28 novembro 2005

PUB. - Semear o Futuro!

Caros amigos,

É com enorme alegria que vos apresento a moção “
Semear o Futuro!”. Esta é uma moção que se pretende transparente, inovadora, e despojada de ambições pessoais, que tem como lógica exclusiva debater ideias. Entendemos que no próximo congresso dos dias 17 e 18 de Dezembro em Bragança devemos valorizar, promover e exercer a participação política.

Por isto queremos; promover uma organização mais eficiente e abrangente, chegar onde não chegámos até hoje, proporcionar novas formas de militância e de participação activa; incrementar uma articulação dinâmica e permanente com o partido e apoiar os seus propósitos específicos para o interesse de todos os militantes e principalmente da Nação.

Pedimos portanto que todos aqueles que vão participar no próximo congresso da Juventude Popular, que antes de fazerem uma opção pelas moções, leiam e reflictam sobre qual o caminho que a nossa organização deve trilhar. Devemos ter consciência que as opções de hoje, darão origem à JP de amanhã, devemos começar já a “Semear o Futuro!

Atentamente;
Tiago Antão

http://www.freewebtown.com/semearofuturo/

26 novembro 2005

Haja Vergonha!




Acham que em Portugal existe clientelismo? Compadrio? Que existem pessoas corruptas ou corruptíveis capazes de alterar o PDM de uma região para favorecer o amigo e receber uns milhares? E que existirão pessoas do PS com terrenos na Ota desejosos (para não dizer babados) que se faça o aeroporto para os poderem vender ao triplo do preço a que compraram? Eu infelizmente tenho a plena certeza disso.
Sou leitor diário do Jornal de Negócios há mais de dois anos, e nunca vi anúncio nenhum de venda de urbanizações fossem elas onde fossem. Logo por coincidência no dia a seguir a Sócrates ter aprovado o projecto do aeroporto da Ota este anúncio sai ocupando ¼ da página do JN. Será que eu sou muito inteligente e vejo o que se passa ou todos vêem o mesmo e nada fazem?
Ó sr. Presidente da República não será “esta série de episódios” alvo de nenhuma consideração sua? Adivinho a sua resposta caso leia este blog: -“Existem muitos interesses instalados e eu apesar de ser o Presidente pouco ou nada mando pá. Quem manda em Portugal pá, são os construtores e as autarquias, verdadeiras proliferadoras de "patos bravos", eu limito-me a dissolver a Assembleia da República quando o governo é de Direita, pá. Enfim é o país que temos!"

22 novembro 2005

Soares para Belem!

