18 novembro 2004

Fumar ou não fumar...

Congeminou-se por aí um simpático diploma, que ainda não se sabe se vai em frente ou não, em que se proibiria de fumar nos locais de trabalho e em todos os locais públicos, como bares, discotecas e restaurantes.
Quando eu soube de tal coisa disse logo: "ora aí está um diploma feito por alguém com os legumes no sítio!"
Afinal de contas parece que a coisa não vai em frente, o que é caso para dizer: "ora aí está alguém que recua com um chop-sói de legumes debaixo das calças".
E a razão é muito simples. O Estado serve com o único objectivo de promover o bem-estar às pessoas que vai desde a saúde á educação, do ambiente à cultura, passando pela segurança física, económica, social, etc. Se o Estado não cumpre estes objectivos, o que se fará com ele?
O grande Pe. António Vieira dizia que se o sal não salga, só serve para deitar fora e ser pisado na rua- será que podemos fazer isso ao Estado?
É que esta medida alcançaria uma série de objectivos:
1) Protegia os não fumadores que levam constantemente com o fumo dos outros com os enormes prejuízos que isso acarreta para a sua saúde;
2) Levava a que muita gente reduzisse ou mesmo deixasse de fumar;
3) Acabava com aquele que é a maior base de início de fumo: a noite viciada de fumo das discotecas e outros locais públicos.
4) Ajudava aqueles pobres coitados que andam a tentar deixar de fumar e não conseguem porque vêem (e cheiram) o vizinho da secretária ao lado a fumar ou vão sair à noite para um bar onde se pode cortar o fumo à facada e têm mais dificuldades nesse seu inteligente propósito;
5) Mesmo que numa primeira fase, com menos gente a fumar e todos a fumarem menos o Estado perdesse uma parte das avultadas receitas do IVA sobre o tabaco, o que a médio e longo prazo pouparia no sistema de saúde poderia até vir a ser proveitoso do ponto de vista económico.
Mas os homens do chóp-sói acobardaram-se porque essa seria uma medida altamente impopular e só por isso... É pena!