07 fevereiro 2006

Comprimido abortivo - a achega.

Li o teu post e não pude resistir a juntar mais um bocado de lenha a essas brasas mornas que alimentas.
No papel de advogado do diabo, pergunto-te: Não achas que se recomenda prudência ao misturarmos princípios que são nossos, e de uma eventual maioria, com a actividade legislativa? Não achas que devemos ter em atenção a realidade social de uma população, antes de introduzirmos medidas de ruptura ou que apenas são teoricamente boas, mas que na prática são altamente prejudiciais?
Lembro-me de casos vários no nosso país, que partindo de ideias aparentemente boas, fundamentadas com valores bons (ou não...), se revelaram ineficazes. Lembro-me do Alqueva, lembro-me de nacionalizações pós-revolução, lembro-me das campanhas cerealíferas no Alentejo do antigo regime, lembro-me da laicização do Estado ainda na 1ª República e de tudo o que de incorrecto daí decorreu... Isto para me limitar ao plano nacional.
De boas intenções está o inferno cheio... As pessoas sobre quem as leis flutuam não são uma massa uniforme.
...não achas?