, mesmo havendo coligação em 2006, na próxima legislatura o PSD não estaria vinculado ao compromisso assumido pelo CDS com o seu eleitorado de não permitir uma alteração da lei existente.
Foi apenas isto! Em relação ao compromisso do CDS com o seu eleitorado, nada sendo dito em contrário, parece-me que ele se manterá inalterado.
Indo, porém, à questão fundamental: a alteração da lei do aborto, este é um tema do qual não poderemos fugir e que mais cedo ou mais tarde terá que ser devolvido aos portugueses para que estes decidam. É uma questão que está em cima da mesa, que é polémica e que merece atenção. Os contributos são muitos, dos mais radicais aos mais sensatos, e propostas como a do Professor Freitas do Amaral, que não fala de descriminalização nem de despenalização, mas de actuação ilícita mas não culposa (através do instituto do Estado de Necessidade Desculpante) merecem a nossa atenção e ponderação.
Em relação ao tema polémico da semana, a entrada (ou proibição de entrada) do Borndiep, também chamado Barco do Aborto em águas territoriais portuguesas, temos que reconduzir a discussão ao seu devido lugar: cumprimento da legislação nacional e das convenções internacionais a que nos encontramos vinculados. Não se trata de ser contra ou a favor da despenalização do aborto, como os seus defensores pretendem fazer crer. Trata-se, tão só de fazer cumprir a lei que está, validamente, em vigor em Portugal e que criminaliza (bem ou mal, não é isso que se discute) a prática do aborto, fora os casos previstos no artigo 142º do Código Penal Português.
O problema aqui é que há um barco estrangeiro que se desloca propositada e intencionalmente a Portugal para incentivar o desrespeito de uma lei em vigor em território nacional. À luz do direito marítimo internacional Portugal tem o direito de impedir a entrada deste barco que, ao publicitar o aborto, considerado crime em Portugal, desrespeita os princípios da boa-fé e da ordem-pública em direito internacional.

Palpitações

É o que sinto cada vez que o Partido resolve emitir opiniões. É triste este (novo) sentimento de rota de colisão com tudo o que vem da boca da actual Direcção do PP. Então agora já se admite rever a lei do aborto? Se calhar a actual precisa de ser actualizada, já não está bem como está? E logo agora, quando se impede o barco abortista de atracar nos nosso portos? Não percebo... Alguém, sem ser a Beatriz (não leves a mal, de ti já sei o que vem), pode explicar-me?

Noutros tempos o barco iria ao fundo. Merecidamente, digo eu.

Já não bastava a traição europeia, agora isto.

É verdade, o meu post sobre este assunto há-de vir, não desesperem. Para desespero já basta o meu, que não arranjo tempo para me dedicar a isso.

Já Pedro Santana Lopes quis implementar as directas no PSD. Não me lembro agora se o conseguiu ou não. O que interessa é que o assunto não é património de esquerda. Quanto a mim, confesso que me faz confusão eleger um presidente directamente e a moção, que deverá orientar a sua acção, em congresso. Não é inédito em congresso um candidato ser eleito presidente tendo ganho a moção de outro candidato, no entanto tal é pouco vulgar mas, pode deixar de o ser se o sistema electivo for distinto para uma coisa e outra.

Há outro assunto que me pertuba - certos títulos de certos posts neste blog. "6 x 3 = 18?" por exemplo, o que significa? Já não é o primeiro do género. Amigos, se for necessário dar algumas explicações de Matemática Elementar digam, estou à inteira disposição!!!


27 agosto 2004

6 x 3 = 18?

Como não poderia deixar de ser, tive de aproveitar a oportunidade para opinar. Em todo o caso, dou o benefício da dúvida face à mercê do cansaço do Diogo. Mas, com que então, o meu amigo compara os espaços verdes da Dinamarca aos de (somente) Lisboa? Ai ai. D. Afonso Henriques deve-se ter manifestado quando escreveste isso, pois senti um calafrio no meio da noite (agora percebo!). Em todo o caso, temos de fazer uma abordagem mutatis mutandis, ou seja, não comparar o incomparável. Os países mais a norte têm de começar o dia mais cedo para aproveitar o dia (na verdadeira acepção da palavra: Sol, Luz), o mesmo se passa com os países a sul do Equador. É uma questão de geografia que condiciona, logicamente, todo um estilo de vida social.

Quanto ao Carlos (txan-txan-txan-txan) concordo com ele! Não são só más coisas que vêm da nossa oposição partidária, independentemente de ela a ser do actual Governo. Antes pelo contrário, todos temos a aprender um pouco com os outros. Termos as ideias fixas e andarmos a bater cegamente na mesma tecla, não é sinal de persistência mas sim burrice (e não é só neste caso concreto). É como aquele cartaz em Abril...sobre a Evolução - Risos!