Comunicado de apoio Agencias Viagens
A Associação das Agências de Viagem Portuguesas (AAVP) quer aqui anunciar, que apoia o candidato Mário Soares à Presidência daRepública pelas razões de seguida mencionadas:
.
1986
11 a 13 de Maio - Grã-Bretanha
06 a 09 de Julho - França
12 a 14 de Setembro - Espanha
17 a 25 de Outubro - Grã-Bretanha e França
28 de Outubro - Moçambique
05 a 08 de Dezembro - São Tomé e Príncipe
08 a 11 de Dezembro - Cabo Verde
1987
15 a 18 de Janeiro - Espanha
24 de Março a 05 de Abril - Brasil
16 a 26 de Maio - Estados Unidos
13 a 16 de Junho - França e Suíça
16 a 20 de Outubro - França
22 a 29 de Novembro - Rússia
14 a 19 de Dezembro - Espanha
1988
18 a 23 de Abril - Alemanha
16 a 18 de Maio - Luxemburgo
18 a 21 de Maio - Suíça
31 de Maio a 05 de Junho - Filipinas
05 a 08 de Junho - Estados Unidos
08 a 13 de Agosto - Equador
13 a 15 de Outubro - Alemanha
15 a 18 de Outubro - Itália
05 a 10 de Novembro - França
12 a 17 de Dezembro - Grécia
1989
19 a 21 de Janeiro - Alemanha
31 de Janeiro a 05 de Fevereiro - Venezuela
21 a 27 de Fevereiro - Japão
27 de fevereiro a 05 de Março - Hong-Kong e Macau
05 a 12 de Março - Itália
24 de Junho a 02 de Julho - Estados Unidos
12 a 16 de Julho - Estados Unidos
17 a 19 de Julho - Espanha
27 de Setembro a 02 de Outubro - Hungria
02 a 04 de Outubro - Holanda
16 a 24 de Outubro - França
20 a 24 de Novembro - Guiné-Bissau
24 a 26 de Novembro - Costa do Marfim
27 a 30 de Dezembro - República Checa
1990
15 a 20 de Fevereiro - Itália
10 a 21 de Março - Chile e Brasil
26 a 29 de Abril - Itália
05 a 06 de Maio - Espanha
15 a 20 de Maio - Marrocos
09 a 11 de Outubro - Suécia
27 a 28 de Outubro - Espanha
11 a 12 de Novembro - Japão
1991
29 a 31 de Janeiro - Noruega
21 a 23 de Março - Cabo Verde
02 a 04 de Abril - São Tomé e Príncipe
05 a 09 de Abril - Itália
17 a 23 de Maio - Rússia
08 a 11 de Julho - Espanha
16 a 23 de Julho - México
27 de Agosto a 01 de Setembro - Espanha
14 a 19 de Setembro - França e Bélgica
08 a 10 de Outubro - Bélgica
22 a 24 de Novembro - França
08 a 12 de Dezembro - Bélgica e França
1992
10 a 14 de Janeiro - Estados Unidos
23 de Janeiro a 04 de Fevereiro - India
09 a 11 de Março - França
13 a 14 de Março - Espanha
25 a 29 de Abril - Espanha
04 a 06 de Maio - Suíça
06 a 09 de Maio - Dinamarca
26 a 28 de Maio - Alemanha
30 a 31 de Maio - Espanha
01 a 07 de Junho - Brasil
11 a 13 de Junho - Espanha
13 a 15 de Junho - Alemanha
19 a 21 de Junho - Itália
14 a 16 de Outubro - França
16 a 19 de Outubro - Alemanha
19 a 21 de Outubro - Áustria
21 a 27 de Outubro - Turquia
01 a 03 de Novembro - Espanha
17 a 19 de Novembro - França
26 a 28 de Novembro - Espanha
13 a 16 de Dezembro - França
1993
17 a 21 de Fevereiro - França
14 a 16 de Março - Bélgica
26 a 30 de Novembro - Zaire
27 a 30 de Dezembro - República Checa
1990
15 a 20 de Fevereiro - Itália
10 a 21 de Março - Chile e Brasil
26 a 29 de Abril - Itália
05 a 06 de Maio - Espanha
15 a 20 de Maio - Marrocos
09 a 11 de Outubro - Suécia
27 a 28 de Outubro - Espanha
11 a 12 de Novembro - Japão
1991
29 a 31 de Janeiro - Noruega
21 a 23 de Março - Cabo Verde
02 a 04 de Abril - São Tomé e Príncipe
05 a 09 de Abril - Itália
17 a 23 de Maio - Rússia
08 a 11 de Julho - Espanha
16 a 23 de Julho - México
27 de Agosto a 01 de Setembro - Espanha
14 a 19 de Setembro - França e Bélgica
08 a 10 de Outubro - Bélgica
22 a 24 de Novembro - França
08 a 12 de Dezembro - Bélgica e França
1992
10 a 14 de Janeiro - Estados Unidos
23 de Janeiro a 04 de Fevereiro - India
09 a 11 de Março - França
13 a 14 de Março - Espanha
25 a 29 de Abril - Espanha
04 a 06 de Maio - Suíça
06 a 09 de Maio - Dinamarca
26 a 28 de Maio - Alemanha
30 a 31 de Maio - Espanha
01 a 07 de Junho - Brasil
11 a 13 de Junho - Espanha
13 a 15 de Junho - Alemanha
19 a 21 de Junho - Itália
14 a 16 de Outubro - França
16 a 19 de Outubro - Alemanha
19 a 21 de Outubro - Áustria
21 a 27 de Outubro - Turquia
01 a 03 de Novembro - Espanha
17 a 19 de Novembro - França
26 a 28 de Novembro - Espanha
13 a 16 de Dezembro - França
1993
17 a 21 de Fevereiro - França
14 a 16 de Março - Bélgica
18 a 20 de Abril - Alemanha
21 a 23 de Abril - Estados Unidos
27 de Abril a 02 de Maio - Grã-Bretanha
14 a 16 de Maio - Espanha
17 a 19 de Maio - França
22 a 23 de Maio - Espanha
01 a 04 de Junho - Irlanda
04 a 06 de Junho - Islândia
05 a 06 de Julho - Espanha
09 a 14 de Julho - Chile
14 a 21 de Julho - Brasil
24 a 26 de Julho - Espanha
06 a 07 de Agosto - Bélgica
07 a 08 de Setembro - Espanha
14 a 17 de de Outubro - Coreia do Norte
18 a 27 de Outubro - Japão
28 a 31 de Outubro - Hong-Kong e Macau
1994
02 a 05 de Fevereiro - França
27 de Fevereiro a 03 de Março - Espanha (incluindo Canárias)
18 a 26 de Março - Brasil
08 a 12 de Maio - África do Sul (Tomada de posse de Mandela)
22 a 27 de Maio - Itália
27 a 31 de Maio - África do Sul
06 a 07 de Junho - Espanha
12 a 20 de Junho - Colômbia
05 a 06 de Julho - França
10 a 13 de Setembro - Itália
13 a 16 de Setembro - Bulgária
16 a 18 de Setembro - - França
28 a 30 de Setembro - Guiné-Bissau
09 a 11 de Outubro - Malta
11 a 16 de Outubro - Egipto
17 a 18 de Outubro - Letónia
18 a 20 de Outubro - Polónia
09 a 10 de Novembro - Grã-Bretanha
15 a 17 de Novembro - República Checa
17 a 19 de Novembro - Suíça
27 a 28 de Novembro - Marrocos
07 a 12 de Dezembro - Moçambique
30 de Dezembro a 09 de Janeiro -Brasil
1995
31 de Janeiro a 02 de Fevereiro - França
12 a 13 de Fevereiro - Espanha
06 a 07 de Abril - Espanha
18 a 20 de Abril - Alemanha
21 a 23 de Abril - Estados Unidos
27 de Abril a 02 de Maio - Grã-Bretanha
14 a 16 de Maio - Espanha
17 a 19 de Maio - França
22 a 23 de Maio - Espanha
01 a 04 de Junho - Irlanda
04 a 06 de Junho - Islândia
05 a 06 de Julho - Espanha
09 a 14 de Julho - Chile
14 a 21 de Julho - Brasil
24 a 26 de Julho - Espanha
06 a 07 de Agosto - Bélgica
07 a 08 de Setembro - Espanha
14 a 17 de de Outubro - Coreia do Norte
18 a 27 de Outubro - Japão
28 a 31 de Outubro - Hong-Kong e Macau
1996
08 a 11 de Janeiro - Angola
.
Durante os anos que ocupou o Palácio de Belém, Soares visitou 57 países(alguns várias vezes como por exemplo Espanha que visitou 24 vezes ea França 21 vezes), percorrendo no total 992.809 KMS o que correspondea 22 vezes a volta ao mundo.

