03 abril 2006

Movimento Italiano Pelo Ocidente

O texto em português do site Italiano http://www.perloccidente.it


"O Ocidente está em crise. Atacado externamente pelo fundamentalismo e pelo terrorismo islâmico, não é capaz de responder ao desafio. Minado por dentro por uma crise moral e espiritual, não encontra coragem para reagir. Sentimo-nos culpados pelo nosso bem estar, temos vergonha das nossas tradições, consideramos o terrorismo como uma reacção aos nossos erros. O terrorismo, ao contrário, é uma agressão directa à nossa civilização e a toda a humanidade.

A Europa está paralisada. Continua a perder natalidade, competitividade, unidade de acção na esfera internacional. Esconde e nega a própria identidade e assim fracassa na tentativa de dar a si própria uma Constituição legitimada pelos seus cidadãos. Determina uma fractura com os Estados Unidos e faz do anti-americanismo uma bandeira.

As nossas tradições são colocadas em discussão. O laicismo e o progressismo renegam os costumes milenares de nossa história.

Banalizam-se, desta forma, os valores da vida, da pessoa, do matrimónio e da família. Prega-se o igual valor de todas as culturas. Deixa-se sem guia e sem regra a integração dos imigrantes.

Como disse Bento XVI, hoje "o Ocidente não se ama a si próprio". Para superar esta crise temos necessidade de mais compromisso e de mais coragem para com os temas da nossa civilização.

O OCIDENTE

Comprometemo-nos a reafirmar o valor da civilização ocidental como fonte de princípios universais e irrenunciáveis, contrastando, em nome de uma comum tradição histórica e cultural, a qualquer tentativa de construir uma Europa alternativa ou oposta aos Estados Unidos.

A EUROPA

Comprometemo-nos a reconstruir um novo europeísmo que reencontre na inspiração dos fundadores da unidade europeia a sua verdadeira identidade e a força de falar ao coração dos seus cidadãos.

A SEGURANÇA

Comprometemo-nos a desafiar o terrorismo onde quer que seja, considerando-o como um crime contra a humanidade, a privá-lo de qualquer justificação ou sustento, a isolar todas as organizações que atentam contra a vida dos civis, a contestar cada pregador de ódio. Comprometemo-nos a fornecer pleno apoio aos soldados e às forças da ordem que tutelam a nossa segurança, tanto na frente interna como na externa.

A INTEGRAÇÃO

Comprometemo-nos a promover a integração dos imigrantes em nome da co-divisão dos valores e dos princípios da nossa Constituição, sem mais aceitar que o direito da comunidade prevaleça sobre o dos indivíduos que a compõem.

A VIDA

Comprometemo-nos a sustentar o direito à vida, desde a concepção até à morte natural; a considerar o nascituro como "alguém", titular de direitos que devem ser ponderados com outros, e nunca como "algo" facilmente sacrificável para os mais diversos fins.

A SUBSIDIARIEDADE

Comprometemo-nos a sustentar o princípio "tanta liberdade quanto possível, tanto Estado quanto necessário". Com isto exalta-se o primado cristão e liberal da pessoa e dos corpos intermediários da sociedade civil e concebe-se o poder político como auxílio e instrumento para a livre iniciativa de indivíduos, famílias, associações, empresas e voluntariado.

A FAMÍLIA

Comprometemo-nos a afirmar o valor da família como sociedade natural fundamentada sobre o matrimónio, que deve ser protegida e distinguida de qualquer outra forma de união ou ligação.

A LIBERDADE

Comprometemo-nos a difundir a liberdade e a democracia como valores universais válidos em todo o lado, a Ocidente como a Oriente, a Norte como a Sul. Os privilégios de alguns não podem ser pagos com o preço da escravidão de muitos.

A RELIGIÃO

Comprometemo-nos a reiterar a distinção entre Estado e Igreja, sem ceder à tentativa laica de relegar a dimensão religiosa somente à esfera do particular.

A EDUCAÇÃO

Comprometemo-nos a defender e a promover a liberdade de educação sem negar a função pública da instrução. Tencionamos realizar a plena equiparação da escola não estatal com a escola estatal, aplicando, também, neste campo o princípio geral da subsidiariedade.

A ITÁLIA

Comprometemo-nos a tornar a nossa Pátria fonte ainda maior de autoridade. A exaltar os valores do conservadorismo liberal, para que o crescimento das liberdades públicas e individuais caminhe lado a lado com a manutenção das nossas tradições. Não poderá ser livre nem respeitado quem esquece as próprias raízes."