Só mais uma coisa: quando temos um site do partido a funcionar?

26 agosto 2004

Dinamarca

Por um infeliz motivo, fui obrigado a vir da Figueira da Foz a Lisboa e não podia deixar de dar um saltinho ao blog (mesmo a estas tardias horas da madrugada) para começar a partilhar alguma coisinha sobre as minhas impressões políticas acerca da Dinamarca...
A 1.ª é que são orgulhosamanete uma Monarquia e o demonstram em muitos palácios e museus em que fotografias da Família Real espelham bem esse orgulho.
A 2.ª coisa é que pagam uma batelada de impostos mas recebem o equivalente em troca- assim até eu era Social Democrata. Comparativamente nós pagamos cerca de metade e recebemos cerca de um décimo em troca. Pergunta de grau um: para onde vai o dinheiro que nos sai do bolso e que bem falta nos faz?
Há quem se admire de eu não querer igual para Portugal, mas eu tento explicar que se nós pagassemos mais de 60% de impostos como eles, isso só levaria a que mais dinheiro fosse mal aproveitado e servisse para encher ainda mais o Estado com boys, sem que daí tirássemos grandes benefícios.
A 3.ª coisa é eles viverem a vida: entram nos trabalhos cedíssimo, trabalham imenso, mas às 5 da tarde estão todos a sair, vão buscar as crianças ao infantário e levam-nas para um dos fantásticos jardins que cobrem a cidade toda.
A 4.ª coisa, e falando em jardins, quase dá vontade de chorar o estado em que estão os nossos poucos e exíguos espaços verdes... Para quando mais e melhor verde em Liboa?
Oh Nuno, achas que estou péssimista? É que achas muito bem!
Amanhã já volto para a Figueira para continuar as minhas fériazinhas e pode ser que estes diazinhos de praia me afastem os péssimismos.

19 agosto 2004

CONFUSO

"Foram as crianças que envolveram Ferro Rodrigues no processo Casa Pia" Pires de Lima, porta-voz do PP
Então nao eram as suas posições anti-Americanas??
Estou confuso!!!

SISTEMA POLITICO

Mário Soares disse ontem na Sic Noticias que o Partido Socialista não deveria aceitar o pacto para a Justiça proposto pela maioria porque, segundo Mário Soares, isso iria prejudicar o PS.

É este tipo de comentários que não podem passar em claro, Mário Soares não diz que o PS deve rejeitar o acordo por não servir os interesses do pais mas sim porque prejudica um partido, ou seja, para Mário Soares o Partido Socialista é mais importante do que a Justiça ou pior, mais importante do que Portugal.

Este comentário é feito por alguém que já não tem qualquer tipo de aspirações politicas e que pode de bom agrado assumir que mais do que em democracia vivemos numa “partidocracia”, onde os interesses dos partidos se sobrepõem aos interesses da Nação.

Eu não quero com este post seguir o pessimismo do André e do Alcoutim que dizem que o sistema Português está perdido ou mesmo “entregue à bicharada”. Não quero alinhar no pessimismo porque considero que é muito perigoso, é nessas alturas de crises que aparecem os “salvador da pátria” populistas.

Acho que em Portugal temos um sistema muito melhor do que aquele que o “11 de Março” queria e que felizmente o “25 Novembro” conseguiu travar, e nisso tenho de estar agradecido entre outros a Mário Soares. Mas mesmo acreditando que Portugal não vive no pior dos sistemas também acredito que podemos melhorar e evoluir.

Em jeito de conclusão, Portugal não tem o sistema perfeito, aqueles que atacam com sete pedras a quem ousa fazer uma critica ao sistema conseguido com a revolução dos cravos têm de perceber que esta democracia não é perfeita. Mas por outro lado aqueles que não sabem se não fazer criticas “à 3ª Republica” têm de perceber que apesar de tudo é bastante melhor do que aquilo que o “companheiro Vasco” queria para Portugal.

16 agosto 2004

Caros amigos, perdoarão com certeza o nosso amigo Diogo, que é de Direito e como tal, pobre coitado, nada percebe de matemática e muito menos de numeração romana. O nosso amigo queria dizer que nasceu no ano da graça do Senhor de MCMLXXX.

Quanto a Europas e demais, é verdade que prometi escrever em breve sobre o assunto, mas ando atarefado entre o trabalho e fazer de guia turístico a uns amigos canadianos - internacional mas não Europeu. É sempre bom termos amigos estrangeiros cá, aproveitamos para ver coisas que habitualmente não vemos. Ontem fui visitar os claustros dos Jerónimos e a Torre de Belém, o que não fazia há já alguns anos, muito antes da limpeza de que foram alvo. Pomos em prática os nosso conhecimentos de línguas e de História, quer nacional quer universal, o que é sempre bom. Já me sugeriram enveredar por essa carreira profissional... mas não me parece.