17 novembro 2005

E Esta Hein 4 !!!

Senhor Professor, dada a circunstância do meu pai ter visto, ouvido, sentido e lido a Revolução de Abril, estou completamente baralhado, com o que o Senhor me ensinou e com a leitura dos textos de apoio. Eu julgo que o meu pai é que tem razão e, por isso, no próximo teste, vou seguir os conselhos dele.
Não foi o Senhor Professor que disse que a Revolução nos deu a liberdade de opinião? Certamente terei uma nota negativa, mas o meu pai nunca me mentiu e eu continuo a acreditar nele.
Como ele, também eu vou pôr uma gravata preta no dia 25 de abril, em sinal de luto pelos milhares de mortos havidos no nosso Império, provocados pela Revolução dos Espinhos, perdão, dos Cravos.
O Senhor disse-me que esta Revolução não vertera uma gota de sangue e agora vim a saber que militantes negros que serviram o exército português, durante a guerra, que o Senhor chamou colonial, foram abandonados e depois fuzilados pelos comunistas a quem foram entregues as nossas terras.
Desculpe-me, Senhor Professor, mas o meu pai disse-me que o Senhor era cego de um olho, que só sabia ler a História de Portugal com o olho esquerdo. Se o Senhor tivesse os dois olhos não me ensinaria tantas asneiras, mas que o desculpava porque o Senhor era um jovem e certamente só lera o que o Professor Fernando Rosas escrevera.
A minha carta já vai longa, mas eu usei de toda a honestidade e espero que o Senhor Professor consiga igualmente ser honesto para comigo, no próximo teste, quando o avaliar.

