01 junho 2005

"POR FAVOR, AGUARDE QUE JÁ A ASSALTO"

Hoje li no Público uma notícia que diz que a EMEL (Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa) vai “testar uma central de gestão do estado por parte dos parquímetros instalados na cidade, que lhe permitirá saber em tempo real o estado destes equipamentos”.
Esta notícia fez-me lembrar que de há uns meses para cá tenho-me confrontado diariamente com uma situação insólita. Todos os dias de manhã quando saio de casa (não estou a exagerar, são mesmo todos os dias!), deparo-me com dois jovens à minha porta. Nada de estranhar, não fosse o facto de eu ter mesmo à porta uma máquina de parquímetro da EMEL e destes jovens estarem sempre a assaltá-la!
Fala-se tanto em segurança nas ruas, mas o facto é que sou obrigada, repito todos os dias, a assistir a um assalto e nunca por lá vi um polícia a vigiar nada.
E o mais escandaloso é que estes assaltos são feitos nas calmas e com o ar mais natural desta vida. Os “rapazinhos” até são simpáticos, riem-se sempre e até já me baixam a cabeça educadamente, como que a dar o bom dia! Pudera, já me conhecem!
E eles são eficientes, pois actuam em várias zonas de Lisboa e, pelos vistos, nunca são apanhados. A semana passada fui a casa de uma amiga, no Campo Pequeno e tive que ir pôr moedas no parquímetro. Pus-me na fila, porque estavam duas pessoas à minha frente. E não é que eram os ditos “rapazinhos” educados que todos os dias de manhã me dão o bom dia à porta de casa?! Não só assisti a mais um “simpático” assalto, como estive na fila à espera que eles acabassem o “trabalho”!
Já que a polícia não lhes faz nada, só rezo para que estes rapazes um dia não acordem de mau humor e, logo de manhã, quando estou a sair de casa, me digam educadamente “Por favor, aguarde que já a assalto”…