23 maio 2005

A Salada de Frutas. Ota a solução

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Ainda falando de Aeroportos, vi uns textos que achei interessantes:

Nercessidade Absoluta
«...diz Mário Lino (actual ministro do governo socialista, detentor da pasta das obras públicas, transportes e comunicações) "não tenho qualquer dúvida de que Lisboa precisa de um aeroporto de dimensão internacional, um verdadeiro hub, senão arriscamo-nos a ter só um na Península Ibérica". Ou seja, em Madrid. Portugal, salienta, não pode ficar "afastado do quadro da política europeia de transportes aéreos".
Mário Lino comprometeu-se a "tomar uma decisão definitiva". Tanto mais que a solução da Ota, tal como está desenhada, dará uma capacidade anual de tráfego na ordem dos 30 milhões de passageiros, ao passo que, com a extensão de capacidade prevista, o aeroporto da Portela deverá atingir um valor próximo dos 23 milhões". Segundo as previsões, a Portela esgotará a capacidade entre 2010 e 2012, mas com a extensão da aerogare para o aeroporto militar de Figo Maduro aguentará mais uns anos.» (acrescento eu até 2015).
fonte: dn.negócios, 5 Abril 05

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A meu ver, quanto á necessidade permente de criar um novo aeroporto para a área metropolitana de Lisboa, faço aqui uma breve síntese dos motivos que levaram a concordar com tal decisão. São estes de ordem do esgotamento da capacidade do actual aeroporto da Portela (2015), de segurança e prevenção urbanas, razões ambientais, de saúde pública, de soberania nacional (contra a hegemonia Espanhola) e de desenvolvimento regional.


A Salada de Frutas
«...O ministro não exclui estudar alternativas ao projecto da Ota, mas afirma que está "é a localização que está em cima da mesa". Fonte do gabinete de Mário Lino confirmou ao DN que "podem existir outras soluções". Está tudo em aberto."...»
ou então ainda, com afirmações como esta: "o novo aeroporto internacional vai ser provavelmente na Ota, mas não me sinto confortável".
fonte: dn.negócios, 5 Abril 05

Entre o diz que não disse e o fez que não fez, lá se vão passando os anos (desde o anúncio oficial em 1999 durante o Governo de António Guterres, pelo ministro dos Transportes Públicos, João Cravinho), e de obra nem vê-la!
Como acérrimo defensor da opção da Ota, julgo que a indecisão criada resulta do confronto entre dois modelos de desenvolvimento.
Um, de visão de curto prazo, ao serviço da especulação imobiliária, da venda de terrenos, da economia do toca e foge que quer transformar o Alentejo numa nova Quarteira, numa alusão aos que voltam a defender a construção do novo aeroporto internacional em Rio Frio, um lobby que acredito estar por detrás da ideia peregrina do TGV entrar em Lisboa pelo Sul.

Um segundo, no meu entender, a opção da Ota, que representa o modelo de desenvolvimento económico de longo prazo, que pugna por uma economia sã, de visão, que acredita no país e no seu desenvolvimento, trazendo consigo inúmeras vantagens e benefícios para as populações.


Logo vamos concluir...
O preço a pagar pelo adiamento duma decisão nesta matéria, sobre o pretexto de existirem constantemente estudos em curso, é elevadíssimo. Chega mesmo a ser cómica a salada de frutas a que chegou esta situação. Ou se decide ou não se decide!
Incentivo pois o Governo, pela mão do Dr. Mário Lino, a tomar uma decisão seja ela qual fôr a bem da Nação, e apresenta-la publicamente o mais rápido possível. É que chega a caír no rídiculo tanta indecisão.


Quanto à vastíssima área hoje ocupada pelo actual Aeroporto de Lisboa, situado no Norte da cidade, que ficará livre entre 2010 a 2016 com a construção do novo Aeroporto Internacional de Lisboa, está prevista a construção dum grande terminal ferroviário de alta velocidade (TGV) e espaços de lazer. Vamos esperar por mais ideias.