17 fevereiro 2005

Políticos Credíveis, parte II

No dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, 7.ª edição:
Credível, adj. 2.º gén. o m. q. crível. (Do lat. credibile-,«id.»).
Crível, adj. 2.º gén. digno de crédito, verosímil. (Do lat. credibile, «id.»).

Ou seja, o Sr. PR acha que os nossos políticos (e o senhor sabe que eu sei que o senhor sabe que eu sei que ele estava a falar do Sr. PM) não são dignos de crédito nem (ai Jesus! como é que se diz isto no plural?) verosímeis.
Mas o que eu não percebo é se o Sr. PR não acredita neles (sim, vamos continuar a falar no indefinido como o faz o Sr. PR) porque teve uma infância infeliz e uma adolescência traumatizante e, em resultado disso, tem dificuldades em acreditar e em dar crédito às pessoas em geral, ou se é porque acha que as tais pessoas em geral não acreditam mesmo nesses tais políticos, não lhes dão mesmo crédito e não os consideram mesmo (irra!) verosímeis.
Sinto-me inclinado a pensar que o Sr. PR deveria ter uma longa e profunda conversa com o Sr. irmão dele...
Mas, para além dessa longa e profunda conversa, deveria também ter uma longa e profunda conversa com o Sr. travesseiro da Sra. sua cama no Domingo à noite. É que se se vier a provar que as tais das pessoas em geral não têm assim tantas dificuldades quanto isso a acreditar "neles", a achá-los dignos de crédito (Virgem Mãe! aí vem ele de novo) e verosímeis, então, dado que o problema está mesmo lá nas tais da infância e adolescência do Sr. PR e nós, portugueses, que até tivémos infâncias e adolescências saudáveis, acreditámos nos tais políticos que não são credíveis, ele deveria mesmo era tirar uma licença sem vencimento para se ir encontrar, meditar, passear, ler e, no fim de tudo, aprender a ter confiança nas pessoas.