15 março 2004

11/3/2004


Este último post do Diogo interpela-nos a todos a reflectir sobre um dos mais difíceis temas da actualidade - o terrorismo e as suas terríveis consequências.


Acho que ainda estamos todos em choque com o que aconteceu em Madrid na quinta-feira passada e, talvez por isso, não tenhamos a cabeça fria para analisar os acontecimentos. Pois bem, a quente, o que me parece é que, a  vitória do PSOE e as manifestações de rua a culpar Aznar pelos atentados, é a vitória do terror contra a liberdade e a democracia.


Se Espanha se aliou aos Estados Unidos, como Portugal e muitos outros Estados democráticos, fê-lo na convicção de que o combate ao terrorismo, nomeadamente o terrorismo de grupos como a Al-Qaeda justificam a guerra preventiva. Este tipo de guerra, previsto no Conceito Estratégico de Defesa dos EUA só poderá ser utilizado em circunstâncias extremas e contra Estados Pária que sistematicamente violem os direitos humanos, dêem guarida a terroristas e financiem organizações como a de Bin Laden. Era este o caso do Iraque, onde a brutal tirania de Saddam Hussein tinha que acabar nem que para isso fosse preciso recorrer à guerra preventiva. A guerra do Iraque não foi uma guerra injusta e muito menos a invasão de um Estado Soberano e Democrático por forças inimigas.


Em Portugal a esquerda virá já dizer que Portugal está hoje em risco por ter sido anfitrião da 'Cimeira da Guerra', como lhe chamam, e pelo apoio inequívoco ao nosso aliado Americano. Porém a esquerda esquece-se que, se  Portugal está hoje em risco de um atentado terrorista não será pelo alinhamento da nossa política externa ou por termos GNR's no Iraque. Se Portugal for atacado selo-á por ser um Estado de Liberdade, Democrático e que cultiva o estilo de vida ocidental! Estivemos ao lado dos EUA quando terroristas atacaram o coração da América; estamos ao lado de ESpanha agora que Madrid foi o alvo de terroristas sem nome; estaremos, pois, ao lado de todos os povos atingidos por estes actos cobardes em nome da Liberdade, da Justiça, e da Democracia.


Os terroristas não vencerão! «En ese tren íbamos todos