Com os meus respeitosos cumprimentos,
O seu aluno

E Esta Hein 3 !!!

O meu pai disse-me que os governantes de outrora não eram corruptos e que após o 25 de Abril nunca se viu tanta corrupção como actualmente. Também me disse que a criminalidade aumentara assustadoramente em Portugal e que já há verdadeiras máfias a operar, vivendo à custa da miséria dos jovens drogados e da prostituição, resultado do abandono dos filhos de pais divorciados e dum lamentável atraso cultural, em virtude de um Sistema Educativo, que é a nossa maior vergonha, desde há mais vinte anos.
Eu fiquei de boca aberta, quando o meu pai me disse que a Censura continuava na ordem do dia, porque ele manda artigos para alguns jornais e não são publicados, visto que ele diz as verdades, que são escamoteadas ao Povo Português, e isso não interessa a certos orgãos eq Comunicação Social ao serviço de interesses obscuros.
O meu pai diz que o nosso país é hoje uma colónia de Bruxelas, que nos dá esmolas para nós conseguirmos sobreviver, pois os tais Capitães de Abril reduziram Portugal a uma «pobreza franciscana» e que o nosso país já não nos pertence e que perdemos a nossa independência.
Perguntei-lhe se ele já ouvira falar de Mário Soares, Almeida Santos, Rosa Coutinho, Melo Antunes, Álvaro Cunhal, Vítor Alves, Vítor Crespo, Lemos Pires, Vasco Lourenço, Vasco Gonçalves, Costa Gomes, Pezarat Correia... Não pude acrescentar mais nomes, que fixara com enorme sacrifício e trabalho de memória, porque o meu pai começou a vomitar só de me ouvir pronunciar estes nomes.
Quando se sentiu melhor, disse-me que nunca mais lhe falasse em tais «sacanas de gajos», mas que decorasse antes os nomes de Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, Diogo Cão, D. João II, D. Manuel I, Bartolomeu Dias, Afonso de Alburquerque, D. João de Castro, Camões, Norton de Matos, porque os outros não eram dignos de ser Portugueses, mas estes eram as grandes e respeitáveis figuras da nossa História.
Naturalmente que fiquei admirado, porque o Senhor Professor nunca me falara nestas personagens tão importantes e apenas me citara os nomes que constam dos textos do Professor Fernado Rosas.

E Esta Hein 2 !!!

Tinha já tudo bem compreendido e decorado, quando pedi ao meu pai que lesse os apontamentos e os textos para me fazer perguntas sobre a tal Revolução, com vista à minha preparação para o teste, pois eu não assisti ao acontecimento histórico, por não ter ainda nascido, uma vez que, como sabe, tenho apenas dezasseis anos de idade.
Com o pedido que fiz ao meu pai, começaram os meus problemas pois ele ficou horrorizado com o que o Senhor Professor me ensinou e chamou-lhe até mentiroso porque conseguira falsificar a História de portugal. Ele disse-me que assistira à Revolução dos Cravos dos Capitães de Abril e que vira com «os olhos que a terra há-de comer» o que acontecera e as suas consequências.
Disse-me que os Capitães foram os maiores traidores que a nossa História conhecera, porque entregaram aos comunistas todo o nosso império, enganando os Portugueses e os naturais dos territórios, que nos pertenciam por direito histórico. Que a Guerra no Ultramar envolvera toda a sua geração e que nela sobressaíra a valentia dum povo em armas, a defender a herança dos nossos maiores.
Que já não existia ditadura salazarista, porque Salazar já tinha morrido na altura e que vigorava a Primavera Marcelista que, paulatinamente, estava a colocar Portugal na vanguarda da Europa. Que hoje o nosso país, conjuntamente com a Grécia, são os países mais atrasados da Comunidade Europeia.
Que Portugal já disfrutava de muitas liberdades ao tempo do Professor Marcelo Caetano, que caminhávamos para a Democracia sem sobressaltos, que os jovens, como eu, tinham empregos assegurados, quando terminavam os estudos, que não se drogavam, que não frequentavam antros de deboche a que chamam discotecas, nem viviam na promiscuidade sexual, que hoje lhes embotam os sentidos.
Disse-me também que ele sabia o que era Deus, a Pátria e a Família e que eu sou um ignorante nessas matérias. Aliás, eu nem sabia que a minha Pátria era Portugal, pois o Senhor Professor ensinou-me que a minha Pátria era a Europa.

