19 fevereiro 2005

Aqui vou eu para o Brasil II

Bem, depois do último post, acho que o mínimo que posso fazer é explicar o porque dele.
Não estão a imaginar os estimados leitores deste humilde blog, a quantidade de pessoas de direita que têm recorrido a mim nos últimos dias a perguntar: "como é que, sem votar nem no PSD nem no PP, posso evitar uma maioria do PS e da extrema esquerda- pelo voto em branco, pelo nulo ou pela abstenção?"
Deixem-me dar-voa a má notícia, não há nada a fazer! Oh meus amigos...
1) O voto nulo pode dizer muitas coisas (nas Presidenciais o meu costuma dizer "Vivá a Monarquia!"), mas o que diz na prática é que a pessoa se enganou a votar- pôs a cruz ao lado, assinou, fez um desenho, etc.
2) O voto branco quer dizer que não se gosta de nenhuma das opções ou que se é contra o sistema (ou seja, estão no mesmo saco aqueles que não gostam de nenhuma destas opções e aqueles que gostariam de um Estado Nazi ou coisa que o valha).
3) A abstenção quer dizer: "estou-me a c... para todos os outros e o que eu quero mesmo é aproveitar o Domingo para contar moscas".
As três opções são legítimas, mas em nada combatem a "República Popular Portuguesa" porque no fim da contagem não vão ficar cadeiras em branco no parlamento. Aliás, elas não ficam em branco, ficam em encarnadíssimo...
As únicas opções passam por votar no PP ou no PSD... Por muito que isto me custe, caríssimos leitores, se encontrem alguém que absolutamente se recusa a votar PP, implorem para votar PSD. E se encontrarem alguém que absolutamente se recusa a votar PSD, implorem para votar PP.
É só mesmo para a esquerda apenas alcançar a maioria absooluta e não já a qualificada para eu poder acabar o meu estágio em paz. A Ordem dos Advogados agradece-vos contribuirem para esta passar a ter um tão ilustre membro.