11 outubro 2005

Concordo...mas não tanto

Acho que a Beatriz, no seu comentário semanal anterior - piadinha - levantou várias questões que, um dia após as Eleições Autárquicas é sempre de salutar e convém meditar.
Em jeito de reflexão, claro que podemos apontar o dedo indicador ao nosso actual Presidente e questionar o rátio com que foi distribuída a tarte nos concelhos onde "atacamos" em coligação, a sua eventual felicidade por assegurar que o CDS ainda consiga permanecer em algumas Câmaras, embora com poucas responsabilidades, o facto de só sermos precisos quando é para formar alianças e depois somos desprezados e voltamos a incorrer nos mesmos erros(?), etc etc.
Mas atenção: enquanto apontamos um dedo, temos três a apontar na nossa direcção e talvez não seja bem bem ao nosso Presidente a quem devamos apontar.
Acho que o nosso partido, tem de saber dar a volta por cima a estes (não diria trágicos acontecimentos, mas roça).
Estamos condenados à nossa extinção por este andar: a representação pelo País, em estruturas de militantes tanto jovens como séniores é ineficaz. Uma coisa tiro o chapéu aos Comunistas: são unidos. E a direita, não o é. Daí que discorde (em parte) com a Beatriz.
Entre dois males, escolher sempre o menor, mesmo que achemos injusto. Entre Cavaco, Alegre ou Soares...mesmo tendo a ideologia que tenho, sempre o mal menor! e neste caso é escusado dizer quem é.
O CDS ter um candidato? A esta altura, para mim, parece ser um miúdo de calções rasgados e joelhos esfolados que chega atrasado à aula. Está fora de tempo, andou a brincar e brincar ao faz de conta, não faz sentido. Não temos candidato, nem Paulo Portas, nem outros 'com mais casa e cabelos brancos' como Narana, o desaparecido B. Horta que já teve a sua experiência, etc..
Claro que não temos de ser meninos bem comportados, nem temos dívidas morais nem políticas com o PSD ou Cavaco Silva. Mas uma coisa temos de ser: verdadeiros. Não digo apoiar Cavaco Silva, mas ter uma atitude pró-activa de prejudicá-lo (como protesto - justo ou injusto como entenderem), acho condenatório. O CDS pode-se limitar à indiferença. Não é por isso que vamos ser mal vistos pelo nosso eleitorado. Acho que pelo contrário. Antes não fazer, do que fazer mal.
E acho que é precisamente isto que falta hoje em dia à nossa classe política, começando por nós mesmos que estamos na base da pirâmide: sermos verdadeiros, lutarmos no que acreditamos sempre, sempre com o amor à Pátria como escopo máximo. Andamos muito preocupados com em conquistar mais aqui, ter mais ali...mas não é isso que vai fazer com que o nosso País se desenvolva. A classe política pode-se ter divorciado do Povo, mas tem de ser para o Povo. Como jovens, temos o dever de fazer com que Portugal se realize de uma vez por todas.
PS:

O que pergunta a Ética para a Moral: O que é mais justo fazer?
O que pergunta a Moral para a Ética: O que farias?
Dá que pensar.