Ainda sobre a Paridade
Como mulher considero ter uma legitimidade especial para falar da participação das mulheres na política e, como jovem, politicamente activa, considero ter uma legitimidade especial para falar da lei das quotas, uma vez que esta visa, essencialmente, acautelar a posição das futuras ‘mulheres políticas’.
Feito este enquadramento, vamos ao que penso: a participação das mulheres na política é tão desejável como a participação dos homens. As mulheres não são melhores e, ao contrário do que, muitas vezes, alguns gostam de dizer, as mulheres não trazem à política maior ‘sensibilidade’ ou ‘doçura’, nem é esse o seu papel.
As mulheres governantes têm os traços de personalidade que os homens governantes também têm e que são característicos de cada personalidade, independentemente do género. Há, aliás, exemplos para todos os gostos. Governantes duras e com vontades de ferro como Margareth Tatcher, Golda Meir e Indira Gandhi e governantes mais maternais ou ‘sensíveis’ como Corazón Aquino ou Stella Perón
Também não é sério dizer-se que há um ponto de vista feminino ou uma forma feminina de fazer política, tal como não há uma forma feminina de ser advogada, de ser engenheira ou de ser médica. Ou somos competentes, profissionais e guiados por objectivos de excelência ou não somos. Se a nossa personalidade é mais ‘sensível’, mais ‘terna’, mais ‘compreensiva’, mais ‘dialogante’ ou mais ‘conciliadora’, isso é uma característica de personalidade e não de género.
Por isso é que é uma falácia tão grande falar-se em visão feminina da política. Eu pelo menos, falo por mim: quando faço política, ou quando faço advocacia, raramente penso no meu género e sou até pouco sensível aos temas considerados femininos.
É por tudo isto que não entendo o porquê das quotas. A participação de mais mulheres só fará sentido se estas entenderem que querem participar e se sentirem motivadas por essa participação. Mais mulheres no Parlamento não é um fim em si mesmo, a menos que o que se procure seja um efeito decorativo tão apreciado pelo sexo masculino!
Deverá existir, nos partidos como na sociedade, a abertura para que as mulheres possam chegar onde a sua competência e mérito as conduzir. Mas não faz sentido existir uma imposição ou obrigação de ter uma quota feminina só porque um parlamento com 50% de mulheres seria menos ‘cinzento’! Eu por mim falo, até hoje nunca senti qualquer discriminação, na faculdade, na política ou na vida profissional pelo facto de ser mulher, mas senti-la-ia claramente se amanhã me pedissem para ir preencher uma quota!
Feito este enquadramento, vamos ao que penso: a participação das mulheres na política é tão desejável como a participação dos homens. As mulheres não são melhores e, ao contrário do que, muitas vezes, alguns gostam de dizer, as mulheres não trazem à política maior ‘sensibilidade’ ou ‘doçura’, nem é esse o seu papel.
As mulheres governantes têm os traços de personalidade que os homens governantes também têm e que são característicos de cada personalidade, independentemente do género. Há, aliás, exemplos para todos os gostos. Governantes duras e com vontades de ferro como Margareth Tatcher, Golda Meir e Indira Gandhi e governantes mais maternais ou ‘sensíveis’ como Corazón Aquino ou Stella Perón
Também não é sério dizer-se que há um ponto de vista feminino ou uma forma feminina de fazer política, tal como não há uma forma feminina de ser advogada, de ser engenheira ou de ser médica. Ou somos competentes, profissionais e guiados por objectivos de excelência ou não somos. Se a nossa personalidade é mais ‘sensível’, mais ‘terna’, mais ‘compreensiva’, mais ‘dialogante’ ou mais ‘conciliadora’, isso é uma característica de personalidade e não de género.
Por isso é que é uma falácia tão grande falar-se em visão feminina da política. Eu pelo menos, falo por mim: quando faço política, ou quando faço advocacia, raramente penso no meu género e sou até pouco sensível aos temas considerados femininos.
É por tudo isto que não entendo o porquê das quotas. A participação de mais mulheres só fará sentido se estas entenderem que querem participar e se sentirem motivadas por essa participação. Mais mulheres no Parlamento não é um fim em si mesmo, a menos que o que se procure seja um efeito decorativo tão apreciado pelo sexo masculino!
Deverá existir, nos partidos como na sociedade, a abertura para que as mulheres possam chegar onde a sua competência e mérito as conduzir. Mas não faz sentido existir uma imposição ou obrigação de ter uma quota feminina só porque um parlamento com 50% de mulheres seria menos ‘cinzento’! Eu por mim falo, até hoje nunca senti qualquer discriminação, na faculdade, na política ou na vida profissional pelo facto de ser mulher, mas senti-la-ia claramente se amanhã me pedissem para ir preencher uma quota!
E já que andamos a falar de quotas, podiam pensar em quotas para políticos competentes. Isso talvez fizesse algum sentido!
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home