23 setembro 2004

As perguntas do momento
Neste momento várias questões atormentam a opinião pública mundial e como tal terão, naturalmente, que ocupar as mentes brilhantes dos 'jotas' de Lisboa. São elas:
Quem ganhará as eleições americanas?
Quem será o próximo secretário geral do PS?
Quando haverá lista de colocação de professores?
Qual o novo regime da taxa moderadora da saúde?
Que mais poderes chamará a si Vladimir Putin?
Quem será o novo James Bond?
Quando à primeira, eu diria que será George W. Bush, sendo que as últimas sondagens o indicam claramente.
No que respeita à segunda, o líder do PS, já será bom que o maior partido da oposição tenha um (coisa que há uns tempos não tem!), qual dos três é indiferente... é que neste caso não é como aquele programa do People & Arts: «O bom, o mau e o péssimo». É uma subversão com o título que dá algo do género: «o mau, o péssimo e o pior que mau».
No que respeita às duas questões do meio, começo pelas listas de colocação dos professores. Esta epopeia, segundo sei, começou algures em Maio/Junho e já envolveu dois ministros, quatro secretários de estado e muitos responsáveis e técnicos do ME. Se fosse eu a Ministra, ao tomar posse, teria esquecido o novo método, que já tinha tido inúmeras falhas e erros, e teria concentrado esforços em encontrar um processo alternativo. Porque aquilo que não poderia acontecer era atrasar o ano lectivo com custos elevadíssimos para docentes, alunos e famílias! Mas, enfim, a coisa correu mesmo mal e agora há que encontrar uma solução célere e eficaz que permita que o ano lectivo comece o mais cedo possível e sem custos adicionais.
Relativamente às taxas moderadoras da saúde, acho muito bem que sejam diferenciadas. Sei bem que há o problema do Direito à Saúde, que consta do sempre útil catálogo, desculpem, Constituição que é invocado por todos os que se opõem à diferenciação positiva. No entanto, acho que a CRP, no seu artigo 64 nº 2, diz algo do género: «O direito à protecção da saúde é realizado: a) Através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito». Este texto, no meu entendimento, permite que o SNS possa diferenciar os utentes consoante os rendimentos. Nada será de maior justiça social que a Equidade - tratar igual o que é igual e diferenciadamente o que é diferente - conceito a que a esquerda é avessa por preferir a Igualdade, tradicional fonte das maiores desigualdades! Uma discussão mais aprofundada deste assunto impõe-se mas ficará para outra altura.
Indo directa às duas últimas questões, parece que o mundo anda preocupado com a tendência 'absolutista' de Vladimir Putin que, depois do massacre da escola, decidiu retirar autonomia às províncias e reforçar os seus poderes. Não sei porquê, a mim não me espanta esta atitude. A política na Rússia sempre passou por poderes mais ou menos absolutos e despóticos. É uma característica do povo e, como me dizia uma amiga russa que conheci em Cambridge, com Putin voltaram os velhos tempos do poder do KGB. É melhor que o mundo fique atento!
Por último, quanto ao novo James Bond confesso que é um assunto que me inquieta...