Referendo?!!
Será que eu li bem ontem à noite? O Presidente da JP propôs que o CDS/PP fizesse um referendo interno para decidir se o partido deve ou não apoiar a candidatura presidencial de Cavaco Silva???
Se nem em 1995 isso fez sentido, muito menos agora.
Em primeiro lugar, o referendo interno é um instrumento decisão que deve ser utilizado com parcimónia, para assuntos de grande relevo e que justifiquem que o partido todo se envolva na sua discussão e tomada de decisão. Será o apoio a uma candidatura presidencial, só porque não é do nosso partido, matéria para tanto? A mim não me parece. Até porque, por princípio, as candidaturas presidenciais não são partidárias.
E se se fizesse o referendo, mais do que a pergunta a fazer (essa é fácil - qualquer coisa como "Acha que o Partido Popular CDS/PP deve apoiar pública e oficialmente a candidatura presidencial do Prof. Aníbal Cavaco Silva?"), quais seriam as consequências?
Lá iriam reavivar os velhos ódios ao Prof. Cavaco - eu sei que não estão mortos nem esquecidos, mas ressurgiriam com renovado vigor - por tudo o que fez ao CDS. E depois, ficamos conhecidos como o partido dos rancorosos? Ganhamos muito com isso, de facto.
Que pode o CDS/PP fazer senão apoiar Cavaco Silva? Vamos dizer que não apoiamos Cavaco porque ele foi mau para o CDS? Ou porque não é de direita e por isso não representa o espaço político do CDS? E então, deve o CDS apresentar uma candidatura própria, correndo o risco de, por um lado ter uma votação inexpressiva e ainda mais envergonhante que a que teve nas autárquicas, e por outro ficar com o ónus de dificultar a eleição de Cavaco, facto que o eleitorado do centro-direita não nos perdoaria?
A eleição de Cavaco é uma oportunidade única para o Centro-Direita em Portugal e o CDS não pode sequer passar ao lado dela, quanto mais dificultá-la!
Não estou a dizer que o CDS tem que ir para a rua fazer campanha, claro que não, mas não pode haver dúvidas quanto a um apoio claro e explícito à candidatura de Cavaco.
Na hora do voto, quem quiser que não vote, é lá com a sua consciência; quem precisar, que tome a aspirina mas não feche os olhos quando puser a cruzinha (não vá votar noutro por acidente). Agora, o partido como instituição, não apoiar por birra é que não.
Quanto a referendo interno, não querendo ofender ninguém, acho que é um total disparate.
Se nem em 1995 isso fez sentido, muito menos agora.
Em primeiro lugar, o referendo interno é um instrumento decisão que deve ser utilizado com parcimónia, para assuntos de grande relevo e que justifiquem que o partido todo se envolva na sua discussão e tomada de decisão. Será o apoio a uma candidatura presidencial, só porque não é do nosso partido, matéria para tanto? A mim não me parece. Até porque, por princípio, as candidaturas presidenciais não são partidárias.
E se se fizesse o referendo, mais do que a pergunta a fazer (essa é fácil - qualquer coisa como "Acha que o Partido Popular CDS/PP deve apoiar pública e oficialmente a candidatura presidencial do Prof. Aníbal Cavaco Silva?"), quais seriam as consequências?
Lá iriam reavivar os velhos ódios ao Prof. Cavaco - eu sei que não estão mortos nem esquecidos, mas ressurgiriam com renovado vigor - por tudo o que fez ao CDS. E depois, ficamos conhecidos como o partido dos rancorosos? Ganhamos muito com isso, de facto.
Que pode o CDS/PP fazer senão apoiar Cavaco Silva? Vamos dizer que não apoiamos Cavaco porque ele foi mau para o CDS? Ou porque não é de direita e por isso não representa o espaço político do CDS? E então, deve o CDS apresentar uma candidatura própria, correndo o risco de, por um lado ter uma votação inexpressiva e ainda mais envergonhante que a que teve nas autárquicas, e por outro ficar com o ónus de dificultar a eleição de Cavaco, facto que o eleitorado do centro-direita não nos perdoaria?
A eleição de Cavaco é uma oportunidade única para o Centro-Direita em Portugal e o CDS não pode sequer passar ao lado dela, quanto mais dificultá-la!
Não estou a dizer que o CDS tem que ir para a rua fazer campanha, claro que não, mas não pode haver dúvidas quanto a um apoio claro e explícito à candidatura de Cavaco.
Na hora do voto, quem quiser que não vote, é lá com a sua consciência; quem precisar, que tome a aspirina mas não feche os olhos quando puser a cruzinha (não vá votar noutro por acidente). Agora, o partido como instituição, não apoiar por birra é que não.
Quanto a referendo interno, não querendo ofender ninguém, acho que é um total disparate.
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