16 fevereiro 2005

Resultados possíveis

Vamos lá ao que interessa- os resultados possíveis das próximas eleições:
1) Maioria relativa do PS, e absoluta da extrema esquerda. Há alguém no seu juízo perfeito que queira que um PS refém da extrema esquerda para governar? Francamente estou convencido que não haveria coligação nem com o BE nem com o PCP, mas isso não quer dizer que o PS não recorresse a estes partidos para fazer aprovar certas reformas fundamentais para as quais os estalinismo-leninismo-maoismo desses dois partidos seriam, quanto mais não seja, bastante inconvenientes. Estamos a falar de áreas fundamentais como a Saúde, Educação, Justiça, etc.
Claro que também há sempre a possibilidade de o PS recorrer ao PP, mas se o PP se recusar a aprovar essas reformas, com toda a legitimidade, eles irão bater à porta da extrema esquerda.
2) Maioria absoluta do PS. Mais uma vez- há alguém no seu juízo perfeito...? Uma maioria absoluta do PS seria um cheque em branco passado pelo eleitorado. A 1.ª maioria absoluta do Prof. Cavaco Silva foi já depois de um governo de dois anos sem essa maioria- os portugueses já o conheciam e sabiam do que era capaz.
3) Maioria absoluta do PSD. Bem sei que as sondagens não indicam esta possibilidade, mas o que já existiu pode sempre voltar a acontecer. Mais uma vez acho que é seria um cheque em branco. É que o Dr. Pedro Santana Lopes já foi 1.º Ministro, mas as boas obras do seu governo ficaram-se a dever a ministros indicados pelo PP, pelo que continuamos todos a desconhecer quais as capacidades do PSD para tal.
and last but not least...
4) Maioria absoluta dos dois partidos da Direita. Isso significa que as coisas se mantinham como estão? Bem, aí depende da vontade expressa dos eleitores no próximo Domingo e da relação de forças que estes queiram que se estabeleça entre o PSD e o PP. Parece-me impossível que o PP ultrapasse o PSD e seja o Dr. Paulo Portas a formar governo, mas já não me parece impossível que, em vez de 3/4 ministros, o PP passe a ter 6/7 ministros por ter tido resultados eleitorais que lhe tenham permitido aumentar o seu número de deputados.
Como é óbvio, este parece-me o melhor resultado. Uma maioria da Direita com um PP bastante reforçado no Parlamento e no governo.
Ao contrário das hipóteses da maioria absoluta do PS e PSD, o voto no PP não seria um voto em branco. O PP fez uma excelente obra nestes dois últimos governos e desde sempre o CDS tem tido grupos parlamentares trabalhadores, exigentes e com muita obra feita.
Para além disso, os portugueses também já sabem como governam alguns dos nomes propostos pelo PP para vir a ocupar algumas pastas fundamentais: Paulo Portas na defesa, bagão Félix na Segurança Social ou Finanças, Nobre Guedes no Ambiente, Telmo Correia no Turismo ou Economia, etc.
Por isso, a todos aqueles que em 2002 pelos mais variados motivos não votaram, ou votaram branco ou nulo, é fundamental que dêm mais força ao PP nestas eleições.