24 janeiro 2007

Nogueira Pinto preocupada com situação da CML

A vereadora do CDS-PP Maria José Nogueira Pinto teme que situações como as buscas realizadas hoje pela Polícia Judiciária (PJ) a edifícios camarários, no âmbito da investigação ao processo do Parque Mayer, possam condenar o mandato.
"A minha maior preocupação é podermos estar perante um mandato condenado, do ponto de vista do seu proveito, do grau de realização", disse à Lusa Maria José Nogueira Pinto.
O presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues (PSD), confirmou hoje aos jornalistas a realização de buscas pela PJ ao edifício dos Paços do Concelho, Campo Grande, onde funcionam os departamentos de Urbanismo e Finanças, e ao edifício da EPUL, empresa pública de urbanização de Lisboa.
Em causa está uma investigação sobre a permuta, aprovada no início de 2005, entre os terrenos privados do Parque Mayer, propriedade da Bragaparques, e parte dos terrenos municipais da Feira Popular, em Entrecampos.
Depois, a Bragaparques adquiriu em hasta pública a parte restante dos terrenos de Entrecampos, passando a deter a totalidade da área antigamente ocupada pela Feira Popular, exercendo um "direito de preferência", num negócio muito contestado pela oposição.
"Desde o início deste mandato que tem havido um sucessão de factos e acontecimentos que têm levantado um grau de suspeição que, do ponto de vista externo, denigre muito a imagem da Câmara", considerou Maria José Nogueira Pinto.
Para a vereadora democrata-cristã, "o clima que se instalou é muito negativo para a cidade, em primeiro lugar, e, em segundo lugar, para todos os verea dores que eleitos que querem fazer alguma coisa de útil".
"A própria Câmara, enquanto máquina operativa, pode ressentir-se muito" , disse.

Notícia LUSA