30 novembro 2004

Ao Diogo

Meu caro amigo, lamento dizer-te que mais uma vez estou em desacordo total e absoluto contigo! Antes de ir ao conteúdo do teu texto, contesto desde logo o timing que escolheste para por em causa o teu apoio ao nosso CDS! Neste momento, em que todos (até o Barnabé, vê lá bem) dizem que no meio desta crise só o CDS demonstrou ter sentido de estado, responsabilidade, coerência e respeito por Portugal e pelos Portugueses, é um militante do CDS que vem por em causa o seu voto das próximas eleições????
Diogo, então, se no PSD não irás votar, presumo que também não decidas tornar-te socrático em idade já madura e muito menos que vás engrossar as fileiras da tertúlia dos barnabés, em quem pretendes votar? Naqueles que projecto para o país não têm, mas se vendem por 'tuta e meia' em nome de um tacho (Nova Democracia), aqueles que não vivem mais do que da utopia (Partido da Terra) ou aqueles que são a anedota transformada partido (PPM)?
Diogo, dá-me uma solução de razoabilidade (faço inclusive apelo ao conceito civilista do bonus pater familiae) para que, um militante do CDS, vote num partido que não o CDS. É um desafio para o Diogo e para todos aqueles que dizem que: se formos coligados; se formos europeístas; se não sei que mais, não votam no CDS!
Meninos, há que ter coerência! Há que vestir a camisola! Neste momento nós, que somos CDS, temos que enfrentar as eleições com aquilo que nos caracteriza desde sempre: força; convicção; determinação; coragem e sentido de Estado! É por isso que o CDS é reconhecido, é por isso que somos um partido de causas, que fala claro e que não tem, nem nunca terá, medo de eleições!
E, quer sózinhos quer coligados (e já voltarei ao tema), nós não deixamos de ser o CDS (como o actual momento político demonstra à saciedade!). E por isso, para os militantes, não pode haver dúvidas no momento em que votam!