E Esta Hein!!!

CARTA DO ALUNO AO PROFESSOR

Senhor Professor,
Sou obrigado a escrever-lhe, nesta data, depois de ter escutado, com toda a atenção, a aula de História, que nos deu sobre a Revolução de Abril de 1974.
Li todos os apontamentos que tirei na aula e os textos de apoio que me entregou para me preparar para o teste, que o Senhor Professor irá apresentar-nos, na próxima semana, sobre a Revolução dos Cravos.
Disse o Senhor Professor que a Revolução derrubou a ditadura salazarista e veio a permitir o final da Guerra Colonial, com a conquista da Liberdade do Povo Português o dos Povos dos territórios que nós dominávamos e que constituiam o nosso Império.
Afirmou ainda que passámos a viver em Democracia e que iniciámos uma nova política de Desenvolvimento, baseada na economia de mercado.
Informou-nos também que a Censura sobre os orgãos de Comunicação Social terminara e que a PIDE/DGS, a Polícia Política do Estado Fascista acabara, dando a possibilidade aos Portugueses de terem liberdade de expressão, opinião e pensamento. Hoje, todos eles podem exprimir as suas opiniões nos jornais, rádio, televisão, cinema e teatro, sem receio de serem presos.
Disse igualmente que Portugal era um país isolado no contexto internacional e que agora fazemos parte da União Europeia e temos grande prestígio no mundo. Que somos dos poucos países da União a cumprir, na íntegra, os cinco critérios de convergência nominal do Tratado de Maastricht para fazermos parte do pelotão da frente com vista ao Euro.
Li os textos de apoio do Professor Fernando Rosas, onde me informam que os Capitães de Abril são considerados heróis nacionais, como nunca houvera antes na nossa história, e que eles são os responsáveis por toda a modernidade do nosso país, pois se não tivesse acontecido a memorável Revolução, estaríamos na cauda da Europa e viveríamos em grande atraso, em relação aos outros países, e num total obscurantismo.

16 novembro 2005

INE

E o mais engraçado de tudo isto, é que o INE tinha apontado para valores mais realistas (que infelizmente acabaram por se verificar) dos que os apresentados só agora pelo Banco de Portugal e que, quando o INE os apresentou, foi severamente criticado, levando inclusivamente, a posteriori, à demissão (não sei se por motivos relacionados - mas é muita coincidência) do então presidente, João Mata.
E lanço aqui uma questão: porque tem de de ser o INE um organismo tutelado pela Presidência do Conselho de Ministros?
Há sensivelmente dois anos, o então ministro Morais Sarmento, já tinha demitido o antecessor de João Mata (não me recordo dos motivos). Mas o que leva a crer é que conforme a cor do partido governante, presidentes de tais orgãos, que deveriam ser independentes às regras do funcionamento do Estado, são postos e depostos conforme as vontades dos ministros da Presidência.
É assim que esperamos que os números sejam sinceros? Que não mintam? Que haja idoneidade? Que não se trate de rivalidades entre INE's e Bancos de Portugal mas sim em apurar-se a verdade dos factos e dar-se a conhecer aos portugueses a realidade tal como ela é? É assim?...
Sinceramente!

Onde estão os 150.000 empregos, eng. Sócrates?

A taxa de desemprego em Portugal aumentou para 7,7% no terceiro trimestre deste ano, o valor mais elevado desde há pelo menos sete anos e que representa um agravamento face aos três meses anteriores e ao período homólogo de 2004, segundo o Instituto Nacional de Estatística.

