30 agosto 2006
18 agosto 2006
Cumpra-se a democracia!
Escreve-vos um amante convicto da democracia. Não temo afirmar quem sou. Um republicano, um democrata; um conservador, um liberal.
Dirão, "conservador nos costumes, liberal na economia". Não. Conservador e liberal.
Creio na liberdade. 32 anos de "democracia" já passaram e a liberdade disse-se conquistada a 25 de Abril de 74. Pois eu só a constatei ontem.
Gozando férias na bela vila de Aviz, aproveitei o meu serão para ver um pouco de televisão. Não fui inocente. Sabia que se recordava o 100º aniversário do nascimento de Marcelo Caetano (Oliveira Salazar omitia um "l") com dois programas: uma entrevista com a sua filha, Ana Maria Caetano, e uma biografia do professor da Faculdade de Direito de Lisboa.
Não fui inocente, pois mais uma vez, maliciosamente, esperava ver estórias mal contadas, verdades deturpadas e o julgamento ignóbil de um período da nossa história. Esperava poder gozar alarvemente com tais devaneios. Fui surpreendido.
Por fim, 32 anos depois, a televisão pública, no seu primeiro canal, revelava mais do que meras centelhas de verdade e justeza. Finalmente encarava-se a história como tal e sem rancores despropositados.
Senti no meu íntimo que se tratava o prelúdio de um regime e o seu Reitor com alguma dignidade. Senti que não se vilipendiava a história. Senti, enfim, que a democracia estava a ser cumprida e que a liberdade apitava ao longe, aproximando-se.
(com a colaboração de Catarina de Figueiredo Pais)
07 agosto 2006
05 agosto 2006
Il Gato Pardo
Segunda Feira passada, segundo consta e tal como foi feito público, Ribeiro e Castro almoçou com Manuel Monteiro no restaurante Il Gato Pardo. Até aqui nada de mal... cada um pode almoçar com quem quer e a escolha do local até era adequada... (atentos factos recentes da vida do partido, podemos sempre considerar pertinente lembrar o aforismo popular que diz que «à noite todos os gatos são pardos».
Porém, a história não termina assim: com um simples almoço de recém descobertos amigos (?). Manuel Monteiro aproveitou a ocasião para falar mal de Paulo Portas (o que, por si, não é uma novidade!) e, com estes ingredientes, construiu-se mais um dos 'fogos' que vêm animando a vida interna do CDS (que também, diga-se, ainda são o que nos salva do marasmo total e absoluto!)
Manuel Monteiro diz mal de Portas, Ribeiro e Castro ouve e não reage, Nuno Melo exige uma reacção de repúdio às palavras de Monteiro, Anacoreta Correia demarca-se do encontro e Zézinha Nogueira Pinto, com uma frase lapidar, diz tudo: «Manuel Monteiro não representa absolutamente nada, nem à direita, nem ao centro, nem à esquerda.» Mais, representa bem menos que o Rato Mickey, atreverei eu dizer!