31 março 2005

To englishate or not to englishate, there is the question.

Caro Tiago,

Para te dizer a verdade, não acho que venha nenhum mal ao mundo de umas escolas começarem com Inglês nos 3.º e 4.º anos (3.ª e 4.ª classes para as pessoas da nossa idade) e outras não começarem. Se o objectivo é, no prazo de 4 anos todas terem Inglês, então não se viola nenhum princípio constitucional, porque se promove a igualdade a médio prazo.
O problema está mesmo em saber se deve ou não haver Inglês no ensino primário.
Desafio o Eng. Pinto de Sousa a ir falar com uma criança do 4.º ano, vinda de uma escola do Estado. Primeiro, peça-lhe para fazer uma composição para poder analizar a fluência do discurso, a sintaxe e a gramática. Depois dê-lhe uns probleminhas matemáticos muito simples. Por último, se ainda tiver coragem, pergunte-lhe quem mandou plantar o pinhal de Leiria.
Depois disso, o ilustre engenheiro irá verificar que o facto de a criancinha não saber Inglês, não é nada comparando com o factode não saber escrever, pensar matemáticamente, ou não ter qualquer cultura no que toca a este simpático país.
E, oh meu Caro Tiago, se fizeres o mesmo, vais chegar à mesma conclusão.