Bizita, dado que os nossos corações são de direita, por razões óbvias e declaradas, é mais do que natural que, dentro dele, ocupes o ventrículo esquerdo, não?!

13 agosto 2004

Chegou a hora do adeus...

Pronto, quem ainda tinha algumas dúvidas sobre quem seria esse tal de Diogo Alvim que assina como Alcoutim, ficou a saber o meu nome todo. É que ainda poderia ser o meu pai, dois primos direitos ou um filho de um outro primo direito. Ou quem sabe até um primo direito do Francisco que não é nada a mim mas ele e a irmã têm o mesmo nome que eu e a minha irmã.
Next thing you know, a Bizita ia dizer natural de [...], concelho de [...], residente em [...], concelho de [...], etc, como se fosse um qualquer documento público, quem sabe uma escritura pública de compra e venda de um imóvel, etc.
Quanto ao PPE na Europa, a Bizita e eu recebemos um mail muito simpático que nos foi transmitido pela Sara vindo directamente de Estrasburgo. Infelizmente, entretanto a Sara foi de férias e eu agora não sei o mail para poder responder, logo que voltar eu próprio de férias (também já cá está a Sara) respondo.
E oh Bizita de qualquer dos ventrículos ou aurículos de todos nós (mas só um que os temos bem racionados), quantas vezes te tenho que dizer que sou o mais possível a favor da Europa. Acho lindo que passados estes séculos todos a lutarmos uns com os outros num jogo de alianças feitas e desfeitas, de jogos de poder e guerras fracticidas, consigamos finalmente unirmo-nos todos e tentarmos lutar por um bem comum, uma Europa próspera, em paz, em que podemos facilmente ir de Lisboa a Helsínquia e daí a Atenas sem passaportes, vistos, etc.
Também gosto muito de poder encomendar livros de França, CDs do RU e mobílias de Itália sem pagar as famigeradas taxas alfandegárias (não que alguma vez o tenha feito, mas a possibilidade é simpática).
Agora, tudo isso sem que tenha que ter um exército único europeu, uma política diplomática em tudo comum com países terceiros e toda uma série de mecanismos federalistas que vêm deturpar o bom que a Europa tem.
E com isto me despeço por uns tempos. Vou de férias para destinos onde não vou ter facilmente acesso à internet gratuitamente, por isso só conto estar de volta lá pelos dias 30 de Agosto. Vou passar pela Dinamarca (e talvez Suécia) e depois Figueira da Foz (se depois de saberem o meu nome completo, os atentos leitores deste humilde mas simpático blog ainda ficaram curiosos de saber mais factos pessoais, foi nesta simpática terra à beira mar plantada que eu nasci, no ano da graça de MCMVXXX, no dia em que o Diabo anda à solta, e desde aí que passo lá anualmente as minhas férias de Verão).

11 agosto 2004

Ventriculo esquerdo e que nao!

Oh Diogo Maria Sacadura Cabral de Sousa e Alvim, podes chamar-me Bizita, podes discordar de tudo o que digo, podes ser Anti-Bush e o mais conservador dos conservadores, podes ser contra a volta do CDS ao PPE e podes ate ser euro-ceptico, mas nunca, NUNCA, mais me chames "Bizita do ventriculo esquerdo de todos nos". A ser de algum ventriculo serei do DIREITO! Se bem que preferisse ser a Bizita da auricula direita de todos vos ao inves de ser do ventriculo, mas enfim, desde que seja do DIREITO dou-me por satisfeita!

05 agosto 2004

Terrorismo em Portugal?!

Pois é Bizita do ventrículo esquerdo de todos nós, cá em Portugal ninguém liga muito ao terrorismo porque somos um povo calmo, pacífico e preocupado com coisas bem mais importantes, como a praia, o futebol e a temperatura da cerveja.
Em Fevereiro do ano passado abalei eu de Lisboa com um grupo de amigos rumo a Viena via Amesterdão. Em Viena iriamos ficar em casa da mãe de uma amiga, pelo que comprámos um conjunto de foie-gras em casquinha, que eu levei na mochila e que passou comigo na Portela sem nada apitar.
Em Amesterdão eles fizeram o maios estardalhaço que possam imaginar, revistaram-me dos pés à cabeça, obrigaram-me a desembrulhar o presente e tiveram que se certificar que aquelas facas só cortavam mesmo foie-gras; nem para queijo aquilo dava!
E isto explica-se em duas palavras: os nossos polícias são inteligentes, perspicazes e sagazes. Olharam para mim e perceberam que eu sou de confiança e jamais iria atacar o piloto (até porque não estou disposto a morrer por dá cá aquela palha como os rapazes do 11/9).
Já os holandeses são uns b... e ao verem este pedaço de mão caminho puseram-se logo a pensar como é que haviam de passar a mão!
E eu bem que insisti que fosse uma rapariga polícia que era bem gira, toda loirinha e tudo, mas nickles, pevides batatóides...
Vai daí, Bizita, isto serve para veres que nós temos um país seguro e, por isso, não precisamos de andar por aí a incomodar os cidadãos exemplares e cumpridores como eu.
E, caso não saibas, a nossa PJ é das melhores judiciárias do mundo e consegue detectar a léguas um terrorista islâmico, pelo que estamos perfeitamente seguros e, se as nossas autoridades não nos dizem de planos de ataques, é porque eles não existem.

