Falta ‘massa crítica’ em Portugal?
texto retirado de http://www.agencia.ecclesia.pt/
"Em Portugal têm surgido diversas vozes sobre a falta de empenho da ‘massa crítica’ na sociedade política, concretamente nos partidos políticos e outras instituições de âmbito social. Ainda um destes dias, um diplomata luso referia que, por vezes, existem, «na comunicação social, quer entre os ‘opinion makers’ quer entre os jornalistas, acabam por ser muito mais criativos e imaginativos do que o que se passa na discussão normal quer no político quer na parte administrativa». Explicitando dizia que a Assembleia da República, no programa de governo ou nos partidos políticos «são um repositório de algumas banalidades consensuais».
Ora, diante destes alertas englobamos algumas reflexões:
* Falta autoridade ou carisma?
Mesmo investidos de poder – em razão do voto popular ou mesmo da ascendência sobre alguns menos instruídos – vamos vendo certas figuras a comandar os destinos de autarquias, associações/colectividades ou no governo da Nação, que, em muitos casos, são mais de recurso do que os mais indicados para o exercício do cargo. Com efeito, certos arregimentados dos partidos são promovidos para serem destes os aríetes mais do que os verdadeiros responsáveis por aquilo que se promove, decide ou faz. Esta quase mentecaptocracia consegue reinar por entre o interesse da maioria...
* Pensar pela sua cabeça ou servir o partido?
Nalguns casos quem pensa não quer tornar-se ‘boy’ ou ‘girl’ do partido, desejando antes ter uma posição criteriosa sobre os mais variados problemas e possíveis soluções. Outrossim se poderá conjecturar de tantos e tantas – agora com as quotas muitas poderão surgir! – que se amoldam para subir na hierarquia reinante ou alternativa. De facto, com a debandada de muitas ‘figuras’ dos partidos do quadro democrático como que poderemos suspeitar se todos/as pensam e agem em conformidade com o que pensam ou com aquilo que lhes interessa a curto e médio prazo.
* Fazer carreira ou votar em consciência?
Nalguns círculos político/partidários começa-se a fazer carreira desde a mais tenra juventude, em ordem a ocupar lugares que já pertenceram aos antepassados, criando-se com isso uma espécie de dinastia ou força de intervenção/interesse. Certas mentes vão sendo formatadas para ‘só’ ver aquilo que quem manda diz ou como que aniquilando a consciência e a liberdade, mesmo que dela se fala a rodos. Quantas vezes se toma, por isso, difícil introduzir sangue novo ou pensamento diferente. Mas, se tal existisse ainda haveria ideologias ou partidos a defendê-las? Desta forma carreira e consciência nem sempre jogam para o mesmo lado
Perante estas considerações – adaptáveis a outros sectores da nossa vida pública e colectiva, como o desporto, as colectividades/associações, a Igreja (sobretudo Católica), os sindicatos, etc. – pensamos que a ‘massa crítica’, em Portugal, parece que terá hibernado ou que se terá transferido para outras paragens – dentro ou fora do país – mais rentáveis. Até onde irá esta capitulação ou neutralidade a parecer negativa? Como poderemos vincular mais pessoas ao serviço do bem comum? Onde iremos chegar para inverter esta mentalidade interesseira?
Portugal merece mais e melhor."
"Em Portugal têm surgido diversas vozes sobre a falta de empenho da ‘massa crítica’ na sociedade política, concretamente nos partidos políticos e outras instituições de âmbito social. Ainda um destes dias, um diplomata luso referia que, por vezes, existem, «na comunicação social, quer entre os ‘opinion makers’ quer entre os jornalistas, acabam por ser muito mais criativos e imaginativos do que o que se passa na discussão normal quer no político quer na parte administrativa». Explicitando dizia que a Assembleia da República, no programa de governo ou nos partidos políticos «são um repositório de algumas banalidades consensuais».
Ora, diante destes alertas englobamos algumas reflexões:
* Falta autoridade ou carisma?
Mesmo investidos de poder – em razão do voto popular ou mesmo da ascendência sobre alguns menos instruídos – vamos vendo certas figuras a comandar os destinos de autarquias, associações/colectividades ou no governo da Nação, que, em muitos casos, são mais de recurso do que os mais indicados para o exercício do cargo. Com efeito, certos arregimentados dos partidos são promovidos para serem destes os aríetes mais do que os verdadeiros responsáveis por aquilo que se promove, decide ou faz. Esta quase mentecaptocracia consegue reinar por entre o interesse da maioria...
* Pensar pela sua cabeça ou servir o partido?
Nalguns casos quem pensa não quer tornar-se ‘boy’ ou ‘girl’ do partido, desejando antes ter uma posição criteriosa sobre os mais variados problemas e possíveis soluções. Outrossim se poderá conjecturar de tantos e tantas – agora com as quotas muitas poderão surgir! – que se amoldam para subir na hierarquia reinante ou alternativa. De facto, com a debandada de muitas ‘figuras’ dos partidos do quadro democrático como que poderemos suspeitar se todos/as pensam e agem em conformidade com o que pensam ou com aquilo que lhes interessa a curto e médio prazo.
* Fazer carreira ou votar em consciência?
Nalguns círculos político/partidários começa-se a fazer carreira desde a mais tenra juventude, em ordem a ocupar lugares que já pertenceram aos antepassados, criando-se com isso uma espécie de dinastia ou força de intervenção/interesse. Certas mentes vão sendo formatadas para ‘só’ ver aquilo que quem manda diz ou como que aniquilando a consciência e a liberdade, mesmo que dela se fala a rodos. Quantas vezes se toma, por isso, difícil introduzir sangue novo ou pensamento diferente. Mas, se tal existisse ainda haveria ideologias ou partidos a defendê-las? Desta forma carreira e consciência nem sempre jogam para o mesmo lado
Perante estas considerações – adaptáveis a outros sectores da nossa vida pública e colectiva, como o desporto, as colectividades/associações, a Igreja (sobretudo Católica), os sindicatos, etc. – pensamos que a ‘massa crítica’, em Portugal, parece que terá hibernado ou que se terá transferido para outras paragens – dentro ou fora do país – mais rentáveis. Até onde irá esta capitulação ou neutralidade a parecer negativa? Como poderemos vincular mais pessoas ao serviço do bem comum? Onde iremos chegar para inverter esta mentalidade interesseira?
Portugal merece mais e melhor."
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