A taxa de desemprego em Portugal, no terceiro trimestre, sofreu um agravamento de 0,5 pontos percentuais face ao verificado no segundo trimestre (taxa de 7,2%) e de 0,9 pontos percentuais contra o terceiro trimestre de 2004 (taxa de 7,2%).
Segundo os registos disponibilizados pelo INE, o valor da taxa de desemprego no terceiro trimestre é o mais elevado desde pelo menos o terceiro trimestre de 1998. No segundo trimestre deste ano a taxa de desemprego tinha-se situado nos 7,5%.

O aumento do desemprego em Portugal está relacionado com o abrandamento da economia nacional. Ainda ontem o Banco de Portugal cortou a sua previsão para o crescimento da economia nacional este ano, de 0,5 para 0,3%.
Na proposta do Orçamento do Estado para 2006, o Governo prevê um aumento da taxa de desemprego para 7,7%, uma meta que foi assim já atingida no terceiro trimestre de 2006.
O INE destaca também que o aumento trimestral do número de desempregados ocorreu essencialmente no grupo dos indivíduos desempregados à procura de primeiro emprego.

Onde estão os 150.000 novos postos de trabalho, prometidos na campanha eleitoral por Sócrates?

Terão todos eles ido para a Caixa Geral de Depósitos?!

14 novembro 2005

Precisa-se de matéria prima para construir um País

Eduardo Prado Coelho - in Público
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciadado que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ... e para eles mesmos. Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos. Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos. Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros. Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica. Onde nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar a alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar-lhe o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
NÃO. NÃO. NÃO. JÁ BASTA.
Como "matéria prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que nosso país precisa. Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS.
Nascidos aqui, não em outra parte...Fico triste.
Porque, ainda que Sócrates fosse embora hoje mesmo, o próximo que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada...Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa? Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um Messias. Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim,exigir-lhe) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, dedesentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO. E você, o que pensa?.... MEDITE!
EDUARDO PRADO COELHO

Imigração

A imigração é como o pão para boca dos Europeus: sem ela a Europa atrofiava pois os Europeus pura e simplesmente não têm filhos. O filho único ou os dois filhos são o mais comum de há trinta anos para cá e já não são poucos os casais que decidem não ter filhos.

Ora, ao longo do século XX os Europeus foram construindo escolas, hospitais, universidades, estradas e tantas outras infra-estruturas, bem como um sistema de segurança social único no mundo, que fazem de nos um Continente rico e com a melhor qualidade de vida do mundo. Mas para sustentar tudo isso é necessário que tenhamos trabalhadores que paguem os impostos ao fim do ano para que o estado possa sustentar tudo isso.

Mas se os imigrantes são tão necessários, porque e que ao mesmo tempo são tão excluídos?

Por muita necessidade que tenhamos dos imigrantes, há sempre pessoas que abusam e nitidamente os exploram ou outros que têm sempre sete pedras na mão para culpar os imigrantes por todos os males da Pátria.

Gostaríamos, por acaso, de trabalhar doze horas por dia numas obras em que não nos pagam horas extraordinárias, para chegarmos ao fim do mês e recebermos uns míseros 90/100 contos para sustentarmos a nossa família num bairro decadente da periferia das grandes cidades e ainda termos que ir na rua e as pessoas olharem-nos de lado e chamarem-nos nomes e outros "mimos" do género? Não ficaríamos revoltados? Se nascêssemos e crescêssemos nessa situação, não nos iríamos sentir injustiçados relativamente àqueles que, como nós, estudaram em boas escolas do centro da cidade, vestiram boas roupas e puderam receber os amigos numa casa simpática algures no centro da cidade?

Deixo a questão…

09 novembro 2005

Cortes no OE não atingem OTA e TGV.

Apesar do Orçamento de Estado ser considerado de contenção Sócrates manteve hoje como prioridades a OTA e TGV.

O primeiro-ministro considera que a construção do aeroporto da OTA e a introdução da alta velocidade são projectos prioritários para Portugal.

