Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele
Caros amigos, já muito se escreveu sobre a readmissão do PP ao grupo parlamentar europeu PPE, especialmente a Beatriz e o Diogo. Infelizmente na altura não tive oportunidade de participar como gostaria na discussão, pelo que aqui deixo, agora, algumas considerações sobre o acontecimento e o que sobre ele aqui se escreveu.
Começo por expressar a minha revolta e o sentimento de traição que me assolou e ainda assola.
Apesar de não ser favorável, acabei por aceitar que PP e PSD se apresentassem juntos às eleições europeias. Não me faria sentido votar noutro partido que não o meu e não votar seria dar pontos à esquerda. Assim votei (e apelei ao voto aos mais relutantes), sem ter que tomar aspirinas, qual comunista a votar em Mário Soares. Toda a campanha foi feita explicando as vantagens de os partidos, apesar de se candidatarem em conjunto, pertencerem a famílias europeias distintas, as mais-valias que isso traria e a salvaguarda que tal representava em ralação ao pensamento europeu do PP, distinto do do PSD.
Eis senão quando, quinze dias após as eleições europeias, é anunciada a integração do PP no PPE. Assim, sem mais nem menos, com justificações esfarrapadas e totalmente contraditórias com tudo o que tinha sido dito até duas semanas atrás. Nem sequer com direito a discussão interna, como tinha havido aquando da aprovação do tratado de Amsterdão. Pior ainda, e porque não acredito que tal adesão se tenha negociado em quinze dias, fico com a sensação que foi tudo pensado e feito pela calada, bem antes da campanha eleitoral.
Para mim isto só tem um nome: Traição!
Mas afinal, qual é o drama de termos mudado de grupo parlamentar europeu? É tão e somente o passarmos a integrar o maior grupo federalista da Europa. Ora eu e, tanto quanto ainda sei, o partido a que pertenço não somos federalistas. Bem pelo contrário! Que sentido faz então associarmo-nos a um grupo de federalistas?
Começou aqui a discussão acesa entre o Diogo e a Beatriz.
A Beatriz afirma que não há bicho papão nenhum, pois temos a salvaguarda do tal Artigo 5º. Esse artigo fala no estatuto de membros associados para os deputados que aceitem as “políticas fundamentais do Grupo do Partido Popular Europeu e dos Democratas Europeus” e o referido “Regulamento”. Ora o Artigo 4º, que diz a Beatriz não é para nós, afirma que os seus membros estão empenhados “numa política, que, com base numa Constituição, promove o processo da unificação e integração federal na Europa”.
O Diogo perguntou, e bem, se então o dito empenho é ou não parte integrante das referidas políticas fundamentais ou do referido Regulamento. Infelizmente ficou sem resposta...
Esta questão é importante mas não é a principal. A principal, para mim, é ter o partido a que pertenço, que se diz anti-federalista, associado ao maior grupo federalista da Europa. Há um ditado, que foi dos primeiros que aprendi na minha infância: Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele!!!
Começo por expressar a minha revolta e o sentimento de traição que me assolou e ainda assola.
Apesar de não ser favorável, acabei por aceitar que PP e PSD se apresentassem juntos às eleições europeias. Não me faria sentido votar noutro partido que não o meu e não votar seria dar pontos à esquerda. Assim votei (e apelei ao voto aos mais relutantes), sem ter que tomar aspirinas, qual comunista a votar em Mário Soares. Toda a campanha foi feita explicando as vantagens de os partidos, apesar de se candidatarem em conjunto, pertencerem a famílias europeias distintas, as mais-valias que isso traria e a salvaguarda que tal representava em ralação ao pensamento europeu do PP, distinto do do PSD.
Eis senão quando, quinze dias após as eleições europeias, é anunciada a integração do PP no PPE. Assim, sem mais nem menos, com justificações esfarrapadas e totalmente contraditórias com tudo o que tinha sido dito até duas semanas atrás. Nem sequer com direito a discussão interna, como tinha havido aquando da aprovação do tratado de Amsterdão. Pior ainda, e porque não acredito que tal adesão se tenha negociado em quinze dias, fico com a sensação que foi tudo pensado e feito pela calada, bem antes da campanha eleitoral.
Para mim isto só tem um nome: Traição!
Mas afinal, qual é o drama de termos mudado de grupo parlamentar europeu? É tão e somente o passarmos a integrar o maior grupo federalista da Europa. Ora eu e, tanto quanto ainda sei, o partido a que pertenço não somos federalistas. Bem pelo contrário! Que sentido faz então associarmo-nos a um grupo de federalistas?
Começou aqui a discussão acesa entre o Diogo e a Beatriz.
A Beatriz afirma que não há bicho papão nenhum, pois temos a salvaguarda do tal Artigo 5º. Esse artigo fala no estatuto de membros associados para os deputados que aceitem as “políticas fundamentais do Grupo do Partido Popular Europeu e dos Democratas Europeus” e o referido “Regulamento”. Ora o Artigo 4º, que diz a Beatriz não é para nós, afirma que os seus membros estão empenhados “numa política, que, com base numa Constituição, promove o processo da unificação e integração federal na Europa”.
O Diogo perguntou, e bem, se então o dito empenho é ou não parte integrante das referidas políticas fundamentais ou do referido Regulamento. Infelizmente ficou sem resposta...
Esta questão é importante mas não é a principal. A principal, para mim, é ter o partido a que pertenço, que se diz anti-federalista, associado ao maior grupo federalista da Europa. Há um ditado, que foi dos primeiros que aprendi na minha infância: Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele!!!
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