28 outubro 2004

Rodrigo, Beatriz, Carlos e as juventudes partidárias

Quando fiz uma pausa de manhã para ver o blog e me dei conta de tanta actividade até estranhei, mas depois de ler os posts, vi que o Rodrigo Moita Deus (Rsó Rodrigo, se não te importares)tinha tocado numa questão muito melindrosa, a razão de ser das Juventudes Partidárias.
Mal comecei a ler o post da Bizita, interrompi-o para ler o do Rodrigo, voltei ao da Bi e por fim ao do Carlos e achei que a opinião de alguém com menos experiência nestas andanças do que os outros 3 bloguistas seria "gira" (a modéstia não é o meu forte).
Quando no ano de 1996 me filiei na JP, fi-lo, não totalmente convicto, mas porque não havia nenhum partido mais "à direita" e de certa forma "arrastado" por uma amiga da altura, a Helena Guerra. Filiei-me, ainda fui eleito duas ou três vezes membro da Assembleia Concelhia do PP mas não gostei. Fiquei com uma opinião exactamente igual à que o Rodrigo expressa no seu post, sem tirar nem pôr.
Não me desfiliei por preguiça (devo confessá-lo com alguma vergonha) e até lá ia votar quando instado por amigos como o Pedro Barbosa ou o Francisco d'Aguiar, mas sempre com uma opinião exactamente igual á do Rodrigo, ou seja, no fundo de forma totalmente incoerente.
Apercebi-me que a melhor formação de um "jovem" se encontrava no desporto, nos movimentos de Igreja de que fiz ou ainda faço parte (Paróquia, CL, CVX, EJNS e MSV), na faculdade e, como não podia deixar de ser, na família e amigos.
Faz agora um ano que encontrei o Carlos no cinema, pusémos a conversa em dia: ambos tinhamos acabado os cursos e trabalhávamos (ele há mais tempo, claro), ambos estávamos nas EJNS (sou mais empenhado no MSV, mas não prescindo da minha equipa), só que ele mantinha-se activamente dentro da JP e eu fora. Ele então contou-me do seu projecto de formar uma equipa "à maneira" para "conquistar" a concelhia de Lisboa e perguntou-me se que queria fazer parte. Eu contei-lhe da minha péssima impressão das Js, ele deu-me uma série de exemplos contrários, disse-me que o Francisco estava "no barco" e passada uma semana, telefonou-me e eu aceitei.
E ao fim de um ano mais por dentro da Concelhia de Lisboa da JP, continuo a concordar com o Rodrigo mas, incrivelmente (ou talvez não), também concordo com a Bizita. Ou seja, naturalmente as Js são um lugar que atraem gente sem qualidade nos estudos ou nos trabalhos e que vê nelas a sua forma de conseguir um certo protagonismo na vida pública, um bom tacho e contactos simpáticos.
No entanto a Bizita tem toda a razão em relação à nossa concelhia:
- passe a imodéstia temos feito um trabalho muito bom de reflexão política não só com as conferências mencionadas, mas também com este simpático e modesto blog;
- temos um grupo de pessoas cheias de qualidade, não só nos estudos e vida profissional, mas também a nível pessoal; gente empenhada em movimentos de Igreja e em diversos projectos muito válidos.
Não sei se são as Js que estão a mudar, se foi o Carlos que teve o mérito de juntar um grupo de boas pessoas (mais uma vez passe a imodéstia, já que me estou a incluir nelas) ou se isto é uma coincidência...
Mas como diz a outra, "não há coincidências"...
Não estou "convertido" às Js, mas estou convencido do que a Bizita diz (podes fazer uma festa, Bizita, concordei contigo).
Rodrigo: se alguma vez leres (desculpa o tratamento de tu, mas estou-te a imaginar pouco mais velho que eu) isto, espero que venhas á nossa conferência sobre o Campo Pequeno ou até a uma que também já foi pensada sobre a Exclusão Social em Lisboa e espero que também venhas a concordar com a Bizita de que a nossa concelhia é "muito à frente".

PS
A modéstia é uma virtude Cristã, mas eu hoje estou mais Talibã...