É indiscutível que ambas as obras importarão a mobilização de astronómicas somas de dinheiro, que hão-de provir do Orçamento Geral do Estado, ou seja, tais obras serão financiadas além de mim, como contribuinte, mas também, por todos os Contribuintes Portugueses. Ilustres Economistas do País, representando um amplo leque de opinião e provindo de diversos quadrantes políticos, concluem, mais do que a inutilidade de tais obras, pela sua inoportunidade, e pelos negativos efeitos que terão na economia nacional. Em obras de tal dimensões, e com tais consequências, parece que seria sensato que o primeiro-ministro deveria de auscultar os cidadãos, em lugar de, "unilateralmente" decidir - com a arrogância, autismo e a obstinação como é seu hábito.

O estado da Economia Portuguesa não se compadece com gastos escusados e sumptuários como estes é imprescindível que os eleitores sejam ouvidos em tais matérias, pela sua seriedade e consequências futuras.
É tempo de os Contribuintes exigirem rigor na despesa pública e de imporem que o Estado efectivamente os respeite. É isso que eu como militante do CDS/PP espero ver como mais uma batalha a travar contra este Governo.

04 novembro 2005

A todos os críticos compulsivos.

02 novembro 2005

Falando em Republica...

No outro dia estava a falar com um estudante de Ciencia Politica Chines que me dizia que sabia quem eram os Reis de Espanha, a Rainha de Inglaterra, os Imperadores do Japao e ate os Principes do Monaco!
Quando lhe perguntei se sabia quem era o Chefe de Estado Portugues ficou embaracado, riu, corou, cocou a cabeca e respondeu: "I only know Figo, but he's a football player!"
Ora aqui esta uma das principais vantagens da Monarquia, os estrangeiros conhecem os Reis, gostam de saber sobre as Familias deles e passam a conhecer um bocadinho mais do Pais de onde eles sao. Ja os Presidentes sao tao interessantes como um troncozinho a boiar no rio, ou seja, nada para que alguem olhe sequer duas vezes.
Bem, se assim e para todos os Presidentes, o que dizer de gente tao desinteressante como os cinco candidatos que se perfilam a ser o proximo Presidente de Portugal!

Caro Andre...

Bem, digas la o que disseres, continuamos a nao conseguir apresentar um candidato em condicoes, e isso e uma tristeza porque temos que votar na Cavacada, nao porque gostemos dela, mas porque nao conseguimos apresentar um candidato em condicoes.
Temos que engolir a Republica, temos que engolir o Cavaco...

Ao Diogo - Sobre as Presidenciais

Diogo, tudo bem que possas não gostar do Cavaco Silva (até parece que andei com ele na escola), mas quando se passa para os ataques pessoais, a ele ou à sua mulher, acho que perdes a razão.
Agora se a Direita está mais ou menos dividida, não sei. Claro que o argumento de um maior número de candidatos de esquerda não nos pode levar a inferir que a mesma está dividida. Antes pelo contrário, se pelas regras da concorrência perfeita se pudesse aplicar o mesmo princípio nesta caso, friso - concorrência perfeita -, só é benéfico para o consumidor, perdão, eleitor, ter um maior número de candidatos por forma a estes poderem chegar a um maior número de pessoas que ora não se identificam com Soares mas mais com Alegre...e não tanto com o Jerónimo, mas mais com o Louçã, e por aí fora.
Na Direita, como já expressei aqui a minha opinião, e dado o rumo do nosso partido, creio que simplesmente não há candidato. Podem-me dizer tudo o que quiserem sobre a hipótese do Paulo Portas, mas numa sondagem de rua as pessoas dizem todas o mesmo: "Muito novo", "Não tem perfil". Mutatis mutandis, o mesmo argumento já não é aplicável a Louçã, que não deve fugir muito na faixa etária. O «porquê», não me perguntes(m), mas o que é certo é que quando se trata da Direita, aquela luz gigante dos palcos aponta imediatamente.
Acho que apresentar um candidato, sem ser Paulo Portas (que não pode ser de jeito algum pelos motivos que já apresentei), não seria mau. Seria bera! Portanto, entre dois "males", escolhe-se o menor. Ou, como prefiro mais o outro ponto de vista, antes não fazer, do que fazer mal. E o nosso País, pois entendo que não podemos andar aqui em politiquices mas sim em pôr lá alguém que faça o nosso País ir para a frente de vez, não pode perder mais tempo...