08 maio 2005

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Segundo notícias d' «O Independente», Paulo Portas aproveitou a sua passagem pelos Estados Unidos para reunir com inúmeras personalidades da direita americana, de forma a criar uma Fundação da Direita em Portugal, um espaço de conservadores, liberais, neo-conservadores e outros pensadores da Direita, que ajudem a virar o jogo do domínio cultural da esquerda em Portugal.

A ideia não é original, já que foi testada, com êxito nos EUA nos anos 70, mas em Portugal poderá significar uma verdadeira revolução social e cultural! O problema da Direita portuguesa não é outro se não a sua demissão sistemática da batalha cultural e a sua falta de coragem de se assumir como 'de direita', com orgulho e com frontalidade!

A Direita tem que entrar nas faculdades, nas academias, nos jornais, na literatura, na cultura, nos grupos de reflexão da sociedade civil. E isso pode passar pelo tal projecto de Portas, projecto que não é diferente, na minha perspectiva, daquele que sempre o moveu - no jornalismo e na política - a refundação da Direita, com novos rostos, novos caminhos e novas causas, sem nunca abdicar do quadro de valores essencial do que é património da Direita!

Talvez assim, Portugal consiga, finalmente, ter uma Direita moderna, sem preconceitos e sem vergonha de ser de Direita, capaz de lutar, taco a taco, com a esquerda que julga ter o monopólio da cultura e da intelectualidade! Mas isso não é tarefa de um homem só. É um caminho ao qual todos - sobretudo os jovens da Direita - são chamados. Para que os nossos filhos possam viver num país em que ser de Direita continuará a ser sinónimo de ser conservador nos valores, de ser patriota e institucionalista, mas que será também é sinónimo de ser moderno, de ser pragmático, de saber governar e de ter um projecto de desenvolvimento para Portugal!