Foi há um ano
Foi há um ano que escrevi um post sobre Paulo Portas, no qual, de uma forma muito pessoal e algo emotiva, falei da experiência que tive ao trabalhar com ele e ao ser militante do CDS durante a sua liderança. Passado um ano, como é natural, não escreverei um texto tão emocionado mas mantenho muito do que disse à época.
Politicamente, e sem querer estar a fazer qualquer comparação com a actual liderança do CDS, tenho, como militante, saudades do estilo e da presença de Paulo Portas. Sinto que faz falta, no momento que vivemos, a acutilância e forma convicta e eficaz com que Paulo Portas fazia oposição e se batia pelas suas convicções e ideias.
Não escondo que foi Paulo Portas que me trouxe para o CDS e que foi sob a sua liderança que comecei a ter uma participação política activa. Não escondo, também, que Paulo Portas é para mim uma referência e uma inspiração no que à forma de fazer política diz respeito. Por isso tenho muita pena que a sua acção, embora continue a ser brilhante - como vimos, por exemplo, na sua comunicação sobre a Constituição - , seja neste momento tão discreta!
Mas para mim Paulo Portas é mais do que uma referência política que está lá no pedestal. Foi com Paulo Portas e com a sua equipa - com a qual tive o privilégio de colaborar durante mais de dois anos - que aprendi muita coisa, mas sobretudo uma que com o passar do tempo faz cada vez mais sentido: trabalhar não é dever nem obrigação. É uma entrega diária a um projecto no qual acreditamos e pelo qual damos o melhor de nós e superamos os nossos limites, a cada dia. Só assim vale a pena e só assim sentimos realmente alguma gratificação. E nos dois anos em que trabalhei com Paulo Portas, enquanto Ministro de Estado, foi assim.
E era assim não apenas porque o trabalho era interessante e o projecto o maior desafio que alguém pode ter - PORTUGAL! Foi assim porque havia um líder que motivava, que chamava a atenção, que reconhecia o mérito, que era exigentíssimo e queria sempre tudo feito da melhor maneira possível e no qual todos nos revíamos e pelo qual dávamos o melhor que éramos capazes!
Por tudo isto acho, cada vez mais, que o dia de hoje deve ser recordado como aquele em que, como disse na altura, a má moeda afastou a boa!
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