06 dezembro 2004

A matemática das sondagens
A matemática sempre foi para mim uma dor de cabeça, especialmente, no secundário. E pelos vistos na política também.

Já disse aqui (e não volto atrás) que sou a favor do CDS/PP ir sozinho as estas eleições. Mas não me posso esquecer que não é a percentagem dos votos a nível nacional que determina o numero de deputados de cada força política. No sistema político português o número de deputados obtidos é feito distrito a distrito pelo método de Hondt.

Assim, existem cerca de 12 distritos em que os votos no CDS/PP não servem para nada, pois, não são suficientes para eleger um deputado. Em caso de coligação, estes votos seriam sempre aproveitados pela coligação. Além, de que o próprio método de Hont, pela sua natureza, favorece quem vai coligado, ou seja, com os meus 1.000 votos a coligação conseguiria obter mais deputados, do que esses 1.000 votos divididos pelos dois partidos, independentemente da forma de repartição.

Por estas duas razões puramente matemáticas eu até posso admitir que a coligação será mais beneficia para que o PS não chegue ao governo.

Há sempre a questão de saber, se a coligação não conseguirá menos votos do que a soma individual dos partidos!!!!!

Grandes decisões no esperam este fim de semana. A comunicação social dá como certa uma coligação. Faço votos que assim não seja, mas caso o seja, aqui estarei eu para defender Portugal da Esquerda.

PP - Não esqueçer que a sondagem apresentada este fim de semana pelo Expresso e pela SIC não contempla os votos dos Açores, Madeira e Resto do mundo. Se a memória não me falha, estes 3 circulos elegem 13 deputados, e nas últimas eleições o PSDÊ deu uma banho de 11-3. Portanto a vitória do Eng. Socrates não é assim tão certa quanto se possa pensar, ou querem fazer passar.