29 julho 2004

Bingo!

Pois meu Presidente Carlos, realmente ando algo pessimista em relação a certas "coisas" e concordo com muito do que dizes. E Diogo, idem idem " " (finalmente andamos a convergir em algumas matérias, apesar de no fundo, concordar com tudo o que dizes, sobretudo nas matérias que envolvem o nome de El Rey).

A minha opinião, é um misto das vossas duas: se de um ponto de vista de contas e economia, parece que finalmente o motor está a começar a funcionar, parece que até que cheguemos à velocidade de cruzeiro, ou seja, para que aquelas famílias que mais precisam de ajuda (veja-se agora os incêndios) possam realmente beneficiar, não a recebem no ponto de vista da celeridade necessária que estes casos (extremos, mas que para nós, portugueses, são já rotina); por outro lado temos uma classe política que parece que se "está nas tintas" (desculpem a expressão) para o País. É só fazer um inquérito de rua e a opinião é unânime: os portugueses consideram os políticos como "eles". Está tudo dito, não?

Por exemplo, de noite quando tenho algum tempo e ligo a televisão e vejo o resumo do dia...Epá, muito sinceramente, dá-me um sentimento de revolta ao ver os deputados no Parlamento a falar de isto e de aquilo, uns a rirem-se, outros a ler o jornal, outros a conversar enquanto há pessoas a ficar sem nada! É irónico que só perde, o pouco que tem, quem já não pode fazer mais nem por si mesmo. Como sempre, os mais fracos, pagam pelos mais fortes.

Como o Diogo diz, e bem, mutatis mutandis, na Política não se passa aquilo que se passa na Natureza. Lá não há a lei do mais apto, que não é necessariamente o mais forte (no sentido que nós conhecemos). Por exemplo, fazia todo o sentido termos governantes, oposição, etc, em que as pessoas fossem boas naquilo que fazem. E ser bom, também também passa pelo sentido de bondade e humanidade, coisa que muitas vezes escasseia; e não ser-se "bom", até muitas vezes o melhor, em fazer pouco e mal.

Não podemos continuar a ter políticos em que demonstrem ter vontade. Isso é mesmo discurso de político! Mas vermos as coisas feitas, desculpem a redundância, "nem vê-las"!


Muito sinceramente, e aponto o dedo à oposição, ter o António José Seguro (que não sei como vai a sua situação escolar), mas que aqui há uns anos era membro do Governo e nem tinha a Licenciatura completa, faz favor! Podem-me acusar de ser um argumento subjectivo e tal, mas se não temos pessoas qualificadas, que não demonstram pelo seu percurso (e é o percurso normal de uma educação de alguém que aspire a "mais") "merecer" o lugar, como querem dar-se ao respeito e dar credibilidade do que fazem?

PS: Para breve, o meu artigo sobre uma opinião intima e familiar: "O que a Família Barbosa entende por Geração do 25 de Abril".