29 julho 2004

Reflexão Duracel

Em Portugal, aplica-se o mesmo slogan de uma marca de baterias: e dura, e dura e dura. Ora são os incêndios, ora as histórias em S. Bento que só desanimam quem "os" vê (a história tão gasta do déficit por parte de quem nos governa; e da oposição, uma arrogância que traduz uma falta de iniciativa e novidade, tipica de uma "água mole em pedra dura"...).

Por momentos, penso na utopia que seria termos um Governo que dissesse: "Vamos todos lutar por um Portugal melhor"...mas não. Parece que é tudo igual! Mais à esquerda ou mais à direita, mais acima ou mais abaixo, nada muda. Os interesses pessoais, a sede de dinheiro e poder, o compadrio e as cunhas, etc etc, estão de tal modo impregnados na nossa classe política (e não só), que quer entra A, quer entre Z, nada muda...

Portugal, a este ritmo, tende a um cenário muito verosímil ao da Argentina, em que a riqueza do País reside em somente e aproximadamente, 1 milhar de pessoas que "controlam" o País com a sua área de influência. Não é preciso irmos tão longe: basta ligarmos a TV e ver que as notícias regem-se em torno das mesmissimas pessoas, isto há 1 semana ou há 5 anos.

Se realmente é verdade que nada se perde, nada se cria e tudo se transforma, se os nossos políticos não perceberem de uma vez por todas que as exigências de um país se referem à concretização das necessidades das pessoas, em Portugal, então, a velha máxima de Lavoisier bem que pode ser "tudo se perde, nada se cria mas tudo permanece imutável" (a má vontade, claro está).