Sondagens
Desde segunda-feira, temos assistido a uma diminuição das intenções de voto em Cavaco (que começou a semana com 61% e termina com apenas 56%) e pelo contrário à consolidação das votações de Manuel Alegre que gradualmente se afasta de Soares.
Embora não estejam ainda devidamente estudados os efeitos psicológicos das sondagens nos eleitores - tema que seria muito interessante aprofundar - creio que, se por um lado uma sondagem que, nas vésperas das eleições, consagre Cavaco com 60% pode desmobilizar aquele eleitorado que, como eu, pouca vontade tem de votar no candidato não socialista e só o faz para evitar a eleição de Soares ou Alegre, por outro, um decréscimo sustentado das intenções de voto em Cavaco pode também transmitir ao eleitorado uma perda da dinâmica da vitória que afasta aquele eleitorado que tende a votar no vencedor bem como pode levar a mobilizar os apoiantes doutros candidatos que agora voltam a ter a esperança de uma segunda volta.
Por estas razões, creio que a estratégia da publicação diária de sondagens pode beneficiar qualquer candidato mas não Cavaco e vou mais longe, a consagração inicial de Cavaco pode ser o seu pior inimigo no dia 22.
Até lá continuaremos a acompanhar a evolução das sondagens!
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