01 janeiro 2005

George Bush

Bem, pegando no post da Beatriz, eu também nomearia o Presidente dos EUA como personagem do ano, mais exactamente como personagem principal em filme de terror.
O Senhor que mais gafes comete em todo o mundo continuou na sua demanda pelo Santo Graal, que mais não é do que continuar a dividir o mundo entre as "forças do bem" e as "forças do mal" num elenco que poderia ser típico de um mau romance de cordel dos princípios do século vinte.
As consequências deste seu procedimento já estão a ter consequências gravíssimas no ódio gerado parte a parte.
Os muçulmanos são cada vez mais discriminados nos países ocidentais onde vivem e, por sua vez, os fundamentalistas islâmicos só não cometem mais atentados porque provavelmente não têm conseguido.
No Iraque a situação de guerra civil permanece numa altura em que os países que participaram na ofensiva começam a retirar as suas forças no terreno- isto depois da morte de milhares de soldados dos exércitos ocidentais (principalmente americanos). A fractura criada na sociedade iraquiana foi tal, que nenhum analista conscienencioso prevê que nos próximos dez anos (ou mais) esse enorme país possa ter paz - com as consequências lógicas de "contaminação" aos países vizinhos.
Na Arábia Saudita fervilha um ambiente de desconfiança entre os moderados, que tradicionalmente têm governado o país, e os radicais que encontram no ambiente anti-ocidental gerado pela intervenção no Iraque a fórmula perfeita de galvanizar a população saudita.
E, se isso acontece na Arábia Saudita, não é menos verdade que aconteça em muitos outros países, tantas vezes considerados seguramente ocidentalizados como Marrocos, Tunísia ou Jordânia.
Mas George W. Bush ganhou as eleições, como diz a Beatriz... Pode ter perdido em todos os Estados com as melhores universidades e com as populações consideradas mais literadas dos EUA, mas como ganhou nos Estados entre os burgessos da Coca-Cola e do MacDonald's, que constituem a maioria do país, ganhou as eleições, não há dúvida. Muitos Parabéns!
Quanto ao personagem do ano pelos melhores motivos, não há qualquer dúvida de que ano após ano há um grande senhor polaco que ganha esse prémio nos corações de todas as pessoas que lutam pela paz no mundo e por um mundo melhor: falo sem dúvida de S.S. o Papa João Paulo II.
Em mais um ano, a voz de João Paulo II fez-se ouvir nas ocasiões em que foi mais necessária: condenando enérgicamente os atentados do 11 de Março, tal como todos os outros actos de violência humana, e propondo a oração de todos os homens (Cristãos, Muçulmanos, Judeus ou quaisquer outros) em prol de uma maior amizade entre os homens.
Entre entres dois homens a diferença é abissal: um tem a força das mais avançadas e bem equipadas forças armadas e da maior economia mundial, outro tem a força da razão e da paz.
Obrigado Sua Santidade por "não descer da Cruz"!
UM ÓPTIMO ANO DE 2005 A TODOS!