23 maio 2005

Ota - the return...

Não me convencem os argumentos do Duarte de que a Ota é longe demais de Lisboa, nem os do Miguel de que "lá fora é assim"- sempre fui avesso a copiar qualquer coisa só por vir lá de fora.
O Duarte parece estar convencido que Lisboa ainda é a do tempo dos nossos pais, com pregões dos morangos a partir de Março e dos figos a partir de Junho. "A fragata que se ergue na proa, a varina que teima em passar..."
Lisboa já é muito mais do que isso e quem quiser ir do Terreiro do Paço, no centro da cidade, até um dos seus limites, demorará, pelo menos, uma boa horinha, e isto se não for em hora de ponta.
Quanto ao tal do argumento de "lá fora também se faz assim" também não me convence porque se Lisboa já está muito grandinha, mesmo assim não se poderá comparar a Roma, Milão, Londres ou outras cidades do género.
Mas sejamos práticos: a Ota já tem um aeroporto militar, cujos terrenos adjacentes bastam por si para construir um novo aeroporto internacional sem necessidade de o Estado, arruinado como está, andar a expropriar terrenos caríssimos nas proximidades de Lisboa para o aeroporto e suas infraestruturas; os comboios de hoje em dia não andam a 110km/h, mas a muito mais, pelo que uma viagem da Ota até Lisboa não demorará mais de meia hora, o tempo dos estrangeiros se ambientarem ao clima nacional. Por outro lado, basta ter aulas na Cidade Universitária e ver que o professor tem que interromper a sua exposição 3/4 vezes por aula para deixar um avião passar, para perceber a urgência de tirar o aeroporto da Portela...
Outro assunto que eu acho mesmo relevante discutir-se aqui no UGAD mas que agora não tenho tempo é: o que fazer aos terrenos da Portela depois de desmantelado o aeroporto?