14 novembro 2005

Imigração

A imigração é como o pão para boca dos Europeus: sem ela a Europa atrofiava pois os Europeus pura e simplesmente não têm filhos. O filho único ou os dois filhos são o mais comum de há trinta anos para cá e já não são poucos os casais que decidem não ter filhos.

Ora, ao longo do século XX os Europeus foram construindo escolas, hospitais, universidades, estradas e tantas outras infra-estruturas, bem como um sistema de segurança social único no mundo, que fazem de nos um Continente rico e com a melhor qualidade de vida do mundo. Mas para sustentar tudo isso é necessário que tenhamos trabalhadores que paguem os impostos ao fim do ano para que o estado possa sustentar tudo isso.

Mas se os imigrantes são tão necessários, porque e que ao mesmo tempo são tão excluídos?

Por muita necessidade que tenhamos dos imigrantes, há sempre pessoas que abusam e nitidamente os exploram ou outros que têm sempre sete pedras na mão para culpar os imigrantes por todos os males da Pátria.

Gostaríamos, por acaso, de trabalhar doze horas por dia numas obras em que não nos pagam horas extraordinárias, para chegarmos ao fim do mês e recebermos uns míseros 90/100 contos para sustentarmos a nossa família num bairro decadente da periferia das grandes cidades e ainda termos que ir na rua e as pessoas olharem-nos de lado e chamarem-nos nomes e outros "mimos" do género? Não ficaríamos revoltados? Se nascêssemos e crescêssemos nessa situação, não nos iríamos sentir injustiçados relativamente àqueles que, como nós, estudaram em boas escolas do centro da cidade, vestiram boas roupas e puderam receber os amigos numa casa simpática algures no centro da cidade?

Deixo a questão…