16 março 2006

Viver... Toca a todos.

Las Damas de Blanco reclamando a liberdade para os seus maridos diante o Comité Central do Partido Comunista Cubano.
Recentemente tive oportunidade de visitar Cuba. Fui com a ideia de que ia encontrar um povo calado à força, mas que ainda assim, vivia em cidades como nós, respirando ar como nós, sorrindo ou carpindo o seu destino como nós o fazemos.
É falso.
Cuba ensina que não se pode ver o lado bom de algo que está na sua maioria podre. Cuba deprime. Cuba, fora dos belos resorts, assombra-nos. É um país fantasma, de contraste entre memórias de um glamour caribenho de há 50 anos e um presente de sobrevivência aflita.
Se louváveis foram as manifestações de apoio a um povo oprimido do sudeste asiático, que partilhava a nossa língua e parte da nossa história, mais louvável será o apoio a outro povo que partilhando pouco do que é nosso de raíz, ainda assim partilha a nossa condição humana. Isso basta-me.
É um problema nosso.