Esta vida é dura, mas alguém a tem que viver...

Olhem, eu tinha escrito um texto enorme, mas ele despareceu quando eu o ia a publicar...
Esta vida é dura, mas alguéma tem que viver, e mais vale ser quem já a conhece.

04 agosto 2004

Directly from Cambridge

Estou de ferias em Cambridge e como tal peco desculpa aos leitores por nao usar acentos nem ce de cedilha! Se algum dos meus meninos (Francisco ou Diogo) tiver boa vontade suficiente pode corrigir!

Pois bem nos em Portugal, de facto, nao nos apercebemos do que e a ameaca do terrorismo e como tal somos um povo tranquilo! Aqui a musica e outra! Entre ontem e hoje as noticias foram:

descobertos planos para atentados em Londres;
bancos americanos e empresas americanas com sede em Londres com vigilancia apertada;
detidos 30 homens, na regiao de Londres e East Anglia, suspeitos de ligacoes a Al Qaeda.

Paralelamente, as pessoas fazem a sua vida normal e aparentemente sem medo! Eu por mim devo confessar que fico apreensiva e nao acho muita graca a que estejam a ser descobertos planos para bombardear Londres ou que o Bin Laden ameace a Europa, dizendo que vao correr rios de sangue!

Tudo isto para dizer que a ameaca do terrorismo e real e e preciso combate-la. Em Inglaterra vemos trabalho e vemos que as autoridades comunicam aos cidadaos as ameacas que existem. Sera que o mesmo se passa em Portugal? Apesar do medo, em Inglaterra sinto-me segura porque vejo a policia a actuar quando entro num comboio, quando ando na rua, quando apanho um aviao. Sera que em Portugal alguem tem a real nocao do perigo que a Europa e os Europeus correm todos os dias?

Esta e a realidade vista de longe, com os olhos de alguem que le os jornais e ve a televisao inglesa e como tal e constantemente bombardeada com informacao sobre terrorismo. Claro que em Portugal a perspectiva e outra ou nao foramos nos um pais periferico, ate mesmo, e ate ver, na rota do terrorismo!




...

Uma pessoa já não pode ir de férias que dá nisto!
Preparem-se que eu estou a preparar-me - PPE; Europeísmo; Partido Popular - CDS/PP que futuro? - serão os temas a que me dedicarei a responder muito em breve.
Beatriz, como já deves calcular, vai sobrar para ti.

Abreijos,

02 agosto 2004

Férias

O país está de férias. Para todo o lado onde se olhe se sente isso:
em Lisboa há lugares para estacionar, o metro não anda a abarrotar, conseguimos ser atendidos com rapidez e eficiência nos cafés, etc.
No fundo, quando o país vai de férias, trabalha-se muito melhor. lol
Por outro lado é uma altura em que podemos fazer férias da comunicação social porque, se já é má durante o ano, agora nem se fala! Vá-se lá saber qual o interesse de saber que o nosso 1.º usa uma pulseira a que um jornalista supersticioso atribui a sua boa estrela, mas ela constitui a manchete principal na capa de um diário conhecido.
Quanto a mim, a partir de hoje que comprei os bilhetes, as minhas férias estão marcadíssimas: de 15 a 23 vou estar em Copenhaga e arredores (quero visitar a Dinamarca toda, Estocolmo e o Schleswig-Holstein) e depois vou estar na Figueira da Foz.
Vejam que, chegando as férias, até os posts aqui do blog começam a ser fúteis (este é o 1.º de muitos posts fúteis de quem está a pensar em sereias, louraças, viagens, praia e casino). E isso vê-se logo pela quantidade de côr que ele tem.
Ainda para mais, neste momento não tenho a minha principal oponente, a BIZITA, porque ela... ESTÁ DE FÉRIAS! Já tenho sódades! :-(